No século XIX, as nações mais ricas entraram numa disputa pela conquista da Ásia, África e Oceania.
Foram vários os motivos dessa corrida colonialista. Com as inovações tecnológicas, as nações industrializadas passaram a produzir muitas mercadorias num tempo cada vez menor, mas não tinham a quem vender toda essa produção.
Inicialmente cada país buscou se proteger, dificultando a entrada de produtos estrangeiros e reservando o mercado interno para seus próprios produtos (medidas protecionistas). Mas, ainda assim, a quantidade de mercadorias era muito maior que o número de consumidores. Então as nações ricas partiram para a conquista de regiões onde pudessem vender seu excedente e fazer investimentos mais lucrativos.
Essas nações precisavam também de matérias-primas para suas industrias. Um exemplo: com o advento da energia elétrica, tornou-se cada vez mais necessário o uso de fios de cobre. Onde buscar o cobre? Uma das respostas possíveis era: na África central, antigo Congo, onde havia minas de cobre.
Esses fatores explicam a enorme atração que a África e a Ásia exerciam sobre os países capitalistas.
Essa corrida por colônias iniciada no século XIX é chamada de imperialismo ou neocolonialismo (para diferenciar do antigo sistema colonial do século XVI ao XVIII). Segundo uma historiadora.
O imperialismo caracteriza-se pela dominação política e econômica, direta ou indireta, de uma nação mais rica e poderosa sobre outra mais pobre e fraca.
(MESGRAVIS, Laima. A colonização da África e da Ásia, p.4.)
Os europeus do século XIX desenvolveram também um conjunto de ideias racistas que os ajudaram a justificar essas conquistas. Uma delas era de que existiam raças; outra era a de que a "raça branca" era superior à "raça negra". ´"à raça amarela" e aos mestiços. Defendiam também que somente a "raça branca" tinha capacidade para criar uma civilização! Os europeus conseguiram fazer com que essas ideias fossem consideradas científicas, alegando que era possível comprová-las.
Alguns europeus acreditavam também que deviam levar a civilização (o progresso e os "bons costumes") aos povos da África e da Ásia considerados como povos "bárbaros" e primitivos". Eles diziam ter uma missão civilizadora para com os povos "atrasados". Essas ideias serviram para justificar a violência dos europeus e norte-americanos contra os africanos e asiáticos.
O ministro francês Jules Ferry (1832-1893) falou ao parlamento francês sobre esse assunto.
As raças superiores têm um direito perante as raças inferiores. Há para elas um direito porque há um dever para elas. As raças superiores têm o dever de civilizar as inferiores.
(MESGRAVIS, Laima. A colonização da África e da Ásia, p. 14.)
BOULOS JUNIOR, Alfredo. coleção: História Sociedade & Cidadania. ensino fundamental.
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