História do Brasil e do Mundo
Jornal do Brasil: uma grande história
Fundado em 1891 por Rodolfo Dantas, com intenção de defender a monarquia recentemente deposta. De nível elevado, contava com a colaboração de José Veríssimo, Joaquim Nabuco, Aristides Spínola, Ulisses Viana, o Barão do Rio Branco e outros como Oliveira Lima, então apenas um jovem historiador. As afinidades da maioria desses elementos com o regime deposto foram sintetizadas por Nabuco como a melhor República possível.
O periódico inovou por sua estrutura empresarial, parque gráfico, pela distribuição em carroças e a participação de correspondentes estrangeiros, como Eça de Queirós. O seu primeiro número veio a público em abril. Manteve sua orientação conservadora até que Rui Barbosa assumiu a função de redator-chefe (1893). Nesta fase inicial, o Barão do Rio Branco (1845-1912) colaborou, em suas páginas, com as célebres colunas Efemérides e Cartas de França.
A redação do jornal foi atacada ("empastelada", como se dizia na época) em 16 de dezembro de 1891, dias após a morte do Imperador D. Pedro II, noticiada com pesar em uma edição especial tarjada de negro em sinal de luto.
Por ter sido o único periódico da então Capital Federal a publicar o manifesto do Contra-Almirante Custódio de Melo quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada (6 de setembro de 1893), o presidente da República, Floriano Peixoto determinou o fechamento do jornal e mandou caçar Rui Barbosa, vivo ou morto. O jornal permaneceu fechado por um ano e quarenta e cinco dias.
A partir de 15 de novembro de 1894 voltou a circular, sob a direção da família Mendes de Almeida. A opção pela data assinalava o apoio à República, e a sua nova proposta editorial voltava-se para as reivindicações populares. No início do Século XX, o Jornal do Brasil transferiu-se para um dos primeiros arranha-céus do Rio de Janeiro, na recém-inaugurada Avenida Central (hoje Avenida Rio Branco), onde permaneceu até a década de 1970, quando se transferiu para um novo prédio, na Av. Brasil, 500, em frente ao Cais do Porto. Mais tarde, o Jornal do Brasil tornou-se propriedade dos Condes Pereira Carneiro (Ernesto Pereira Carneiro e Maurina Pereira Carneiro) e depois de seu genro, Manuel Francisco do Nascimento Brito. Nos anos 1950, o designer gráfico Amílcar de Castro revolucionou o design de jornais no Brasil, com a reforma gráfica para o JB. Em 2005, o JB instalou-se na "Casa do Bispo", imóvel histórico e representativo do colonial luso-brasileiro, datado do início do século XVII, que já serviu de sede à Fundação Roberto Marinho. A partir de 16 de Abril de 2006 começou a circular nas bancas no chamado "formato europeu", um formato maior que o tabloide e menor que o convencional, seguido por diversos jornais daquele continente.
Em 2008 o Jornal do Brasil realizou uma parceria de digitalização com o buscador Google que resultou no livre acesso em texto completo das edições digitalizadas das décadas de 30 a 90, que podem ser acessadas pelo link Acervo histórico digitalizado do Jornal do Brasil.
Em 2001, a família Nascimento Brito arrendou o título do jornal para o empresário Nelson Tanure por 60 anos, renováveis por mais 30. A intenção do empresário, conhecido por comprar empresas pré-falimentares, saneá-las e depois revendê-las, era recuperar o prestígio do jornal. Naquele ano, as vendas do jornal eram de 70 mil em média durante a semana e 105 mil aos domingos.
Recuperou-se a partir de 2003, atingindo 100 mil exemplares em 2007, quando então as vendas novamente começaram a cair, chegando a 20.941 em março de 2010. Em julho de 2010, foi anunciado o fim da edição impressa do jornal que, a partir de 1 de setembro do mesmo ano, existiria somente em versão online, com alguns conteúdos restritos a assinantes, o JB Premium. O JB agora autodenomina-se "O Primeiro jornal 100% digital do País!"
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal_do_Brasil
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