A rotina nas caravelas dos séculos XV e XVI
História do Brasil e do Mundo

A rotina nas caravelas dos séculos XV e XVI


Curiosidades históricas

Espaço exíguo, violência, estupros, castigos e rebeliões. A rotina dos navios das grandes navegações nos séculos XV e XVI.
Cada tripulante dispunha de 50 centímetros quadrados com exceção dos oficiais e membros da nobreza que poderiam desfrutar de um espaço extra.



O capitão alojava-se em sua câmara de 2,2 metros quadrados. Marujos e passageiros comuns se amontoavam em pequenas camas sobrepostas tendo direito a somente um baú para guardar seus pertences.
Os grumetes eram maioria da tripulação e eram crianças de 7 a 16 anos alistadas por seus próprios pais como objetivo de ficarem com seus soldos e ter uma boca a menos para alimentar em suas casas. Não tinham direito a cama e dormiam a céu aberto no convés, e muitos vinham a falecer de frio ou pneumonia.
Os hábitos de higiene eram precários. Banhos nem pensar, já que toda água era para beber e cozinhar. Com isso, proliferavam em seus corpos pulgas, insetos, parasitas e piolhos.


Os mais ricos dispunham de penicos para fazer suas necessidades, enquanto que o restante da tripulação tinham que se debruçar na borda da embarcação e ali mesmo se aliviar na frente de todos.
Eram somente uma ou duas refeições por dia, geralmente uma porção de biscoito e um copo de vinho quase se transformando em vinagre e um copo de água fétida.
Doenças como o escorbuto (causada pela falta de vitamina C) eram comuns. Os mais ricos podiam comprar laranjas e os mais pobres que se sujeitavam a consumir ratos, também evitavam a doença, pois a carne de rato é rica em vitamina C.
A lotação do barco e suas más condições faziam surgir tensões entre os viajantes. Para aliviá-las, os oficiais organizavam missas e procissões. Mas a distração predileta dos marujos era mesmo o jogo de cartas a dinheiro.


Havia uma proporção média de 50 homens para uma mulher a bordo. Marinheiros ficavam à espreita e quando surgia a oportunidade, podiam estuprar algumas mulheres, mesmo as casadas. Prostitutas as vezes embarcavam, mas mesmo assim, o homossexualismo costumava ser frequente entre os marujos.

Fonte: mundoestranho.abril.com/historianovest.blogspot.com









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