Hoje , dia internacional da mulher, um texto sobre as heroínas de Tejucupapo.
História do Brasil e do Mundo

Hoje , dia internacional da mulher, um texto sobre as heroínas de Tejucupapo.


EM 1646 AS MULHERES DE TEJUCUPAPO CONQUISTARAM O TRATAMENTO DE HEROÍNAS, POR TEREM COM AS ARMAS, AO LADO DOS MARIDOS, FILHOS E IRMÃOS, REPELIDO  600 HOLANDESES QUE RECUARAM DERROTADOS.

Quando se deu o episódio de Tejucupapo, os holandeses já tinham perdido a quase totalidade do domínio nas terras pernambucanas, estavam cercados e precisavam desesperadamente de alimentos, provisões. Tentaram, então, ocupar Tejucupapo, uma área tradicional de plantio da mandioca. A farinha de mandioca, que desde os tempos de Nassau escasseava, agora era um produto pelo qual valia a pena arriscar-se em combates. A fome assolava a população do Recife e de Maurícia, onde estavam praticamente confinados os holandeses. Vinham os holandeses da ilha de Itamaracá.
Segundo historiadores, escolheram justamente um dia de domingo para a investida. Neste dia, os homens do vilarejo costumavam ir ao Recife a cavalo para comercializar os produtos da pesca – caranguejos e outros moluscos que vendiam nas feiras da capital. O distrito estaria, portanto, menos protegido, acreditavam os holandeses.
Segundo alguns relatos, o major Nunes recebeu a informação de dois mensageiros de que o exército flamengo se aproximava. De conhecimeno da notícia, quatro mulheres incitaram e lideraram a reação. Eram Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina.
O motivo da atitude não teria sido exatamente político ou religioso. As tejucupapenses não estariam defendendo a permanência portuguesa no Brasil. Como também não brigaram contra a expansão holandesa na América. Elas estariam simplesmente defendendo sua vila, suas vidas e seus filhos dos invasores. Principalmente porque não contavam com a presença dos homens da comunidade.
Enquanto alguns poucos homens que ficaram em Tejucupapo foram receber os invasores a bala, as mulheres puseram água para ferver, acrescentando pimenta em tachos e panelas de barro.
Escondidas em trincheiras, atacavam com a mistura, jamais esperada pelos soldados. Os olhos dos inimigos eram os principais alvos, e a surpresa o melhor ataque. Como saldo, mais de 300 cadáveres ficaram espalhados pelo vilarejo, sobretudo flamengos. Depois de horas na batalha, no dia 24 de abril de 1646, as mulheres guerreiras do Tejucopapo saíram vitoriosas, pondo um fim à dominação Holandesa no Brasil.







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