Com a decadência do Império Romano, os povos germânicos começaram a se estabelecer onde antes estavam os territórios dominados pelos romanos.
Esses povos habitavam as regiões além do rio Reno, até o sul da Escandinávia. Antes do contato com os romanos, os povos germânicos eram seminômades e viviam do pastoreio e da agricultura. A terra era comunitária e os rebanhos pertenciam aos principais guerreiros da tribo. Só em época de guerra surgia uma autoridade com poder de comando na tribo. Esse era o chamado sistema comunitário primitivo.
Mas o contato que os germanos tiveram com os romanos acelerou várias mudanças que já vinham ocorrendo nas comunidades primitivas bárbaras. Em primeiro lugar, começaram a surgir diferenças sociais entre os membros das tribos e os chefes que tomavam as terras para uso próprio. Nessas terras eles criavam gado para trocar por mercadorias com os romanos. Chegavam a atacar outras tribos para vender os prisioneiros como escravos.
A partir dessas mudanças, formou-se uma aristocracia hereditária, que guerreava para aumentar sua propriedade. Os chefes tinham poderes semelhantes aos dos futuros reis. Formou-se assim uma nobreza, que não trabalhava mais no campo e se mantinha com o trabalho de alguns camponeses escravizados ou dependentes. Dessa forma, consolidou-se uma camada de nobres possuidora de propriedades com escravos e guerreiros, que se distanciou definitivamente do restante da comunidade.
Os romanos incentivavam essas transformações e provocavam guerras entre os bárbaros, pois isso mantinha os germanos divididos e facilitava a manutenção da autoridade imperial sobre os povos bárbaros. Exércitos de bárbaros foram admitidos por Roma nas fronteiras para impedir a entrada de outros bárbaros. Muitos desses novos soldados entravam diretamente para as forças militares romanas em troca de terras. Dessa forma, muitos deles tornaram-se altos oficiais do exército romano.
Da mistura da sociedade romana, que se achava em decadência, com a sociedade germânica, que se achava em transformação, nasceu um novo sistema, chamado feudalismo
Os reinos bárbaros
A formação dos reinos bárbaros na Europa efetuou-se em duas fases, com características diferentes.
Na primeira fase, os povos bárbaros associados ao Império Romano estabeleceram reinos rudimentares e efêmeros. Na segunda, os reinos bárbaros deram origem a instituições mais duradouras, bases para as monarquias feudais.
PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.
Assine nosso feed. Obrigado pela visita e volte sempre!