Primavera Árabe. Parte I.
História do Brasil e do Mundo

Primavera Árabe. Parte I.


Fala rapaziada da UERJ e ENEM!

Atualidades são cobradas por essas bancas, então fiquem ligados!

Começarei esse primeiro Artigo sobre Primavera Árabe apresentando a vocês os motivos e as consequências dessa “onda” revolucionária.
Nos próximos artigos esmiuçarei os conflitos, as rivalidades e suas repercussões.

A PRIMAVERA ÁRABE.
É o nome dado à onda de revoltas populares que explodiu nas nações árabes a partir de janeiro de 2011. As raízes dos protestos são o agravamento da situação de seus países provocada pela atual crise econômica que começou em 2008 nos Estados Unidos que chegou a União Europeia em 2011 e pela falta de democracia.
 Qualquer lugar do mundo onde a população sofre com elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos ocasionará em protestos. Iniciado em 4 de janeiro de 2011 quando o jovem tunisiano Mohamed Bouazizi ateou fogo no próprio corpo protestando contra a apreensão de suas mercadorias. Entretanto, o seu protesto foi muito mais além do que a apreensão de suas mercadorias foi o da falta de perspectivas de vida que atinge a maioria dos jovens do mundo árabe, mas essa atitude extrema era também um grito de desespero a frente a uma realidade muito mais ampla, porque a imolação foi à única forma de se fazer ouvir. E como uma “tsnumani” essa atitude individual fez despertar pessoas em toda a região que se identificaram com o protesto de Mohamed Bouazizi. Isso se deu porque muitos perceberem que seus problemas tinham as mesmas raízes.
Apesar dos noticiários recentes, as raízes são antigas, as imposições de potências econômicas e militares determinaram a configuração geopolítica dos países árabes sem levar em consideração as tradições milenares dos povos que nela habitam.
 Não foram os árabes que construíram as fronteiras atuais de sua terra, nem foram os tunisianos que criaram a Tunísia, e muito menos os egípcios que criaram o Egito e assim poderíamos ir citando outros países, tais como: Iraque, Síria, Jordânia, Arábia Saudita.
As fronteiras nacionais dessa região foram traçadas pelos imperialistas ocidentais, levando apenas em consideração os seus interesses econômicos e geopolíticos de seus países e não dos povos então dominados.
Ampliando o cenário imperialista que abriria espaço para diversos conflitos na região, os ingleses comprometeram-se a criar um “lar nacional judeu na palestina,” promessa que tornou realidade em 1948.
Ao longo do século XX, essencialmente no auge do processo de descolonização que tinha como pano de fundo a Guerra Fria, a maioria dos protetorados e regiões dominadas conquistaram suas independências, porém isso não significou o fim da submissão aos interesses econômicos das potências ocidentais. Pelo contrário, estabeleceram-se fronteiras artificiais e governos ligados mais aos interesses estrangeiros e pouca relação com os anseios de suas populações.
Por sorte dos árabes e azar dos imperialistas, o sentido de homogeneidade dessas regiões do mundo árabe são muito atrelado à religião, o Islã. A prova disso está na vitória da Irmandade Mulçumana que ganhou as eleições no Egito e do Partido Mulçumano na Tunísia.
Essa “primavera” está longe de terminar. Em menos de um ano quatro ditadores foram depostos – Tunísia de Zine al-Abidine, o Egito de Hosni Mubarak, a Líbia de Muammar Kadafi (assassinado pelos rebeldes) e o Iêmem de Ali Abdullah Saleh.
 Além disso, têm a guerra civil na Síria, que aparece longe de acabar. Vale ressaltar também o clima tenso entre Israel e Irã, e a velha rival Palestina. Tem também o Iraque que os americanos deixaram instável a situação política atual, que pode estourar a qualquer momento.
            Entretanto, a derrubada da velha ordem dos países da Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen são mais complicados do que se imagina, isso porque o processo de construção de um sistema democrático (a principal reivindicação popular) numa sociedade que não conhece outra forma de governo, a não ser o autoritarismo, vai ser delicado. (mas não impossível).
            Alguns países,segundo os analistas, têm perfis para uma transição tranquila, mas outros não. Mesmo assim, o fim da opressão promovida por governos atrelados que estiveram muito mais a interesses de pequenas elites a serviço do capital estrangeiro do que às necessidades e anseios de suas populações - que hoje sofre por falta de emprego, principalmente a juventude escolarizada e de mão de obra especializada - é uma grande conquista que faz surgir uma esperança para uma vida melhor e democrática no “mundo” árabe.

No artigo II detalharei as revoltas que ocorreram na Tunísia, Egito, Líbia e Iêmen.
No artigo III falarei sobre o conflito na Síria, a revolta no Barein, a importância do Catar e a saída dos Estados Unidos do Iraque.
No artigo IV será sobre a tensão entre Israel e Irã, e suas possíveis consequências.

Não se esqueça de que nesta “vida” e muito menos na História, “Nada é por Acaso”.
O medo, a tensão e a guerra são interesses políticos e econômicos, por isso que Israel teme o islamismo político do Egito como uma ameaça aos Acordos Camp David.
A Síria serve de “corredor” aos investimentos realizados pelo Irã para os Hezbollah do Líbano e o Hamas da Palestina (inimigos declarado de Israel), assim a queda do ditador Bashar al-Assad cairia como uma “luva” para Israel, mas não para o Irã.

Veremos isso mais tarde.

Por hoje é só pessoal! 

Obrigado e até próxima.

Professor João Pestana.
[email protected]
www.facebook.com.br/joao.pestana.1671




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