História do Brasil e do Mundo
Segundo Reinado - Questões de Vestibulares
1. (Cesgranrio) A Proclamação da
República, em 1889, está ligada a um conjunto de transformações econômicas,
sociais e políticas ocorridas no Brasil, a partir de 1870, dentre as quais se
inclui:
a) a
universalização do voto com a reforma eleitoral de 1881, efetivada pelo Partido
Liberal.
b) o
desenvolvimento industrial do Rio de Janeiro e de São Paulo, criando uma classe
operária combativa.
c) a
progressiva substituição do trabalho escravo, culminando com a Abolição em
1888.
d) a
concessão de autonomia provincial, que enfraqueceu o governo imperial.
e) o enfraquecimento do
Exército, após as dificuldades e os insucessos durante a Guerra do Paraguai.
2. (Faap) A Lei Eusébio de Queirós
visava, a partir de 1850:
a)
extinguir o casamento religioso
b)
implantar o divórcio em substituição ao desquite
c)
regularizar a prática do aborto
d)
permitir legalmente a eutanásia
e) extinguir o tráfico
negreiro
3. (Fatec) "O negro não só é o
trabalhador dos campos, mas também o mecânico, não só racha a lenha e vai
buscar água, mas também, com a habilidade de suas mãos, contribui para fabricar
os luxos da vida civilizada. O brasileiro usa-o em todas as ocasiões e de todos
os modos possíveis..."
(Thomaz
Nelson - 1846)
Com relação à utilização do trabalho
escravo na economia brasileira do século XIX, é correto afirmar:
a)
com a independência de 1822, a sociedade escravista se modificou profundamente,
abrindo espaços para uma produção industrial voltada para o mercado interno.
b) a
utilização do negro africano na economia colonial brasileira gerou um grande
conflito entre os vários proprietários de terras que mantinham o monopólio de
utilização do braço indígena.
c)
devido a sua indolência e incapacidade física, o índio brasileiro não se
adaptou ao trabalho escravo.
d) a
utilização de ferramentas e máquinas foi muito restrita na sociedade
escravista; com isso, o escravo negro foi o elemento principal de toda a
atividade produtiva colonial.
e) a abolição da escravidão,
em 1888, deve-se principalmente à resistência dos escravos nos quilombos e às
idéias abolicionistas dos setores mercantis.
4. (Fatec) Em 4 de setembro de 1850, foi
sancionada no Brasil a Lei Eusébio de Queirós (ministro da Justiça), que abolia
o tráfico negreiro em nosso país. Em decorrência dessa lei, o governo imperial
brasileiro aprovou outra, "a Lei de Terras".
Dentre as alternativas a seguir,
assinale a correta.
a) A
Lei de Terras facilitava a ocupação de propriedades pelos imigrantes que
passaram a chegar ao Brasil.
b) A
Lei de Terras dificultou a posse das terras pelos imigrantes, mas facilitou aos
negros libertos o acesso a elas.
c) O
governo imperial, temendo o controle das terras pelo coronéis, inspirou-se no
"Act Homesteade" americano, para realizar uma distribuição de terras
aos camponeses mais pobres.
d) A
Lei de Terras visava a aumentar o valor das terras e obrigar os imigrantes a
vender sua força de trabalho para os cafeicultores.
e) O objetivo do governo
imperial, com esta lei, era proteger e regularizar a situação das dezenas de
quilombos que existiam no Brasil.
5. (Fuvest) Durante o Império, a
economia brasileira foi marcada por sensível dependência em relação à
Inglaterra e a outros países europeus. Essa situação foi alterada em 1844 com:
a) a
substituição do livre-cambismo por medidas protecionistas, através da Tarifa
Alves Branco.
b) a
criação da Presidência do Conselho de Ministros, que fortaleceu a aristocracia
rural.
c) a
aprovação da Maioridade, que intensificou as relações econômicas com os Estados
Unidos.
d) a
eliminação do tráfico de escravos e a conseqüente liberação de capitais para
novos investimentos.
e) o estabelecimento do
Convênio de Taubaté com a intervenção do Estado na economia.
6. (Fuvest) O Bill Aberdeem, aprovado
pelo Parlamento inglês em 1845, foi:
a)
uma lei que abolia a escravidão nas colônias inglesas do Caribe e da África.
b)
uma lei que autorizava a marinha inglesa a apresar navios negreiros em qualquer
parte do oceano.
c)
um tratado pelo qual o governo brasileiro privilegiava a importação de
mercadorias britânicas.
d)
uma imposição legal de libertação dos rescém-nascidos, filhos de mãe escrava.
e) uma proibição de
importação de produtos brasileiros para que não concorressem com os das
colônias antilhanas.
7. (Fuvest) O descontentamento do
Exército, que culminou na Questão Militar no final do Império, pode ser
atribuído:
a)
às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares para abolir a monarquia.
b) à
propaganda do militarismo sul-americano na imprensa brasileira.
c)
às tendências ultrademocráticas das forças armadas, que desejavam conceder
maior participação política aos analfabetos.
d) à
ambição de iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder
civil que não prestigiava os militares e lhes proibia o debate político pela
imprensa.
8. (Fuvest) "Naquela época não
tinha maquinaria, meu pai trabalhava na enxada. Meu pai era de Módena, minha
mãe era de Capri e ficaram muito tempo na roça. Depois a família veio morar
nessa travessa da avenida Paulista; agora está tudo mudado, já não entendo nada
dessas ruas".
Esse trecho de um depoimento de um
descendente de imigrante, transcrito na obra MEMÓRIA E SOCIEDADE, de Ecléa
Bosi, constitui um documento importante para a análise
a)
do processo de crescimento urbano paulista no início do século atual, que
desencadeou crises constantes entre fazendeiros de café e industriais.
b)
da imigração européia para o Brasil, organizada pelos fazendeiros de café nas
primeiras décadas do século XX, baseada em contratos de trabalho conhecidos
como "sistema de parceria".
c)
da imigração italiana, caracterizada pela contratação de mão-de-obra
estrangeira para a lavoura cafeeira, e do posterior processo de migração e de
crescimento urbano de São Paulo.
d)
do percurso migratório italiano promovido pelos governos italiano e paulista,
que organizavam a transferência de trabalhadores rurais para o setor
manufatureiro.
e) da crise na produção
cafeeira da primeira década do século XX, que forçou os fazendeiros paulistas a
desempregar milhares de imigrantes italianos, acelerando o processo de
industrialização.
9. (Fuvest) No século XIX, a imigração
européia para o Brasil foi um processo ligado:
a) a
uma política oficial e deliberada de povoamento, desejosa de fixar contingentes
brancos em áreas estratégicas e atender grupos de proprietários na obtenção de
mão-de-obra.
b) a
uma política organizada pelos abolicionistas para substituir paulatinamente a
mão-de-obra escrava das regiões cafeeiras e evitar a escravização em novas
áreas de povoamento no sul do país.
c)
às políticas militares, estabelecidas desde D. João VI, para a ocupação das
fronteiras do sul e para a constituição de propriedades de criação de gado
destinadas à exportação de charque.
d) à
política do partido liberal para atrair novos grupos europeus para as áreas
agrícolas e implantar um meio alternativo de produção, baseado em minifúndios.
e) à política oficial de
povoamento baseada nos contratos de parceria como forma de estabelecer mão-de-obra
assalariada nas áreas de agricultura de subsistência e de exportação.
10. (Fuvest) Há mais de um século, teve
início no Brasil um processo de industrialização e crescimento urbano
acelerado. Podemos identificar, como condições que favoreceram essas
transformações:
a) a
crise provocada pelo fim do tráfico de escravos que deu início à política de
imigração e liberou capitais internacionais para a instalação de indústrias.
b)
os lucros auferidos com a produção e a comercialização do café, que deram
origem ao capital para a instalação de indústrias e importação de mão-de-obra
estrangeira.
c) a
crise da economia açucareira do nordeste que propiciou um intenso êxodo rural e
a conseqüente aplicação de capitais no setor fabril em outras regiões brasileiras.
d)
os capitais oriundos da exportação da borracha amazônica e da introdução de
mão-de-obra assalariada nas áreas agrícolas cafeeiras.
e) a crise da economia
agrícola cafeeira, com a abolição da escravatura, ocasionando a aplicação de
capitais estrangeiros na produção fabril.
11. (Fuvest) Nas atas dos debates
parlamentares e nos jornais brasileiros da década de 1850, encontram-se muitas
referências, positivas ou negativas, à Inglaterra. Estas últimas, em geral, devem-se à
irritação provocada em setores da sociedade brasileira por pressões exercidas
pelo governo inglês para:
a)
diminuir gradativamente a utilização de escravos na agricultura de exportação.
b)
dar ao protestantismo o mesmo status de religião oficial que tinha o
catolicismo.
c)
impedir o julgamento por tribunais brasileiros de um oficial inglês que
assassinou um cidadão brasileiro.
d) a
extinção do tráfico de escravos, tendo seus objetivos sido alcançados em 1850.
e) subordinar a política
externa brasileira a interesses Ingleses na África a na Ásia.
12. (Fuvest) Durante o período em que o
Brasil foi Império houve, entre outros fenômenos, a
a)
consolidação da unidade territorial e a organização da diplomacia.
b)
predominância da cultura inglesa nos campos literário e das artes plásticas.
c)
constituição de um mercado interno nacional, integrando todas as regiões do
país.
d)
incidência de guerras externas e a ausência de rebeliões internas nas
províncias.
e) inclusão social dos
índios e a abolição da escravidão negra.
13. (Mackenzie) Sobre o parlamentarismo
praticado durante quase todo o Segundo Reinado e a atuação dos partidos Liberal
e Conservador, podemos afirmar que:
a) ambos colaboraram para suprimir
qualquer fraude nas eleições e faziam forte oposição ao centralismo imperial.
b)
as divergências entre ambos impediram períodos de conciliação, gerando
acentuada instabilidade no sistema parlamentar.
c)
organizado de baixo para cima, o parlamentarismo brasileiro chocou-se com os
partidos Liberal e Conservador de composição elitista.
d)
Liberal e Conservador, sem diferenças ideológicas significativas, alternavam-se
no poder, sustentando o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
e) os partidos tinham
sólidas bases populares e o parlamentarismo seguia e praticava rigidamente o
modelo inglês.
14. (Mackenzie) Segundo o historiador
Bóris Fausto, o fim do regime monárquico resultou de uma série de fatores de
diferentes relevâncias, destacando-se:
a)
unicamente o xenofobismo despertado pelo Conde d'Eu, nos meios nacionalistas.
b) a
disputa entre a Igreja e o Estado, sem dúvida, o fator prioritário na queda do
regime.
c) a
maior força política da época: os barões fluminenses, defensores da Abolição.
d) a
aliança entre exército e burguesia cafeeira que, além da derrubada da monarquia,
constituíram uma base social estável para o novo regime.
e) a doutrina positivista,
defendida pelas elites e que se opunha a um executivo forte e reformista.
15. (Puccamp) Considere as seguintes
afirmações:
I. O sistema de parceria foi a forma de
contratação de mão-de-obra que conseguiu solucionar definitivamente o problema
da cafeicultura.
II. Nos centros cafeicultores havia
enormes dificuldades para a implantação de núcleos de colonização.
III. As principais regiões receptoras da
imigração foram o Nordeste e o Vale do Paraíba.
IV. O progresso do trabalho livre foi em
grande parte condicionado pela decadência do regime servil.
V. A eliminação do trabalho escravo
tornava-se um imperativo da modernização e consolidação capitalista do país.
Em relação ao processo de imigração
ocorrido no Brasil em fins do século XIX é correto somente:
a)
I, III e V
b)
II, III e IV
c)
II, IV e V
d)
I, II, III, IV
e) I, II, IV e V
16. (Puccamp) No dia seguinte Fabiano
voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha
Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a
explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano.
Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher
tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o
erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco,
entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como
negro e nunca arranjar carta de alforria!
(Graciliano
Ramos, "Vidas secas")
O texto menciona a "carta de
alforria", que podia ser conquistada pelos próprios escravos no Brasil,
quando estes
a)
abdicavam de suas práticas culturais e juravam fidelidade à Coroa e à Igreja.
b)
provavam ascendência nobre ou status político em suas sociedades de origem.
c)
rebelavam-se e eram classificados como insubordinados ou "forros".
d)
tornavam-se escravos "de ganho", obtendo do Estado uma liberdade
condicional.
e) pagavam um determinado
valor equivalente a sua liberdade ou "manumissão".
17. (Pucpr) Em alguns livros, o período
da história do Império Brasileiro entre 1850 a 1870 tem o seu nome elogiado
como "empresário moderno, empreendedor, a presença de escravos em seus
negócios, após a decretação do fim do tráfico em 1850, no entanto, compromete
sua fama de abolicionista".
O texto se refere à chamada Era:
a)
Ubá.
b)
Itajubá.
c)
Penedo.
d)
Cotegipe.
e) Mauá.
18. (Uece) O epíteto "Terra da
Luz" foi atribuído ao Ceará por ter sido a primeira província brasileira a
abolir oficialmente a escravidão. Sobre este episódio tão marcante para a
História do Ceará, assinale a alternativa correta:
a) a
campanha abolicionista foi muito intensa, contando inclusive com a participação
dos jangadeiros, já que os escravos constituíam quase a metade da população da
província
b) a
escravidão representava a principal fonte de mão-de-obra para a província,
principalmente na pecuária e na cultura do algodão
c) o
movimento abolicionista foi liderado pelos proprietários de terras
insatisfeitos com a escravidão e interessados na imigração de europeus
d)
na década de 1880, o número de escravos já era muito reduzido, fato agravado
pela seca de 1877, quando as fugas e as alforrias foram intensificadas
19. (Uel) "A autonomia das
províncias é para nós mais que um interesse imposto pela solidariedade dos
direitos e das relações provinciais, é um princípio cardeal e solene que
inscrevemos na nossa bandeira."
O texto identifica um dos princípios que
norteou, no Brasil,
a) a
política desenvolvimentista.
b) o
movimento republicano.
c) a
semana de 22.
d) a
campanha tenentista.
e) o regime absolutista.
20. (Uel) "Os estrangeiros que
chegavam ao Rio de Janeiro ou outras cidades costeiras ficavam espantados com
os milhares de negros que viam carregando água, mercadorias e produtos,
transportando seus senhores e senhoras em liteiras ou redes pelas ruas da
cidade, ou vendendo uma grande variedade de produtos. Os proprietários de
escravos exigiam seu trabalho, serviço e obediência totalmente amparados por
uma complexa estrutura legal, pelo costume oficializado e pela doutrina da
Igreja católica".
(CONRAD,
Robert Edgar. "Os Tumbeiros". São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 7- 8.)
Com base no texto e nos conhecimentos
sobre a escravidão no Brasil, considere as afirmativas a seguir.
I. O fluxo crescente do tráfico de
escravos da África para o Brasil, até a primeira metade do século XIX, indica
que a elite fundiária se negava a optar pelo sistema de trabalho livre.
II. As mortes freqüentes de escravos,
por fugas, doenças, maus-tratos, entre outros, reduziram a mão-de-obra
disponível e inviabilizaram o lucro proveniente do tráfico.
III. O discurso liberal de franceses e
anglo-americanos demonstrava forte oposição à idéia de posse de seres humanos
por outros da mesma espécie.
IV. Os proprietários de escravos
brasileiros, durante a primeira metade do século XIX, concebiam a escravidão
como um direito concedido pelo imperador e por Deus, defendendo-o como um
privilégio natural.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I
e II.
b) I
e IIII.
c)
II e IV.
d)
I, III e IV.
e) II, III e IV.
Confira o Gabarito aqui!
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