Ruinas da cidade de Persépolis
Os persas cultivavam uma imagem de si próprios como guerreiros fortes mas refinados. O imperador usava o título de “rei dos reis”, como forma de exibir o domínio persa sobre os povos. Ciro tornou-se famoso por sua generosidade. Sua decisão de libertar os hebreus do cativeiro de Babilônia foi registrada e elogiada na Bíblia.
Durante o governo de Ciro, a capital do Império foi Pasárgada, mais tarde substituída sucessivamente por Susa e Persépolis. Nessas cidades foram construídos imponentes palácios inspirados principalmente na arquitetura mesopotâmica.
Pasárgada, cidade da antiga Pérsia e é atualmente um sítio arqueológico na província de Fars, no Irã, situado 87 km a nordeste de Persépolis. É hoje um Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciências e Cultura). O sítio arqueológico tem uma extensão de 1,6 quilômetros, onde encontra-se o monumento Tall-e-Taktht que acredita-se ser o mausoléu de Ciro, o mausoléu possui sete passagens largas levando à sepultura. Lá foram encontrados alguns ornamentos, uma cama dourada, uma mesa arrumada com copos, um caixão dourado e uma inscrição na tumba, mas o tempo destruiu parcialmente algumas partes dessa inscrição. Estrabão um historiador, filósofo e geógrafo grego autor de 17 livros contendo histórias e descrições de povos e locais conhecidos na época traduziu a inscrição, que dizia o seguinte:
Existe outra variação que diz:
Na literatura brasileira Manuel Bandeira consagrou Pasárgada como um lugar ideal para se viver. em “Vou-me embora para Pasárgada”. veja texto abaixo...
Vou-me embora para Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira