Guerras de Religião - Ascensão Bourbon
História do Brasil e do Mundo

Guerras de Religião - Ascensão Bourbon


Crise de Autoridade do Poder Real

Com a morte do rei Henrique II (1547-1559) seguem-se 35 anos de guerras civis. Foram chamadas de Guerras de Religião porque tiveram como uma de suas causas rivalidades entre católicos e protestantes. Os católicos, a maioria, eram liderados pelo senhor de Montmorency, por Francisco de Guise e pelo cardeal de Lorena. Os protestantes chamados na França de huguenotes, eram liderados por Antonio de Bourbon, rei de Navarra, seu irmão, o príncipe de Condé, e o almirante Gaspar de Coligny. Os três filhos do rei que se seguem à morte de Henrique II, Francisco II (1559-1560), com 15 anos, Carlos IX (1560-1574), rei aos 10 anos, e Henrique III (1574-1589), não tiveram autoridade suficiente para reforçar o poder real. Os nobres disputam entre si para saber quem exerce mais influência sobre esses reis frágeis.

O início das Guerras de Religião

Essas guerras caracterizaram-se por sua extrema violência, envolvendo massacres de populações civis. Os católicos apelaram para o rei Filipe II da Espanha e os protestantes, para a rainha Elizabeth da Inglaterra, alguns cantões suíços e príncipes alemães. Nesse período, a autoridade real virtualmente desaparece da França, e cada facção reivindica para si o direito de exercer influência sobre o rei. Em 1562, um confronto entre católicos e protestantes que ficou conhecido como Massacre de Vassy assinala o início da guerra civil.

A "Noite de São Bartolomeu"

Entre 1562 e 1570, os príncipes chefes das duas facções morrem. Após uma vitória de Coligny, os huguenotes conseguem vantagens consideráveis junto ao rei Carlos IX. A irmã do rei, Margarida, casa-se com Henrique de Bourbon, filho de Antonio, rei de Navarra, e Coligny passa a participar do Conselho do rei. Coligny procura influenciar o rei para este declarar guerra à Espanha. A rainha-mãe, Catarina de Médicis, não é favorável a essa guerra e alia-se ao líder católico, Henrique de Guise, que acusava Coligny de ter assassinado seu pai, Francisco de Guise. Ambos preparam um atentado contra Coligny, que é malsucedido. O rei pretende fazer um inquérito, Ora a investigação revelaria a sua própria mãe envolvida no atentado. Catarina adianta-se e consegue junto ao filho permissão para conduzir um massacre contra os protestantes alegando que estes preparavam um atentado contra o rei. O massacre ocorreu na madrugada de domingo, 24 de agosto de 1572. Ficou conhecido como "Noite de São Bartolomeu", por ser este dia consagrado ao santo de mesmo nome. Coligny foi uma das primeiras vítimas. Esse massacre reacendeu a guerra civil.

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