Bandeirismo paulista
História do Brasil e do Mundo

Bandeirismo paulista


ARTIGO

Fala pessoal!

A partir desta semana começaremos a disponibilizar, além das dicas convencionais, artigos de história para  embasar os estudos e as pesquisas escolares de vocês. Esperamos que os artigos os ajudem a compreender  melhor determinadas tramas históricas, para além das leituras tradicionais e difíceis de assimilar muitas vezes encontradas em apostilas e livros didáticos. 

O primeiro texto versa e contextualiza o movimento bandeirante no Brasil-Colônia. Boa leitura!

Partida da Monção. Almeida Júnior (1897)

O enriquecimento por meio da aquisição de metais preciosos fez parte do imaginário europeu desde os primórdios da colonização do Novo Mundo. A existência do Eldorado e outras “cidades de ouro” tanto referendadas por lendas indígenas seduziram os interesses de subalternos a abastados situados no continente americano.
No Brasil do século XVI, aquém das expectativas dos colonizadores, o ouro, a prata e o diamante custaram a ser encontrados em abundância. Foi somente no decorrer dos setecentos que uma exploração mais sistemática ocorrera, sobretudo, na região das Minas. Contudo, embora algumas vilas desfrutassem da opulência gerada pela atividade canavieira, o desejo e a busca por tesouros jamais cessou.
Com a fundação da Vila de São Paulo (1554) em pleno planalto Piratininga, a procura por metais ganhou novo vulto. Completamente isolada do centro de gravidade da colônia – o litoral – a vila sustentava-se através da produção de culturas de subsistência baseadas numa singela mão de obra escrava indígena. Custear africanos era impraticável para a maioria dos colonos dali, uma vez que os preços, já nesta época, eram exorbitantes. Era necessário capturar mais negros da terra (indígenas) e torná-los cativos, mesmo com a desaprovação dos jesuítas.
Assim, começaram a ser organizadas expedições que, partindo especialmente de São Paulo, se embrenharam nas matas rumo ao interior da colônia. Além dos indígenas para a lavoura, os expedicionários passaram a buscar riquezas minerais, aproveitando do conhecimento que os indígenas que os acompanhavam tinham das florestas.
            Nas andanças e incursões nos sertões e em meio à selva, o desconhecido tornara-se atemorizante. Tornou-se imprescindível criar certas artimanhas para firmar presença: o uso de tambores e bandeiras. Flamejantes, de notória percepção, as bandeiras foram descritas por quem as observava passar, como os já citados jesuítas, que não mediam esforços para notificar El-rei de Portugal. Tamanha foi a referência que passaram a ser taxadas de “bandeiras” tais expedições e de “bandeirantes” seus praticantes. Em certos locais do Brasil, os bandeirantes ficaram conhecidos como sertanistas ou vicentistas. 
Certas expedições comportaram cerca de 2 mil pessoas, muito embora empreendimento de tal envergadura tenha sido exceção, segundo os historiadores. A variabilidade étnica era grande: brancos livres, indígenas aliados, mestiços e escravos de origem africana. As alianças entre índios e não-índios eram costumeiras: as forças militares eram insuficientes e o “terreno” estranho era por eles clinicamente conhecido.
            A grande maioria das expedições foi feita a pé, inclusive com grandes deslocamentos, rumando ao norte ou ao sul dos limites coloniais. Não ocorriam por força d’El rei, mas da iniciativa particular. Em nome de si e de seu grupo e não de Sua Majestade, os bandeirantes pouco respeitaram as linhas imaginárias oficialmente acordadas – como o Tratado de Tordesilhas - sendo a passagem para o “lado” espanhol muito comum. Com o tempo, os pequenos aldeamentos fundados deram origem a vilas e contribuíram para a expansão dos domínios portugueses. Por vezes, os bandeirantes serviram-se das redes hidrográficas em seu empreendimento, naquilo que ficou caracterizado pelos historiadores como “monções”.
            Certos bandeirantes ficaram conhecidos por capitanear expedições, como Fernão Dias e Anhanguera, mas talvez os mais famosos tenham sido Raposo Tavares, destacado pela sua truculência e uso de práticas de extrema violência na captura de indígenas e destruição de Missões jesuíticas; e Domingos Jorge Velho, que ganhou renome depois de liderar a derrocada do Quilombo por Palmares em Alagoas e também por acabar com a revolta indígena dos cariris no Rio Grande do Norte.
            No Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga, no município de São Paulo, existe um dos mais importantes acervos históricos a respeito dos bandeirantes paulistas. Se você se interessa pela temática, vale a pena conferir.






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