História do Brasil e do Mundo
BRICS – continuação e perspectivas.
BRICS – continuação e perspectivas.
O banco de desenvolvimento - a primeira arma contra os países desenvolvidos.
Os países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) aprovaram no dia 26 de março de 2013 a criação de um banco de desenvolvimento conjunto para financiar projetos de infraestrutura.
Os BRICS tentam dar ao mundo uma constituição de um banco de desenvolvimento com objetivo de reformar o sistema financeiro mundial. Em outras palavras, a proposta dos BRICS é, criar uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
O detalhe do novo banco não foi divulgado, mas a previsão estimada é que o capital da abertura à participação de cada país do Brics e todos os integrantes deverão ter o direito no Conselho de Administração da Instituição.
A ideia dos BRICS é que o grupo tenha mais acesso ao crédito e mais voz ativa nas questões mundiais e também nas negociações com europeus e norte-americanos que se encontram com as suas economias em crise.
A insatisfação do grupo é com a falta de representatividade em instituições financeiras globais e além do Conselho de Segurança das Nações Unidas (no caso Brasil, índia e África do Sul). Eles argumentam que essas entidades e todo sistema de governo internacional criado no pós- Segunda Guerra está ultrapassada e devem ser alterados para refletir a nova realidade.
O banco de desenvolvimento vai ser a primeira grande arma do grupo porque poderá ser tornar rapidamente uma alternativa às instituições já existentes que atualmente são conduzidas pelas potências tradicionais, como Estados Unidos, Japão e União Europeia.
O novo banco iniciará com um capital de US$ 50 bilhões, isso equivale a 10 bilhões por país. A cifra é pequena se comparada à relevância dos Brics, que representa um quarto do PIB e reúne 45% da população mundial.
Que fique bem claro que o país que está “encabeçando” é o gigante emergente China.
A China e os demais do grupo são agora os maiores parceiros comerciais do continente africano, formando o maior grupo de investidores, ultrapassando os europeus e norte-americanos.
Por causa disso, os BRICS foram chamados de novos neocolonizadores que a forma que eles estão investindo na África é considerada pelos especialistas europeus uma “nova forma de imperialismo”.
Que seja, mas isso é uma declaração clara de representantes de países em crise econômicas e que estão com o “choro preso” devido à ascensão dos países emergentes que no passado foram explorados por eles.
O cartaz no salão da igreja no centro de Durban, cidade sul-africana, onde aconteceu à quinta reunião de cúpula dizia: “BRICS, não dividam a África”.
Os chineses e os outros líderes dos Brics rejeitaram indignados as criticas de que o grupo representa um tipo de “sub-imperialismo”. O representante chinês Zhong Jianhua declarou “A China foi intimada por outros no passado, e assim foi à África. Esta experiência compartilhada significa que eles têm muito em comum. Esta é a vantagem da China e a razão pela qual muitos países ocidentais estão em desvantagens.” Ficou claro no discurso de Zhong que ele mandou uma indireta para os países desenvolvidos.
Os especialistas veem a criação do banco de desenvolvimento com entusiasmo, pois o banco vai ser o primeiro passo para sua organização política e administrativa, já que o bloco não possui uma união comercial. Por isso, o banco de desenvolvimento que está sendo criado deve se transformar no principal espaço de manifestações dos interesses do grupo.
Como afirmou a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, será criada um Conselho Empresarial dos Brics formados por empresários dos cinco países do grupo e completou: “O Conselho é sem dúvida um mecanismo inovador que vai contribuiu para a consolidação da comunidade de negócios entre os nossos países.”
Desta forma, tenho que dá razão ao economista inglês Jon Moynihan, que “o Ocidente não vai se recuperar”. Esse economista é o mesmo que em 1999 antecipou o estouro da bolha da internet.
A sua tese é que os salários dos países desenvolvidos tornaram-se altos demais criando uma disparidade internacional. Isso condicionou a população desses países acharem que altas eram normais e automáticas. Enquanto isso, milhões de pessoas continuavam na pobreza ao redor do mundo.
A solução dos países desenvolvidos foram contrair empréstimos para manter o nível de vida e de pagamentos insustentável. Enquanto isso, os países emergentes, tais como Brasil, China e Índia começaram a produzir uma série de bens e serviços pagando salários menores, para produzir o mesmo tipo de produto fabricado nos países desenvolvidos.
Ao longo prazo, os países desenvolvidos não conseguem mais empregar pessoas e consequentemente não conseguem mais crescer.
Para ter uma ideia, na ultima década, nos países desenvolvidos, 500 milhões de pessoas passaram a ganhar US$ 135 por dia.
Nas áreas urbanas dos países em desenvolvimento há 1 bilhão de pessoas (o dobro dos países desenvolvidos) ganhando salários de até US$ 13 ao dia, nas áreas rurais, há 1,3 bilhão de pessoas ganhando até US$ 2 por dia. São os chineses que saem da zona rural em busca de emprego, mesmo que seja em condições sub-humanas para ganhar uma ninharia.
Essa disparidade fez com que os países em desenvolvimento pudessem empregar os mais pobres por salários menores e sugar os empregos dos países desenvolvidos.
Esse emprego é retirado dos países desenvolvidos fora de seu país, porque basta uma crise aparecer para germinar o preconceito racial dos europeus e dos norte-americanos. Sendo assim, sorte nossa ou azar deles, a verdade é que “roubamos” seus empregos nos nossos próprios países.
Isso se dá pelo seguinte exemplo de um mercado onde a economia é globalizada.
Por exemplo, em 1955, a General Motors era a maior empresa do mundo, tinha lucros de US$ 105 bilhões e contava com 500 mil funcionários nos EUA e 75 mil no exterior. Hoje, a maior empresa do mundo é Apple, com lucros de 108 milhões e com 50 mil funcionários nos EUA e 710 mil no exterior.
Os empregos fugiram para os países em desenvolvimento e não voltarão. Não adianta os governantes prometerem porque esses empregos não voltam. Qual empresário vai deixar de lucrar podendo pagar 90% a menos na mão de obra nos países em desenvolvimento onde há um amplo mercado consumidor e taxa de natalidade é a mais alta do mundo, em contraste com os Estados Unidos e União Europeia que está diminuindo.
O erro dos governantes dos países desenvolvidos é que eles têm tirado dinheiro de áreas cruciais, como investimentos em infraestrutura, educação e pesquisas científicas, para investir em politias de bem-estar social que nada mais são que manobras eleitoreiras para cumprir promessas do passado.
Os BRICS fazem o contrário, investem fortemente em infraestrutura, educação (para obter mão de obra especializada) e em pesquisas cientificas. O bem-estar social fica a cargo dos benefícios trabalhistas e do poder de consumo de bens duráveis que algumas décadas eram impossíveis para camada pobre dos países emergentes.
A fórmula dos BRICS é parecida com a propaganda preconceituosa e proibida criado pela União Europeia, cujo lema era: “Juntos, somos mais forte!”. Entretanto isso é verdade, juntos eles se tornarão fortes, e como todo grupo precisar de um líder, o líder desse grupo é a China.
João Pestana.
-
Distribuição Da Riqueza Pelo Mundo.
Os países considerados subdesenvolvidos são a grande maioria, neles estão em torno de 85% da população mundial. Há muita diferença entre os países considerados subdesenvolvidos, alguns possuem considerável nível de industrialização, outros possuem...
-
G- 20. Os Vinte Maiores Pibs Do Mundo.
O G- 20 e um grupo de países que repondem por 90% do PIB do planeta. Surge com a crise financeira do final dos anos 90, nasceu com a intenção de incluir os principais países emergentes nas discussões internacionais. Além de 90% do PIB mundial o...
-
Brics - China
Fala rapaziada! Fechando os artigos sobre os Brics, falarei sobre o mais forte deles, a China. BRICS – A China A China é o país mais populoso do mundo e apesar de ser uma nação comunista, desde o fim da década de 1970 abriu zonas econômicas...
-
Brics - Índia
Fala rapaziada! Abaixo encontrasse a parte III dos artigos relacionados aos Brics. BRICS – A ÍndiaA Índia tem um vasto território (sétimo em extensão territorial), potência nuclear (sexta em arsenal atômico), tem uma cultura milenar, berço...
-
Brics - Brasil E África Do Sul
Fala rapaziada! Dando continuidade ao artigo sobre os Brics irei falar da característica do Brasil e a importância da entrada da África do Sul no grupo. BRICS – Brasil e a entrada da África do Sul BRASIL ...
História do Brasil e do Mundo