Tensões no Oriente Médio.
História do Brasil e do Mundo

Tensões no Oriente Médio.



Fala rapaziada!

Dando continuidade com temas de atualidades vou falar hoje sobre as tensões que estão ocorrendo no Oriente Médio e que estão “fervendo” cada vez mais, principalmente após os protestos da Primavera Árabe e a saída dos Estados Unidos no Iraque.

Então vamos a ela.

TENSÕES NO ORIENTE MÉDIO.


Os Estados Unidos tiraram as suas tropas do Iraque em dezembro do ano passado, após oito anos de ocupação a região volta a “ferver”. Os protestos da Primavera Árabe empurra a nação Síria para uma guerra civil, tal conflito começa atrair nações vizinhas, e a principal delas é o Iraque.
Quando as tropas norte-americanas saíram do Iraque o presidente Barack Obama disse que deixava para trás uma nação “soberana, estável e autossuficiente”. Esse discurso cínico e de mau gosto do presidente dos Estados Unidos logo entrou em contradição com a realidade que se encontra no Iraque.
Após a retirada, o líder sunita do Iraque (20% da população são sunitas) tornou-se um fugitivo em seu país, porque o primeiro-ministro xiita Nouri Al-Maliki mandou prende-lo sob a acusação de terrorismo (60% da população são xiitas). Tal atitude causou uma “onda” de atentados contra alvos xiitas.
Isso tudo começou com a invasão dos Estados Unidos no Iraque em 2003, para derrubar o governo de Saddam Hussein - sunita. A invasão dos Estados Unidos no Iraque foi para assegurar a sua influência sobre uma área estrategicamente importante no Oriente Médio e também porque guardam uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Sendo assim, o Iraque mergulhou numa espiral de conflitos entre seus grupos: xiitas, sunitas e curdos (15% da população). Esses grupos além de lutarem entre si, eles pegaram em armas contra as tropas norte-americanas. O maior problema foi guando os EUA fizeram uma aliança interna com a ala dos xiitas. A marginalização dos sunitas, no qual Saddam se apoiava, desencadeou a insurgência contra os Estados Unidos e contra os xiitas. As milícias sunitas incluíam as facções leias a Saddam e a Jihad islâmico, entre elas a Al-Qaeda.
Os norte-americanos não esperavam que a marginalização dos sunitas fosse difícil de conter, e a violência atingiu o seu pico em 2006 e 2007, onde foi necessário o governo dos Estados Unidos enviar mais soldados. Em 2008 fecharam um acordo com a milícia sunita, onde previa que sua saída seria gradual, e a retirada completa foi em 2011.
Vale ressaltar que em 2005 o Iraque aprovou uma Constituição e elegeu um governo próprio sob os cuidados dos Estados Unidos. Como a maioria da população é xiita, os partidos xiitas chegaram ao poder.
O tiro dos norte-americanos saiu pela culatra, pois os sunitas foram marginalizados e as alas dos xiitas se aproximaram do Irã.
Assim ficou difícil para eles enquadrar o jogo político baseado em distinções étnicas e religiosas e na crescente voz ativa do Irã na política interna iraquiana - os Estados Unidos perdeu essa guerra.
As tensões continuam, pois a oposição sunita está reforçando-se com os opositores do governo da Síria, que são também sunitas. Tanto que os chefes locais do oeste do Iraque afirmam que militantes e armas estão chegando ilegalmente da Síria, e isso põe em alerta que a crise da Síria pode se regionalizar.
Os Estados Unidos e Israel veem os seus interesses mais ameaçados como nunca, pois Irã, Iraque, Síria e Líbano são governados pelos xiitas e são inimigos declarados dos Estados Unidos e de Israel. E para piorar, a instabilidade do governo islâmico no Egito, comprimi o “satélite” norte-americano no Oriente Médio – a nação de Israel.

Obrigado e até a próxima!

Professor João Pestana.
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