Ao contrário dos aviões que, para voar, combinam sua velocidade com a forma de aerofólio das asas, os dirigíveis sustentam-se no ar graças a seus depósitos de gás, e são lentos. Como o gás usado é mais leve que o ar que desloca, todo dirigível é um pouco mais leve que seu próprio volume em ar. Por isso, sobe até uma altura onde o ar é mais rarefeito, e, portanto, menos denso, o que faz diminuir o empuxo a ponto de equilibrar-se com o peso da nave.
A subida, porém, tem que ser controlada para que o dirigível seja realmente funcional. Nos primeiros modelos este controle era feito através de expulsão do gás - quando se queria descer - e sua substituição pelo ar. Para compensar a perda de gás, levavam como lastro bolsas de água que eram despejadas - aliviando o peso - quando necessitavam subir novamente. Os modelos posteriores substituíram a perda de gás por balonetes de ar. Feitos de material flexível, os balonetes ficavam dobrados no interior do depósito de gás, podendo ser inflados com ar por meio de bombas. Variando-se a quantidade de ar dos balonetes, variava-se também o volume de gás contido no depósito, aumentando-se ou diminuindo, assim, o peso total do dirigível com relação ao volume de ar que ele deslocava.
O hidrogênio é o gás menos denso que existe e sua produção é relativamente barata. Contudo, por ser altamente inflamável, foi substituído nos dirigíveis mais modernos pelo hélio, muito mais seguro, embora mais caro e um pouco mais denso.
Todos os dirigíveis foram ou são movidos por hélices de tração mecânica. Sua dirigibilidade é controlada por lemes que operam da mesma forma que os aviões. Lemes de elevação convencionais proporcionam as variações de altitude da aeronave em movimento.
Quanto a classificação, os dirigíveis são rígidos, semi-rígidos e não rígidos, segundo a estrutura adotada. O tipo rígido é feito de uma armação leve, com cobertura externa, contendo vários reservatórios de gás mantidos por uma rede. Os famosos zepelins alemães e a maioria dos dirigíveis das décadas de 20 e 30 eram desse tipo. A estrutura era uma liga de alumínio e sua cobertura em tecido de algodão. Os tipos semi-rígido e não rígido tornaram-se conhecidos como dirigíveis de pressão, porque sua forma depende da pressão interna. O semi-rígido possui apenas uma quilha de metal ao longo do depósito de gás e o não rígido não apresenta nenhuma estrutura rija.
A inflamabilidade do gás hidrogênio ocasionou terríveis acidentes. O pior deles ocorreu com o Hindenburg em maio de 1937, nos Estados Unidos. O incêndio desse gigante de quase 270 m de comprimento custou a vida de 36 pessoas e encerrou a carreira dos dirigíveis como veículos de transporte comercial.
Fonte: br.geocities.com