Mulheres do Brasil Império: coragem e superação
História do Brasil e do Mundo

Mulheres do Brasil Império: coragem e superação


Curiosidades históricas


A condição feminina no Brasil Imperial


Personagens


Quatro mulheres: Luiza Mahin, Maria Felipa, Maria Quitéria e Isabel do Brasil (veja mais curiosidades sobre a Princesa Isabel). Como elas, inseridas nos moldes de uma sociedade predominantemente masculina, superaram o preconceito que existia à época (e que ainda existe) e tornaram-se verdadeiras heroínas nacionais. 

Como as mulheres eram vistas no Brasil Império


As mulheres não podiam sair sem a companhia de seus maridos ou irmãos; que só se casavam com permissão dos pais; que não podiam usar calças; que não tinham direito ao voto; que existia uma lei que permitia ao marido traído que matasse sua esposa em nome da honra masculina; que a mulher foi, até fins do século XIX, considerada um ?homem imperfeito?, um ser de impureza, cuja sexualidade fora desde muito criminalizada; seus corpos eram pensados para gestar novos seres e nada mais. 
A criminalização do ?ser? feminino tem suas origens em Adão e Eva, passando pela relação entre o sexo feminino e a feitiçaria e culminando em seu silenciamento no plano político e social. (veja aqui o papel das mulheres na Idade Média)

Suas histórias


Luiza Mahin



Mulher, negra, escrava trazida da região do Benin, sob forte presença da religião muçulmana, fora extremamente importante no evento conhecido como Revolta dos Malês, em 1835. Malê era o nome pelo qual os africanos islamizados (muçulmanos), alfabetizados em árabe, eram conhecidos na Bahia. Ao longo da primeira metade do século XIX, diversas revoltas irromperam na província sob articulação dos malês. O objetivo era, além da conquista da liberdade dos escravos frente ao regime escravocrata, uma imposição do Islã como religião oficial no reino que seria fundado em Salvador ? reino esse que teria Luiza como sua rainha, segundo relatos ? acabando, portanto, com a obrigatoriedade de conversão à religião católica, que era a religião oficial. Em 1835, os malês chegaram a ameaçar o poder colonial e instituíram um quartel general na sede administrativa da cidade. A atuação de Luiza, uma das principais articuladoras da revolta, estava ligada ao trabalho que exercia como liberta. Luiza era quitandeira e, dizem que ao vender seus quitutes, passava neles mensagens de revolta escritas em árabe, formando uma rede de solidariedade e comunicação entre os escravos e homens e mulheres libertos. 


Luiza Mahin



Maria Felipa e Maria Quitéria


As duas Marias lutaram para libertar a Bahia da ocupação portuguesa. Maria Quitéria, inclusive, cortara seus cabelos e se vestira de homem para lutar junto aos seus, tornando-se Soldado Medeiros. Maria Quitéria pode ser facilmente comparada à mártir francesa Joana D'Arc. Maria Felipa, conhecida como Heroína Negra da Independência, lutara corpo a corpo contra aqueles que ocupavam a região de Itaparica, na Bahia, chegando a liderar aproximadamente 40 mulheres para lutar em defesa de suas praias contra as tropas portuguesas. 


Maria Felipa
Maria Felipa

Maria Quitéria
Maria Quitéria


Isabel do Brasil


Desde o início a Princesa Isabel mostrou-se interessada pelos estudos de ciências e química e preocupava-se com a educação do país.
Tornou-se a primeira senadora mulher do Brasil e assumiu o trono imperial por duas vezes na ausência de seu pai, D. Pedro II.
Sua forma de agir sempre liberal, política e abolicionista, culminaram com a assinatura da Lei do Ventre-Livre e da Lei Áurea (veja aqui o texto completo da Lei Áurea)



Mulheres heroínas: Princesa Isabel
Princesa Isabel






CONCLUSÃO


E aí? Você acha que o papel das mulheres na sociedade atual é significante em comparação com o Brasil Império? Ou os preconceitos continuam? E as mulheres negras? Tem mais ou menos oportunidades em relação às mulheres brancas?
Deixe seu comentário. (veja aqui a página do Coletivo de Mulheres da FGV-RIO)



Fonte: Texto baseado na aula proferida no CE Amaro Cavalcanti (Rio de Janeiro) pela graduanda em História pela FGV-RIO, Camilla Caetano La Pasta.














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