Em 1988, um grupo de ativistas britânicos deu início a uma campanha que hoje tem dimensões mundiais: Free Tibet, ou Libertem o Tibet. Seus participantes defendem o fim do domínio chinês sobre o pequeno país. Seus participantes defendem o fim do domínio chinês sobre o pequeno país. Encravado no alto da Cordilheira do Himalaia, o Tibet era, até 1950, um Estado teocrático governado pelo Dalai Lama, título do líder budista considerado encarnação de um ancestral divino.
Os chineses transformaram o Tibet em uma província e tentaram suprimir a cultura tibetana. Manifestações religiosas foram proibidas e cerca de 90 por cento dos mosteiros budistas foram transferidos para o Tibet. Com isso, hábitos e tradições chinesas acabaram predominando sobre os costumes locais.
Tenzin Gyatso (14º Dalai Lama)
Em 1959, monges budistas lideraram uma revolta contra a China, mas o movimento foi esmagado. Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, e 120 mil de seus seguidores se refugiaram na Índia. Ali, o Dalai Lama iniciou uma campanha pacifista pela libertação do Tibet. Graças a esse trabalho, em 1989 ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Em 2005, o líder tibetano expressou claramente sua intenção de afastar-se da posição anterior e negociar com os líderes chineses. Em entrevista a um jornal de Hong Kong, afirmou: “Nós queremos a modernização. Então, para nosso interesse, estamos dispostos a fazer parte da República Popular da China (…) em troca de garantia de preservação da cultura e espiritualidade tibetanas, bem como do meio ambiente”.
(Fonte: Gilberto Scorfield Jr. Dalai Lama reconhece que Tibet é da China. O Globo, 15 mar.2005)
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