Na sociedade feudal, o que valia mesmo era a terra. Os donos de terra eram as pessoas mais valorizadas, era entre eles que estavam os reis e os nobres. Agora o que começava a ter mais valor era o dinheiro.
Estimulados pela expansão de sua atividade econômica na Europa, os comerciantes passaram a se reunir nos entroncamentos das estradas ou próximos às muralhas dos grandes castelos. Surgiram assim as feiras que duravam vários meses. Nelas se vendia de tudo, se comprava de tudo.
A mais famosa região de feiras ficava na França e se chamava Champagne.
Nos lugares onde se realizava as feiras, surgiram e outros serviços, como o de ferreiro e de seleiro. Muitas pessoas começaram a morar nesses lugares. Formaram-se aldeias. Essas aldeias cresceram. Surgiram pequenas cidades.
Nas línguas germânicas, a palavra burgs significa ‘fortaleza’. Por isso as novas cidades foram chamadas de burgos e seus habitantes, burgueses.
As cartas de Franquia
Inicialmente, os burgueses pagavam impostos aos senhores das terras onde se estabeleciam. Ao prosperar em seus negócios, compravam o direito de não pagar taxas ao senhor e de estabelecer o governo das cidades. Esse direito era formalizado nas Cartas de Franquia, documento pelo qual o senhor feudal se comprometia a dar liberdade de movimento aos habitantes da cidade. Por isso se dizia que “o ar da cidade é um ar livre”. Por isso também muitos camponeses fugiam do campo, onde eram servos, para se instalar nas cidades, onde passavam a ser livres.
Em cada burgo havia um número limitado de comerciantes e artesãos. Os artesãos estavam organizados em grupos chamados corporações de ofício. Nem os comerciantes nem os artesãos queriam que a concorrência aumentasse. Assim, as corporações de ofício fixavam regras sobre quem podia ser artesão e sobre a quantidade de artigos que podia ser produzida em cada ramo de atividade. Os comerciantes, por sua vez, faziam o mesmo em suas corporações, geralmente chamadas guildas.
Entre os artesãos havia corporações de sapateiros, de ferreiros, de alfaiates, e assim por diante. Cada corporação tinha um mestre, que detinha as ferramentas, fornecia a matéria-prima, controlava toda a produção e recebia por ela. e os aprendizes, que trabalhavam em troca de casa e comida.
Movimentos Sociais: Ontem e hoje
Os movimentos sociais atuais possuem organização, planejamento e objetivos políticos bem definidos. Os operários encontram-se organizados em sindicatos de categoria profissional e confederações, isto é, agrupamentos mais vastos de representação nacional e internacional. O mesmo ocorre com os empresários e patrões, integrados em amplas associações representativas. Os partidos políticos, as organizações dos estudantes, das mulheres, dos negros, dos índios e outras tantas apresentam em geral as características do grupo que representam. (…) |