A partir da década de 1870, a Igreja católica e setores do Exército tiveram sérios atritos com o governo imperial.
A crise com a Igreja católica tornou-se especialmente grave em 1874. Naquele ano, o imperador D. Pedro II autorizou a prisão dos bispos de Olinda e Belém, que foram condenados a quatro anos de trabalhos forçados por terem proibido os católicos de suas dioceses a participar de atividades da maçonaria, que eram aceitas pela monarquia.
Parte da oficialidade do Exército começou a se afastar do governo após a Guerra do Paraguai (1865-1870). Durante a guerra, muitos oficiais haviam entrado em contato com pessoas das repúblicas vizinhas e, ao retornarem, passaram a criticar a monarquia. Criticavam principalmente a corrupção que, segundo eles, era praticada pelos políticos monarquistas, “aproveitadores da miséria do país”.
Essa crise agravou-se em 1884, quando o governo proibiu os oficiais de manifestarem suas opiniões pela imprensa, sem autorização do ministro da Guerra.
Devido aos atritos com a Igreja e com o Exército, a monarquia enfraqueceu-se ainda mais.
Adoentado, o imperador dom Pedro II afastava-se cada vez mais das crises e decisões do governo.
O Ato da Abolição da escravatura, por exemplo, foi assinado por sua filha, a princesa Isabel. De acordo com o historiador Sérgio Buarque de Holanda, o país estava “acéfalo”, isto é, sem governo. Alguns órgão da imprensa chegavam a ridicularizar o imperador, chamando–o, por exemplo, de “Pedro Banana” e “Pedro Caju”.
Nelson Piletti, Claudino Piletti, Thiago Tremonte. História e vida integrada.
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