(~135 - 193)
Imperador romano (193) provavelmente nascido na Ligúria, região do Noroeste da Itália que compreendia as províncias de Gênova, Imperia, La Spezia e Savona, e que foi professor antes de entrar por uma carreira nos serviços imperiais. Depois de ocupar vários postos militares e administrativos (160-170), foi promovido ao Senado. Foi comandante de uma legião, e depois governador da Mésia Superior. Eleito cônsul (175), esteve com Marco Aurélio no Oriente, depois da revolta de Avídio Cássio, e foi nomeado governador da Mésia Inferior, da Dácia, região situada às margens do rio Danúbio, atual Romênia, e da Síria (176-179). Suspeito (182) de ligações com conspiradores contra o imperador Cômodo, suspendeu sua atividade pública, voltando como governador nomeado da Bretanha (185-187), nome que ficou conhecida a Inglaterra, sob o domínio dos celtas bretões e dos romanos, até a invasão anglo-saxônica, no século V da era cristã. Tornou-se governador da África (188) e voltou para Roma (189) para ocupar o cargo de prefeito urbano, oficial civil da classe senatorial, que atuava como delegado do imperador desde os tempos de Augustus, que se preocupava principalmente com a manutenção da ordem pública e tinha funções judiciais importantes. Após o assassinato de Cômodo (192), foi proclamado imperador pela guarda pretoriana e aprovado pelo Senado. No poder promoveu uma série de medidas populares, especialmente contra os excessos de antecessor. Porém logo caiu em desgraça até que um destacamento da guarda pretoriana iniciou uma nova conspiração, assassinou-o e fincou sua cabeça em um poste. OBS: A guarda pretoriana era um corpo de tropas estacionadas em Roma, criado por Augusto (27 a. C.) para que integrasse a escolta imperial e as tropas palacianas com nove falanges de quinhentos soldados, portando armas semelhantes às dos legionários. O poder de seu oficial comandante (prefeito pretoriano), bem como seu papel na escolha dos imperadores, foram consideráveis.
Fonte: UFCG