O mundo conhecido pelos europeus até o século XV resumia-se à Europa, parte da Ásia e da África. A América e a Oceania eram desconhecidos.
A maior parte dos europeus sabia algo sobre o Extremo Oriente apenas por meio de relatos, já que alguns deles chegaram a viajar até lá ao longo da Idade Média. No entanto, as informações que cada sociedade tinha a respeito das outras eram fragmentadas e imprecisas e estavam recheadas de elementos fantasiosos.
Os relatos de viagem dos navegadores foram importantes fontes de conhecimento para a época e estimulavam a imaginação das pessoas, como os do viajante veneziano Marco Pólo (1254-1324). Desse modo, constituíam as fontes de informação mais conhecidas e citadas de toda a literatura de viagens dos séculos XIV, XV e XVI.
Em seus textos, Marco Pólo fala sobre as viagens que fez pelo Oriente, incluindo a China, conta sobre as riquezas das terras que visitou e os costumes e características dos povos que conheceu.
Veja um trecho do que ele escreveu:
(…) Em Kaindu há também minas de turquesa, pedras belíssimas (…). Outra grande riqueza dessa província são os vários temperos e especiarias que não existem em nossos países, tais como canela, cravo, gengibre e outros.
Quando um forasteiro chega a Kaindu, o habitante que o recebe entrega-lhe sua casa com todos os seus pertences e sai. Também sua mulher e suas filhas lá permanecem. O viajante pendura seu chapéu junto à janela e, enquanto o chapéu estiver ali, o dono da casa não pode voltar. É um costume que denota hospitalidade (…)
(As viagens de Marco Pólo. São Paulo: Scipione, 2004.)
Nelson Piletti, Claudino Piletti. Thiago Tremonte. História e vida integrada.
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