Fevereiro de 1843. Sete mil homens marcharam à Fronteira Oeste da província sob as ordens de Luís Alves de Lima e Silva à caça dos farrapos. Com pressa e para ganhar agilidade, o futuro duque de Caxias, em março, deixou em São Gabriel parte da bagagem, a cavalhada e 2 mil homens. Além de precipitar o confronto, o comandante queria 14 mil cavalos dos republicanos espalhados pela fronteira. Foi em vão. Os farrapos escapuliam por caminhos que dominavam e evadiram a manada da região. Caxias teve de ir ao Uruguai comprar montaria. E os inimigos aproveitaram para atacar São Gabriel, em 10 de abril. “O desastre é completo. Toda a cavalhada é recolhida pelos rebeldes”, escreve Morivalde Calvet Fagundes.
Combate: Revolução Farroupilha
As táticas de guerrilha fizeram da Revolução Farroupilha o mais longo levante contra o império (1835-1845). As tropas farroupilhas estruturavam-se ou se dissolviam rapidamente e fugiam dos grandes embates. Pretendiam vencer pelo cansaço atacando pequenos batalhões. O eficiente serviço de correio, inspirado no do conquistador mongol Gêngis Khan. “O correio tinha prioridade no uso dos cavalos até sobre os generais”, diz o coronel Cláudio Bento, presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
Os oficiais republicanos eram basicamente estancieiros, talhados em lutas para proteger a permeável fronteira local. Em 1839, os rebeldes tinham 6903 membros de cavalaria, 2247 de infantaria e 222 de artilharia. No início, os imperiais lutavam principalmente a pé.
Para Bento, foi com base no comando de Caxias, em 1842, que o governo apostou na cavalaria e descobriu a chave para sufocar os revoltosos.
fonte: revista Aventuras na História. ed. 86. Set. 2010. por: Sebastião Ribeiro
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