continuação de: A Era vitoriana na Inglaterra
As péssimas condições das workhouses e outras evidências críticas da “questão social” e da marginalização política foram combatidas, como mostra a Carta do Povo, de 1838, que reivindica o sufrágio universal, o voto secreto, o fim do censo (determinado nível de renda pessoal), para as eleições e elegibilidade, a remuneração dos eleitos e eleições anuais.
O documento não conseguiu mobilização popular suficiente para imprimir as mudanças desejadas quando apresentado ao Parlamento para votação (1848). Porém, os movimentos populares foram retomando força e conquistando, em 1858, o fim do censo eleitoral para a Câmara dos Comuns e, em 1867, o Ato da Reforma, que estendeu o direito de voto a todos que tivessem residência própria ou pagassem aluguel acima de um certo valor, deixando de fora os mais pobres trabalhadores industriais.
Em 1872, estabeleceu-se o voto secreto e, em 1884, o mesmo direito foi estendido ao campo, envolvendo boa parte dos trabalhadores rurais. Pouco antes, durante o segundo governo do ministro Disraeli (1874-1880), os sindicatos foram oficialmente reconhecidos e foi regulamentada a duração da jornada de trabalho dos adultos (homens e mulheres) e crianças. Era a época do apogeu do imperialismo inglês.
Após as eleições de 1906, as disputas políticas e a busca pela ampliação dos direitos eleitorais e sociais estruturaram definitivamente o Partido Trabalhista, o Labour Party, formado em 1893 por líderes das trade unions (sindicato), e também levaram à abolição das limitações eleitorais (1918), culminando no sufrágio universal.
VICENTINO, Cláudio. DORIGO,Giampaolo. História para o ensino médio. História Geral e do Brasil.
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