História do Brasil e do Mundo
Pato Donald
Pato Donald
O Pato Donald (em inglês: 'Donald Duck') é um personagem de desenhos animados e arte sequencial dos estúdios de Walt Disney, criado em 1934. Donald é um pato branco, de pernas e bico alaranjados, veste sempre uma camisa e quepe de marinheiro. O motivo para isto é que na época em que foi feito, todos os personagens precisavam vestir roupas. Seu nome completo é Donald Fauntleroy Duck.
A voz de Donald
Nos Estados Unidos
A voz "grasnada" de Donald foi criada pelo dublador Clarence Nash que até então era apenas um homem vindo da zona rural de Watonga, Oklahoma. Nash tinha o dom natural para imitar animais, inclusive sons de patos. No início dos anos 30, mudou-se para a Califórnia, onde fez locução de propaganda numa rádio. A voz que Nash criou para Donald consistia em falar palavras através de um tipo de "ruido", feito com o canto da boca e os dentes molares, que lembrava o grasnado de um pato. Após Walt Disney o escutar recitando o poema "Mary Tinha um Carneirinho" (Mary Had a Little Lamb) com sua "voz de pato", chamou-o para uma audição e imediatamente o contratou, adivinhando que havia escolhido a voz certa para o seu novo personagem, Donald. Nash o dublou pela primeira vez no curta A Galinha Esperta ("The Wise Little Hen") (primeira aparição sonora) Nessa animação, além de Donald, há também o Porco Peter ("Peter Pig") que também fala palavras através de sons que lembram grunidos de porco, além da própria Galinha Esperta que emite cacarejos na pronúncia. Clarence Nash voltou a dublar o pato novamente no desenho "Orphan's Benefit" (traduzido como "Show Para os Órfãos" ou "Em Benefício dos Órfãos"), onde Donald recita novamente o poema que fez com que Walt Disney contratasse Nash. E outro chamado "Little Boy Blue, come blow your horn" (ou "Menininho Triste, toque sua corneta" na dublagem brasileira);
Clarence Nash, voz do Donald estados unidos,brasil,Espanha
este desenho foi feito originalmente em preto e branco em 1934 e refeito em cores mais tarde, no ano de 1941 (As duas versões do curta, no entanto, contaram com o mesmo áudio e as mesmas falas, gravadas em 1934).
Clarence Nash deu voz ao Donald em mais de cem desenhos animados inclusive em outras línguas como português e espanhol, em filmes como: The Three Caballeros e Saludos Amigos (ele teve ajuda de roteiros escritos foneticamente, para que pudesse falar as palavras estrangeiras usando as pronúncias corretas); no caso destes dois filmes, os três dubladores, de Donald, Zé Carioca e Panchito, tiveram que dublar as versões em outras línguas para outros países (no DVD de "Você já Foi a Bahia", estão presentes as três versões, dos EUA, Brasil e México). A pedido de Walt Disney, Nash também dublou Donald em outras línguas em alguns dos seus curtas de 7 minutos, sendo que nas versões feitas para o Brasil naquela época, o narrador era Aloysio de Oliveira, que inclusive também fez a narração de alguns desenhos em que o Pateta aparece sem falas, por exemplo o curta Como Jogar Golfe ("How to Play Golf").
Tony Anselmo. dublador brasileiro
Márcio Gianullo dublou Donald no Brasil
Uma curiosidade é que nos clássicos desenhos de cinema em que Huguinho, Zezinho e Luizinho aparecem, todos os três tem a mesma voz, que também é feita por Clarence Nash (porém, mais fina que a de Donald). Pois, naquele tempo os três sobrinhos tinham a mesma personalidade, falavam e agiam em sncronia e algumas vezes dizendo frases fragmentadas como: "Olá!" "Tio!" "Donald!" (eles foram os primeiros gêmeos nos desenhos animados a falarem frases fragmentadas desta maneira, e foram seguidos depois também por Pipeye, Pupeye, Poopeye e Peepeye, os sobrinhos quadrigêmeos do Popeye). Em séries produzidas mais recentemente como Duck Tales e TV Quack Pack, os três sobrinhos tem personalidades diferentes uma da outra, e não falam todos com a mesma "voz de pato" de Donald.
Dom Rosa
Carl Barks
A pata "Donna Duck" que aparece no curta "Don Donald" em 1937 (e que é como um protótipo da Margarida) também foi dublada por Clarence Nash mas somente em episódios posteriores a esse. A namorada de Donald ganhou a sua própria voz e recebeu o nome de "Daisy Duck".
Clarence Nash permaneceu como a única voz do pato nos Estados Unidos até a sua morte em 1985, e, logo após, Donald passou a ser dublado por Tony Anselmo, que foi treinado pelo próprio Nash quando este ainda era vivo; mesmo com Anselmo fazendo uma voz um pouco mais aguda do que a que Donald tinha nos desenhos mais antigos.
Referências:
Primeiras dublagens em português de Clarence Nash
Bem antes das vozes brasileiras mais recentes do Pato Donald, as primeiras dublagens em português de alguns desenhos, foram feitas pelo próprio dublador americano Clarence Nash. Clarence já havia dublado a voz do personagem desta forma nos filmes Você Já Foi à Bahia? e Saludos Amigos (não só em português mas também em outras línguas como em espanhol), e chegou também a fazer isso, a pedido de Walt Disney, em alguns curta-metragens comuns do Donald que foram dublados na mesma época, para as distribuições em vários países estrangeiros. Contudo, as falas de Donald nessas dublagens, ficavam mais dificeis de se entender, algumas vezes dando a impressão de que ele falava com sotaque de um americano tentando falar português.
Hoje em dia sobraram poucos episódios dublados por Clarence Nash em português, pois a maioria tem as dublagens brasileiras feitas mais tarde (algumas das versões hispânicas feitas por Clarence Nash para o México, chegaram a sair em alguns lançamentos em DVD, como por exemplo no filme "Os Vilões da Disney" no qual foi incluido o curta "Donald e o Gorila" com a dublagem de Clarence Nash falando em espanhol). Três episódios que ainda podem ser encontrados com a dublagem de Nash em português são:
"Lake Titicaca" (que estava incluido em "Saludos Amigos"), "No Hunting" de 1955, e "Sea Salts" de 1949, neste episódio além de Clarence Nash, também participa Aloysio de Oliveira dublando um besouro que fica amigo de Donald em uma ilha (Aloysio era o narrador de Você Já Foi à Bahia?, e havia feito a voz do Capitão Gancho em Peter Pan). Um fato curioso é que o curta "Sea Salts", já foi lançado com esta dublagem antiga, em um dos VHS da coleção "Donald & Cia" (onde recebeu o título de "Os Lobos do Mar"), e "No Hunting" já foi lançado na fita "Pato Donald no Oeste", com a dublagem de Clarence Nash falando em português.
Curioso também é que o episódio "Sea Salt" tem uma dublagem mais nova, com Cláudio Galvan, que é exibida na TV algumas vezes, e nela o pato já fala normalmente frases mais longas ou complexas; mas na versão de Clarence Nash lançada em VHS, Donald diz frases mais curtas e com mais dificuldade, como por exemplo quando ele e um besouro estão bebendo água de coco, e Donald diz com sotaque americano: ("Agorua" a poupa!) pedindo que o besouro entre dentro da casca do coco, e pegue a poupa que restou lá.
Dubladores brasileiros
No Brasil, Donald foi feito por vários dubladores, duas das vozes mais conhecidas até hoje são de Márcio Gianullio e Cláudio Galvan:
Márcio Gianullo - O Pato Donald foi provavelmente o seu único trabalho na área de dublagem, pois Márcio se dedica mais à seus trabalhos com música e culinária (é produtor musical e também chef de cozinha atualmente) no ramo musical já atuou no "Estúdio Lua Nova" na produção de músicas e trilhas de comerciais de TV como os da Faber Castell, Bubbaloo e da C&A, e mais recentemente da Jequiti para o SBT. Junto com o atual dublador Cláudio Galvan, ele é uma das vozes mais conhecidas de Donald, e que mais se aproximam da voz original criada por Clarence Nash.
Márcio Gianullo dublava o Donald junto de Nelson Batista (Pateta) e Orlando Viggiani (Mickey Mouse), nos estúdios da SC-São Paulo, Sigma SP e Megasom, cujo os episódios foram lançados nos VHS da Disney e Abril Vídeo durante o final dos anos 80 até a metade dos anos 90; algumas das primeiras fitas foram "Festa Mágica" de 1987, "Super Festival Disney", "Aventuras na Floresta" de 1989, e "Histórias Arrepiantes de Disney", e depois no início de 1990 as coleções "Meu Amigo Mickey / Donald / Pateta" e "Mickey e seus Amigos / Donald e seus Amigos"(* ver o artigo Abril Vídeo#Lista de filmes lançados pela Abril Vídeo). Ele dublou a voz de Donald também em filmes como:
"Donald no País da Matemágica" na "SC-São Paulo", e "Mickey, O Príncipe e o Mendigo" de 1990, e em curtas como Show Para os Orfãos "Orphan's Benefit" (desenho em que Donald recita os poemas "Mary Tinha um Carneirinho" e "Menininho Triste, toque sua corneta"), e curiosamente também dublou os grasnados de Donald em um comercial live action do chiclete "Ploc Pato Donald" lançado em 1991 (onde Donald interage com "crianças reais"). Uma das principais características na dublagem de Donald feita por Márcio Gianullo é o sotaque paulistano, que aparece principalmente em seus "erres" finais, além da sua entonação que é bem mais alta e "gritada" em relação a atual voz feita por Cláudio Galvan. No início da década de 1990, os desenhos dublados por Márcio (para VHS), começaram a ser exibidos na TV dentro do quadro "Mickey e Donald" da "TV Colosso" e depois "Angel Mix", permanecendo até o ano de 1998, quando os direitos de exibição sairam da Rede Globo, e foram para o SBT. Em 1999 (época em que o SBT passou a exibir os desenhos clássicos da Disney no "Disney Club"), alguns episódios que já haviam sido dublados pela Sigma e Megasom no início de 1990, ganharam novas dublagens (também feitas na própria Sigma), porém agora com o Donald feito por Cláudio Galvan, e o Pateta por Élcio Sodré, mantendo somente Orlando Viggiani dublando o Mickey (ele foi substituído mais tarde por Sérgio Moreno).
Em 2005, a Rede Globo recuperou os direitos de exibição sobre estes desenhos, e voltou a exibir algumas dublagens mais antigas, feitas no início dos anos 90 (com Márcio Gianullo e Nelson Batista), junto também com algumas mais recentes de 1999 (com Cláudio Galvan, e Élcio Sodré) que passavam no Disney Club. Um fato curioso é que o DVD "Contagem Regressiva Para o Natal", trás os nomes de Márcio Gianullo, Nelson Batista e Orlando Viggiani nos créditos de dublagem do curta "O Príncipe e O Mendigo", que foi uma das poucas vezes que os três foram creditados em lançamentos em DVD. Segundo o também dublador Nelson Machado, no início da década de 1990, Gianullo chegou a ser declarado, por escrito, pela própria Disney, como o segundo melhor Donald do mundo (sendo o primeiro o original, Clarence Nash).
Cláudio Galvan - É um dos dubladores mais conhecidos hoje em dia por terem dado voz ao Pato Donald, ele também faz várias vozes para os desenhos da Disney, como Denai em Irmão Urso e os "Irmãos Slim" em Nem que a Vaca Tussa. Junto com Márcio Gianullo, Cláudio Galvan é também um dos que mais se aproximam da voz original do pato feita por Clarence Nash.
Cláudio é o atual dublador oficial do Donald no Brasil, ele começou fazendo o personagem na metade final dos anos 90, em desenhos e séries para a TV, como "TV Quack Pack" de 1996, no estúdio carioca Delart, e depois, já nos anos 2000, em novos desenhos como "OK Mundongo da Disney", "O Point do Mickey" (House of Mouse) e "A Casa do Mickey Mouse" do Disney Channel, além dos novos filmes onde o personagem aparece, como: "Mickey, Donald e Pateta: Os Três Mosqueteiros", "Aconteceu no Natal do Mickey" e "Aconteceu de Novo no Natal do Mickey". Cláudio Galvan também chegou a dublar o Donald em São Paulo, substituindo Márcio Gianullo, no final dos anos 90, quando o estúdio Sigma-SP refez algumas de suas dublagens; apesar das duas vozes serem muito parecidas, a de Cláudio é mais fina, e com menos sotaque, e a de Márcio por sua vez, é um pouco mais grossa e com sotaque paulista em seus erres finais. Outra diferença entre as fases de dublagem de cada um, é que as mais antigas com Márcio Gianullo, ainda contavam com o dublador Nelson Batista fazendo o Pateta, enquanto nas versões com Cláudio Galvan, Pateta passou a ser dublado por Élcio Sodré (substituíndo Nelson Batista que faleceu em 1998).
Somente Mickey e Minnie continuaram sendo feitos por Orlando Viggiani e Denise Simonetto, até um certo tempo, mais tarde, com o lançamento da nova série "The House of Mouse", as vozes dos dois foram assumidas por Sérgio Moreno e Marli Bortoletto, e o Pateta por Tatá Guarnieri e Anderson Coutinho; pelo fato destes personagens terem vozes bem caricatas, eles já passam por vários dubladores, sem que haja muita diferença entre cada um. Curiosamente durante o especial Os Vilões da Disney as vozes de Cláudio e Márcio, aparecem juntas; Cláudio Galvan faz a voz de Donald nas cenas em que ele está interagindo no clube "House of Mouse", mas no momento em que é exibido o curta "Doce ou Truque" (Trick Or Treat - 1954), é usada uma dublagem um pouco mais antiga, do início de 1990, onde Donald aparece dublado por Márcio Gianullo, com uma voz um pouco mais grossa, e sotaque diferente. No mesmo filme, é exibido também o curta "Fantasmas Solitários"
(Lonesome Ghosts - 1937), com uma dublagem de 1999, onde Donald já é dublado por Cláudio Galvan com o mesmo tipo de voz que ele tem na "House of Mouse", e o Pateta por sua vez, é feito por Élcio Sodré (existe uma outra dublagem do curta "Lonesome Ghosts" feita na SC-São Paulo, que foi lançada em um VHS intitulado "Histórias Arrepiantes Disney" de 1988, onde Pateta ainda era feito por Nelson Batista, e Donald por Márcio Gianullo, o único dublador que participou das duas versões foi Orlando Viggiani). Curiosamente, algumas vezes um mesmo episódio é lançado pela própria Disney com duas dublagens em DVDs diferentes, como por exemplo o desenho "Os Alpinistas", que saiu no DVD "Contagem Regressiva Para o Natal" dublado por Cláudio Galvan, e no DVD "Mickey em Um Verão Muito Louco" dublado por Márcio Gianullo.
Referências:
Dubladores anteriores de Donald: Antes de Márcio e Cláudio em São Paulo, outros dubladores brasileiros que também fizeram o personagem nos estúdios do Rio de Janeiro, foram Januzzi em alguns dos desenhos clássicos dublados para as exibições da TV Globo nos anos 80, Garcia Júnior, que o dublou, por exemplo, no curta "O Conto de Natal do Mickey" no ano de 1983, e depois Marco Antônio Costa, que dublou as aparições de Donald em alguns episódios da série "Duck Tales" de 1988, e também na dublagem carioca de "Uma Cilada para Roger Rabbit" feita para TV (a primeira versão paulista, contava com o Márcio Gianullo no Donald, e foi lançada somente nos primeiros em VHS do filme entre 1989 e 1990). Curioso é que Marco Antônio fazia um tipo de voz bem diferente dos outros dubladores do Donald,
não era um "barulho de pato" com o canto da boca, mas uma voz um pouco "rouca" e "chiada"; já no caso de Garcia Júnior e Januzzi, a voz já era parecida com os "grasnados" de Clarence Nash que o público conhece. Um outro dublador carioca que também já fez as falas do pato, foi Paulo Vignolo (provavelmente em algum momento nos anos 90). Nos anos 60 e 70, na época em que o Mickey ainda era feito por Luís Manuel, o personagem também chegou a ser feito algumas vezes por Cleonir dos Santos (Cleonir assumiu o Mickey mais tarde nos anos 80). Donald também teve uma outra dublagem antiga, em suas aparições no "Clube do Mickey", que era dublado pelo estúdio BKS, e exibido na TV Tupi em 1978, e depois no SBT durante a década de 80. Neste programa foram exibidos trechos do curta "Donald no País da Matemágica", onde ele aparece dublado com a voz um pouco mais fina.
Desenhos
Donald fez sua primeira aparição em 9 de Junho de 1934 no episódio The Wise Little Hen (lançado no Brasil com o título de "A Galinha Esperta") da série Sinfônias Tolas. De lá para cá Donald apareceu em vários desenhos do Mickey, ao lado de personagens como Pateta e Pluto. Mas foi apenas em 1937 que Donald estreou sua própria série animada ao lado de sua amada Margarida. O desenho era Don Donald. Seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho apareceriam um ano mais tarde, no episódio Os Sobrinhos de Donald.
Pato Donald na Segunda Guerra Mundial
Angariando grande popularidade graças a comicidade dos desenhos animados, os Estúdios Disney foram obrigados a mudar de estilo com a entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial em 1942. A produção de desenhos passou a integrar o esforço de guerra norte-americano, abordando a guerra como tema. Em 1942, foi feito um desenho de propaganda anti-nazista, chamado de "A Face do Führer". Esse desenho mostra Donald vivendo na Alemanha Nazista, onde ele é forçado a trabalhar em uma fábrica de produção em série de armamento bélico pesado e de fotografias produzidas em série do Führer Adolf Hitler.
No entanto, o desenho mostra ainda uma certa ingenuidade dos seus produtores, com alguns furos como a crítica à produção em série, algo comum nos Estados Unidos desde a década de 1930. Em outro desenho, "Espírito de 1943", o Pato Donald é convencido a contribuir com parte do seu salário, para os altos impostos de guerra. Nesse desenho ele contracena com sua consciência dividida, gastadora e econômica, cujas aparências personificadas lembram os futuros Tio Patinhas e Gastão.
O Pato Donald não foi o único personagem de desenhos infantis a se mostrar contra o Nazismo. Personagens como Popeye, Patolino, Mickey, O Gato Félix e tantos outros deixaram de lado as piadas do cotidiano, e passaram a mostrar conteúdo violento, usando armas e jogando bombas de avião, dentre outras coisas.
Ainda como parte do esforço de guerra, mas voltando à fórmula da comicidade e da musicalidade, Donald participou de dois longas com temas dirigidos à América do Sul, um interesse estratégico para os militares em guerra: Saludos Amigos (1943), com o papagaio brasileiro Zé Carioca e The Three Caballeros (1944), com Zé, Donald e o mexicano Panchito.
Depois da guerra, Donald estrelou diversos curtas retornando aos temas mais amenos, como as vezes em que foi atormentado por personagens como os esquilos Tico e Teco.
Televisão
Na televisão, Donald esteve em DuckTales (1987-1990) e TV Quack Pack (1996-1997). Seus desenhos originariamente feitos para o cinema, passaram a ser exibidos em programas como O Point do Mickey ("The House of Mouse"), seu próprio programa a TV Quack que é exibido na Disney Channel. Ele também apareceu no desenho animado infantil A Casa de Mickey Mouse exibido no Disney Channel e Playhouse Disney.
Quadrinhos
Nos quadrinhos, Donald também se tornou um astro entre o público infantil com grande popularidade internacional, inclusive em Portugal e no Brasil.
Donald passou a ter "vida própria", sem depender de Mickey, quando um dos animadores de Disney, Carl Barks, ao ficar encarregado dos quadrinhos, resolveu adaptar uma história originariamente escrita para Donald, Mickey, Pateta e Pluto, desenhando-a apenas com Donald e seus sobrinhos: Donald Duck Finds Pirate Gold (Donald Encontra o Ouro dos Piratas). Ela foi publicada em 1942 e pertence à serie de revistas da Dell Comics chamada "Four Color".
O sucesso da Disney nos quadrinhos deve em muito ao cartunista Carl Barks, apelidado de O "Homem dos Patos". O grande artista produziu histórias até 1967. Criou quase todos os personagens coadjuvantes mais importantes das histórias do Donald: dentre outros estão o Tio Patinhas, o pato mais rico do mundo; Professor Pardal, o cientista maluco e Gastão, o primo sortudo, além dos vilões Maga Patalójika e Irmãos Metralha.
Mais recentemente outra figura se destacou realizando os quadrinhos do pato: Don Rosa, que recriou uma complexa árvore genealógica e toda a história do Tio Patinhas.
A Disney italiana criou sua identidade secreta, o Superpato. No Japão, Donald também estrelou em mangás como a adaptação do videogame da Squaresoft: Kingdom Hearts.
Videogames e jogos
Donald é protagonista de Quackshot (1991), Lucky Dime Caper (1991), World of Illusion Starring Mickey Mouse and Donald Duck (1992), Maui Mallard in Cold Shadow (1995), Disney's Donald Duck: Goin' Quackers (2000), e Disney's PK: Out of the Shadows (2002), e é personagem jogável em Mickey's Speedway USA (2000).
Donald também é um protagonista da série de RPG Kingdom Hearts, junto com Pateta e o menino Sora. Nesse jogo, ele é o mago da corte do rei Mickey. É um mago impetuoso e impaciente, que, a pedido do rei, acompanha Sora na sua jornada para encontrar o rei.
DesenhistasPato Donald tem seu visual concebido por vários artistas não só norte-americanos mas de vários países inclusive do Brasil, que mantêm o design característico do mestre Carl Barks e a personalidade dos desenhos animados, mas adicionando alguns maneirismos ou estilos próprios de cada um. Desses todos, além de Carl Barks destacaram-se Giovan Battista Carpi, Giorgio Cavazzano, William Van Horn, Daan Jippes, Keno Don Rosa (autor da A Saga do Tio Patinhas), Marco Rota (que segue os traços de Barks), Romano Scarpa, Tony Strobl, Al Taliaferro, Tetsuya Nomura (responsável pelo visual do Pato para os jogos Kingdom Hearts) e Shiro Amano (autor da versão manga dos mesmos jogos Kingdom Hearts)Lydia Gonçalves Santos , Bruno Pombo Lemos , Vítor Siqueira Gonçalves e Matheus Cerdeira Martins Klein.
Con Giovan Battista Carpi. Anche questa foto è stata scattata a Roma (Expocartoon) il 17 Maggio 1997.
No Brasil
No cinema, na televisão, nos quadrinhos e em outros meios, Pato Donald virou mania também no Brasil, conquistando um posto superior entre os personagens Disney e de quadrinhos em geral, rivalizando, e muitas vezes superando, Mickey Mouse em popularidade.
Os quadrinhos protagonizados pelo Donald fizeram estréia no Brasil no Suplemento Juvenil de Adolfo Aizen em Outubro de 1938.
Lançada em julho de 1950, a revista O Pato Donald (Pato Donald desde 1980), foi o marco inicial da Editora Abril, o que o torna o título de quadrinhos de mais longa publicação contínua no Brasil.
As revistas Zé Carioca, Tio Patinhas (inicialmente como Almanaque do Tio Patinhas) e Disney Especial são suas derivadas diretas.
Estúdios brasileiros produziram histórias em quadrinhos com Donald entre os anos 60 e anos 90.
Após o encerramento da produção nacional, a Editora Abril se limitou a publicar quadrinhos de outros países, como a Itália. As produções italianas têm sido alvo de críticas negativas Brasil por sua suposta baixa qualidade , mas são uma presença maciça e constante nas revistas brasileiras ao longo das décadas.
A interpretação do personagem pelos artistas e roteiristas brasileiros era semelhante à italiana, apesar da diferença entre os modos de criação. Tanto no Brasil quanto na Itália as histórias costumam girar em torno de temas como a atuação de Donald como repórter do jornal A Patada, as brigas com seu vizinho Silva e sua eterna postura de folgado (em contraste com a diligência de seu tio Patinhas e com o dinamismo de si mesmo como Superpato). Também foi criada no Brasil a série O Casamento do Pato Donald.
Além de ter seu próprio título de quadrinhos, Donald foi capa do álbum de figurinhas Galeria Walt Disney (1976 e republicações), personagem no Grande Livro Disney (1977) e astro principal do Manual da Televisão (1982).
Desenhos animados
Filmes:O Dragão Relutante (1941)
Saludos Amigos (1942)
The Three Caballeros (1944)
Como é Bom se Divertir (1947)
Tempo de Melodia (1948)
Mickey's Christmas Carol (1983)
Uma Cilada para Roger Rabbit (1988)
Mickey's 60th Birthday (1988)
Mickey - O Príncipe e o Mendigo (1990)
Pateta - O Filme (1995)
Fantasia 2000 (1999)
Mickey's Once Upon a Christmas (1999)
Mickey's Magical Christmas: Snowed in at the House of Mouse (2001)
OS Vilões da Disney (2002)
Mickey's PhilharMagic (2003)
Mickey's Twice Upon a Christmas (2004)
Mickey Donald e Pateta: Os Três Mosqueteiros (2004)
The Lion King 1½ (2004)
Donald's Happy Birthday (1999)
Aparições do personagem
Séries de televisão
DuckTales (1987?1990)
Donald Duck Presents (compilação de curtas clássicos da Disney)
Donald's Quack Attack (compilação de de curtas clássicos da Disney)
Bonkers (1993?1995)
Quack Pack (1996?1997)
Mickey Mouse Works (1999?2000)
House of Mouse (2001?2003)
Mickey Mouse Clubhouse (2006)
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