O começo da rebelião inglesa
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O começo da rebelião inglesa


Em 1637, o monarca inglês Carlos I, substituiu o culto presbiteriano dos escoceses pela liturgia oficial anglicana. Em poucos dias, toda a Escócia se levantou em protesto contra a Inglaterra, invadindo sua região Norte. Para reforçar seu exército, Carlos I teve de convocar o Parlamento. Os deputados da Câmara dos Comuns opunham-se ao absolutismo desmedido do monarca, que, vendo sua autoridade questionada, dissolveu o Parlamento. Por sua curta duração, ficou conhecido como Short Parliament (Parlamento Curto).

A ameaça escocesa continuava e, em 1640, Carlos I teve de convocar novamente o Parlamento. Valendo-se da situação de urgência, esse novo Parlamento tornou-se uma tribuna de debates políticos: os deputados calvinista e antiabsolutistas , exigiram a execução de dois ministros, acusados de traição. A Petição de Direitos foi reafirmada impedindo o monarca de dissolver o Parlamento sem prévio consentimento de seus membros. Mesmo assim o rei Carlos I decretou a dissolução do Parlamento, o que não foi acatado pelos deputados, que se mantiveram reunidos. O rei, então, invadiu com seus soldados, a Câmara dos Comuns para prender seus membros. Toda a população de Londres armou-se contra o monarca, que teve que fugir da cidade em 1642.

Da rebelião à guerra civil

A alta nobreza organizou o chamado Exército dos Cavaleiros para apoiar o rei. De seu lado, o Parlamento organizou um exército com os cidadãos revoltados, liderados por Oliver Cromwell, puritano oriundo da pequena nobreza. Para esse exército, a guerra civil era uma verdadeira guerra santa, impregnada de religiosidade e ódio aos poderosos da alta nobreza.

Simultaneamente a essa luta, o rei teve problemas com a Irlanda católica, que se rebelou, colocando-o numa posição cada vez mais difícil. Entre 1645 e 1646 o Parlamento puritano obteve uma vitória definitiva contra o rei na batalha de Naseby.

Carlos I refugiou-se na Escócia, mas os escoceses entregaram-no ao Parlamento inglês. Após um longo debate sobre o destino do rei e o governo da  Inglaterra Cromwell, por um golpe de Estado, expurgou o Parlamento de seus elementos mais moderados. O novo Parlamento, com maioria puritana, condenou à morte o monarca em 1649. Com a morte de Carlos I, foi estabelecida uma república na Inglaterra, sob a liderança de Oliver Cromwell.

 

 

 

 

 

 

 

Pintura representa a morte de Carlos I

Venciam os puritanos. Os donos de oficinas artesanais, pequenos e médios proprietários, lojistas e comerciantes. Vencia a burguesia que estava se formando como classe.

Eles poderiam agora cuidar de seus negócios e também de sua religião que consideravam um assunto pessoal e não um assunto no qual a Igreja anglicana do Estado absolutista queria estabelecer regras de comportamento.

No entanto, os membros mais radicais dos puritanos, os chamados levellers, que poderia ser traduzido como  “niveladores”, foram também reprimidos, pois exigiam reformas mais radicais (proteção à pequena propriedade, direito de votos para todos os homens), isso punha em risco o domínio dos mais ricos.

Uma república na Inglaterra

Cromwell governou como um verdadeiro senhor absoluto. Esmagou com mão de ferro as rebeliões que enfrentou em seu governo. Dividiu a Inglaterra em 12 províncias, promoveu uma campanha nacionalista, declarando-se em 1651, Lorde Protetor da Comunidade Britânica; proibiu bailes e coibiu costumes considerados mundanos.

Seu ato mais importante, foi o estabelecimento dos Atos de Navegação, que permitiu à Inglaterra o desenvolvimento naval. Por esses atos, todo o transporte de mercadorias para a Inglaterra só poderia ser feito por navios ingleses ou pelos países de origem da mercadoria.

Os holandeses, que obtinham grandes lucros com o comércio marítimo na Inglaterra, reagiram prontamente. A Holanda e a Inglaterra entraram em guerra. Em 1654, com a vitória dos ingleses, consolidou-se a posição de Cromwell e da Inglaterra. O período compreendido entre 1653 e 1658 marcou o auge do domínio pessoal de Cromwell sobre a Inglaterra, e ficou conhecido como Ditadura Puritana.

Mas os ingleses estavam cansados com os longos anos de ditadura. Quando Cromwell morreu, em 1658, seu filho Ricardo foi indicado como sucessor, demitindo-se logo a seguir. O cargo passou a ser disputado pelos generais de Cromwell. Monk, um deles, encontrou uma solução para a crise política, que foi apoiada por todo país: em 1660, Carlos II, filho de Carlos I, que havia sido executado por ordem de Cromwell, assumiu o trono inglês.

PEDRO, Antonio. História da Civilização Ocidental. ensino médio.





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