Dom António
História do Brasil e do Mundo

Dom António


(1531 - 1595)


  Soberano português (1580-1382) nascido em Lisboa, que em sua luta pelo trono manteve um luta permanente e infrutífera contra Filipe II da Espanha. Prior do Crato, filho do infante D. Luís e de Violante Gomes, de origem israelita convertida e que morreu professa no mosteiro de Almoster, e neto de el-rei D. Manuel e um dos pretendentes à coroa portuguesa, quando faleceu o cardeal rei D. Henrique. Sobrinho do cardeal-rei, foi educado pelos frades do convento da Costa, junto a Guimarães, seguindo depois para Santa Cruz, de Coimbra (1548), onde licenciou-se em artes (1551). Para entrar na carreira que lhe apontavam as escolas em que havia formado o espírito, e para o qual seu tio D. Henrique lhe afeiçoava a vocação, era indispensável consagrar-se de preferência aos estudos teológicos. Foi para Évora estudar teologia com o Frei Bartolomeu dos Mártires e, habilitado para o sacerdócio, seu tio cardeal lhe confiou o priorado do Crato, mas nunca quis tomar ordens de presbítero, preferindo a carreira política. Esteve em Madrid, na corte de Filipe II e regressou a Portugal, na época em que se agitavam as grandes lutas africanas.

Partiu para África, chegando a assumir o governo de Tanger (1574) e acompanhou D. Sebastião nas duas expedições à África. Regressou a Portugal, quando D. Henrique foi aclamado, com indiscutíveis pretensões o trono e entrou em conflito com o tio, mas conseguiu o apoio do papa Gregório XIII. Com a morte do cardeal-rei apresentou-se como pretendente ao trono de Portugal e fez-se aclamar em Santarém (1580) pelo povo entusiasmado, jurando morrer em defesa dos seus direitos e da independência do reino, principalmente contra Filipe II da Espanha, que se declarara Filipe I de Portugal, e partiu para Lisboa, onde esperava contar com a ajuda dos franceses contra os rebeldes e os espanhóis. A ajuda não veio e suas tropas foram derrotadas em Lisboa pelos espanhóis. Sem soldados e sem recursos, e com sua cabeça posta a prêmio, refugiou-se no Aveiro, de onde conseguiu fugir para Calais, França (1581). Conseguiu apoio para montar um esquadra e aportou à ilha Terceira, onde novamente foi derrotado e voltou para a França (1582). Refugiado na aldeia de Rueil, próximo de Paris (1584), viveu os anos seguintes fugindo de atentados, principalmente dos agentes de Filipe II. De diversas mulheres teve dez filhos; foi homem inteligente e letrado e escreveu também, em latim e morreu em Paris a 26 de Agosto de 1595.

Figura copiada do site PORTAL DA HISTÓRIA

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