O Congresso de Viena (1814)
História do Brasil e do Mundo

O Congresso de Viena (1814)


Para restaurar a antiga ordem nos países da Europa, representantes das grandes potências se reuniram em Viena, Áustria, no ano de 1814. A França, derrotada, teve de aceitar uma série de imposições: seus limites retornaram a suas antigas fronteiras; pagou uma indenização de 700 milhões de francos aos vencedores; várias fortalezas do país ficaram nas mãos dos austríacos e prussianos: teve de restaurar a monarquia, cujo trono foi ocupado por Luís XVIII.

Talleyrand, diplomata francês, exerceu importante papel durante as negociações. Sem sua participação, a França teria sido ainda mais prejudicada.

A Europa foi novamente dividida, e os grandes favorecidos foram a Rússia, a Prússia, a Inglaterra e a Áustria. O Congresso de Viena encerrou seus trabalhos em 1815. Essa época da história européia ficou conhecida como Período de Restauração, pois o objetivo do Congresso era restaurar as antigas famílias nobres que reinavam no continente antes da Revolução Francesa.

 

Reunião do Congresso de Viena 

Para impedir qualquer movimento revolucionário que pretendesse questionar a ordem conservadora que se estabelecia na Europa, o imperador da Rússia propôs que se formasse um exército com forças de todas as potências vitoriosas. A Prússia e a Áustria aceitaram imediatamente, seguidas pela Espanha, que tentava, dessa forma, deter o processo de independência de suas colônias. Esse exército recebeu o nome de Santa Aliança, pois, para as forças conservadores e a Igreja, a luta contra a revolução social chegava a ter um caráter sagrado.

Apenas a Inglaterra não fez parte dessa aliança, pois estava interessada em incentivar os movimentos de independência da América Latina.

Apesar de toda a repressão montada pela Santa Aliança, os movimentos revolucionários renasceram. Depois de 1820, ocorreram em vários pontos da Europa movimentos de características liberais ligados à burguesia e muitas vezes populares. No entanto, quase todos os movimentos foram, mais cedo ou mais tarde, sufocados. Em dois ponto do mundo, porém, a revolução estava dando certo: na Grécia, que se tornou independente da Turquia, e na América Latina, que estava em plena luta pela independência.

A breve volta de Napoleão

Depois da derrota, Napoleão foi banido para a ilha de Elba, no Mar Mediterrâneo. Entretanto, os reveses do novo governo de Luís XVIII animaram-no a tentar uma volta ao poder. Assim em março de 1815, desembarcou em Canes e conseguiu montar um exército a caminho de Paris. Ao saber de sua volta, Luís XVIII fugiu, deixando o poder nas mãos do general Bonaparte.

Entretanto, os aliados se reorganizaram e, em julho de 1815, Napoleão foi derrotado pelos exércitos ingleses e prussiano, na famosa batalha de Waterloo. O governo de Napoleão durou apenas 100 dias. Luís XVIII voltou ao trono francês e Napoleão retornou a seu exílio, desta vez na ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde permaneceu até sua morte em 1821.

PEDRO, Antonio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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