História do Brasil e do Mundo
Projeto Carajás
O Projeto Carajás, oficialmente conhecido como Programa Grande
Carajás (PGC), foi um projeto de exploração mineral, implantado entre 1979 e
1986, na mais rica área mineral do planeta. Estendendo-se por 900 mil km², numa
área que correspondente a um décimo do território brasileiro, cortada pelos rios
Xingu, Tocantins e Araguaia, englobando terras do sudoeste do Pará, norte de
Tocantins e oeste do Maranhão. Foi criado pela então empresa estatal brasileira
Companhia Vale do Rio Doce, durante o governo Figueiredo.
Foi um geólogo a serviço da empresa norte-americana United
States Steel, empresa que vinha pesquisando o subsolo amazônico desde o início
dos anos 1960 à procura de minério de manganês, quem descobriu em 1967 a
reserva de minério de ferro de Carajás. A U.S. Steel, passou a deter 49,1% da
mina, o restante ficando com a Vale. Surgiram sérias divergências entre as duas
companhias, que se tornaram insuperáveis até que os americanos desistiram do
projeto.
Em 1970, quando muitos minérios já tinham sido
localizados, constituiu-se Amazônia Mineração S.A., que associava empresas
estrangeiras, inclusive a United States Steel, com a Vale. No final dos anos 70
a Vale pagou uma vultosa indenização à sua parceira, para poder assumir sozinha
o controle do empreendimento. Então foi lançado o Programa Grande Carajás
(PGC).
O Programa Grande Carajás (PGC), oficialmente
lançado em 1979, tinha como objetivo realizar a exploração integrada dos
recursos dessa província mineralógica, considerada a mais rica do mundo,
contendo minério de ferro de alto teor, ouro, estanho, bauxita (alumínio),
manganês, níquel e cobre e minérios raros. A vida útil das reservas de ferro,
estimada na década de 1980, era de cerca de 500 anos.
Carajás não se limitou apenas a explorar a
mineração; existiam outros projetos agropecuários de extração florestal, que
tinham por objetivo o desenvolvimento da região.
O Programa Grande Carajás (PGC) foi regulamentado pelos
Decretos-lei nº 1.813, de 24 de novembro de 1980 [1] e Decreto do Poder
Executivo n° 85.387 de 24 de novembro de 1980 [4], que criou o conselho
interministerial do PGC para supervisionar o programa.
Para a consolidação desse ambicioso projeto, foi
implantada uma importante infraestrutura, que incluiu a Usina hidrelétrica de
Tucuruí, a Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Ponta da Madeira, localizado
no Porto do Itaqui, em São Luís(MA).
De Carajás até o porto de Itaqui, em São Luís foi
construída uma ferrovia para facilitar o escoamento dessas riquezas minerais,
que são em sua grande maioria exportadas. O projeto Grande Carajás engloba uma
das maiores áreas de exploração de minérios do mundo e está ligado às
atividades da Vale, privatizada em 1998, e que se tornou maior mineradora de
ferro do mundo, tendo melhorado em muito sua performance logística desde então
e atualmente declara-se capaz de embarcar 350 milhões de toneladas de minério
de ferro.
Junto com as ferrovias, as condições hídricas dos
rios amazônicos (com grande volume de águas) são fundamentais para o escoamento
dos minerais extraídos, e também para assegurar a operação da usina de Tucuruí,
necessária para o funcionamento das indústrias de transformação de minerais.
Além da maior reserva de minério de alto teor de
ferro do mundo, são explorados manganês, cobre, níquel, ouro, bauxita e cassiterita.
Os preços do minério de ferro, principal riqueza
de Carajás no mercado internacional, se elevaram a partir de 2004, a partir da
demanda de países emergentes, como a China, o que levou o preço das ações da
Companhia Vale do Rio Doce a dispararem na Bovespa.
O minério de ferro também é largamente utilizado
no setor metalúrgico, considerados um dos mais importantes do mundo. O Japão,
por exemplo, é grande parceiro do Brasil, garantindo em Carajás o suprimento de
matéria-prima ao parque industrial japonês.
Em se falando de Carajás não se pode também omitir
a criminosa destruição de leitos e poluição das águas de muitos rios
localizados dentro do perímetro de sua área de atuação por atividades de
garimpo ilegal que utiliza mercúrio para separar o ouro das impurezas.
-
Região Norte
Maior complexo regional do Brasil, a Região Norte é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Sua grande extensão territorial, além da localização, proporciona fronteiras com seis países sul-americanos...
-
Produção E Consumo Mundial De Ferro.
O ferro é um metal muito utilizado no mundo inteiro, a liga mais importante que contém ferro é o aço. Com grande utilidade na construção civil está presente em praticamente toda construção em todo mundo.O minério de ferro é o principal...
-
Localização De Recursos Minerais No Brasil.
Vista da Serra do Navio-AP.Publicado originalmente no site/blog Geografia Física Online. Com o título: Ocorrência de recursos minerais no Brasil.Os recursos minerais são muito importantes para as atividades industriais, eles são matéria-prima de...
-
Minerais E Minérios.
Não dá para imaginar o mundo sem os recursos minerais, eles estão presentes em todas as partes e são indissociáveis com o nosso cotidiano. Mas, alguns termos e conceitos precisam ser esclarecidos.O termo minério está associado a uma possibilidade...
-
Fordlândia Não Está Só
Conheça outras empreitadas que deram errado na Floresta Amazônica Fordlândia não foi a única empreitada de grande porte malsucedida na Amazônia. Pelo contrário: a região é um palco de fracassos industriais. Antes e depois de Fordlândia, diversas...
História do Brasil e do Mundo