Rei Manuel II

  

  9º Duque de Beja e último Rei de Portugal (1908-1910) nascido no Palácio de Belém, em Lisboa, cerca de dois meses depois da subida de seu pai ao trono de Portugal e batizado alguns dias depois, no mesmo Paço de Belém, tendo como padrinho o ex-imperador do Brasil, D. Pedro II, deposto do seu trono exatamente no mesmo dia do seu nascimento. Filho de D. Carlos I, rei de Portugal e de Dona Amélia de Orleans, princesa de França, estudou línguas, história e música e iniciou os seus estudos de preparação para ingresso na Escola Naval (1907), preparando-se para seguir carreira na marinha. Inesperadamente sucedeu seu pai depois do assassinato deste e de seu irmão herdeiro Luís Filipe, Duque de Bragança (1908). Em poucos anos a situação política degradou-se progressivamente e revolução republicana estourou (1910) e deu-se a Implantação da República em Portugal. O monarca fugiu para Mafra, onde juntou-se a mãe, a Rainha Amélia de Orleães e a avó, D.Maria Pia e embarcou na Ericeira, para o exílio. Desembarcou em Gibraltar, de onde seguiu para o Reino Unido, onde foi recebido pelo rei Jorge V e fixou residência em Fulwell Park, em Twickenham, nos arredores de Londres. Casou-se (1913) com Augusta Vitória(1890-1966), princesa de Hohenzollern-Sigmaringen, mas não houve descendência deste casamento. Dedicou-se então ao estudo e escreveu um tratado sobre literatura medieval e renascentista em Portugal. Faleceu inesperadamente na sua residência, vítima de um edema da glote. O Governo Português, chefiado por Salazar, autorizou a sua sepultura em Lisboa, organizando funerais de estado e foi sepultado no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa. O governo português constituiu com os seus bens a Fundação da Casa de Bragança, conforme seu desejo testamentário.

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