História do Brasil e do Mundo
O carnaval dos encamisados
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Olha o carnaval aí, gente! Está chegando a hora da folia, da animação, e da loucura. Dentro de poucos dias, o Rio de Janeiro estará vivendo mais um de seus famosos carnavais. E é chegada a hora também, de divulgar aqui mais uma história original de nossos antigos carnavais.
A história do Carnaval no Rio de Janeiro é bem mais antiga do que podemos supor. Data do século XVII. Mês de março, do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1641, como era de praxe falar naquela época. Naquele ano de 1641 comemorava-se a subida de Dom João IV ao trono como 21º. Rei, 8º. Duque de Bragança, restaurador da monarquia portuguesa, já que no período de 1580 a 1640 o poder esteve em mãos dos espanhóis devido a união das coroas peninsulares.
Naquela época o Rio de Janeiro era governado por Salvador Correia de Sá e Benevides, que embora sendo ele próprio espanhol, promoveu o primeiro carnaval carioca, liderando uma "encamisada" reunindo 166 cavaleiros, quase todos cavalheiros, entre os quais o próprio governador, como descreve Luiz Lobo in "Evohé Momo: 336 anos de um reinado glorioso", inserido na edição histórica dos 150 anos do Jornal do Comércio, de 01/10/1977, pág. 4.
A encamisada era uma diversão popular em que os homens saiam com uma espécie de albornoz, grande manto de lã com capuz, bastante usado pelos árabes. Esse grupo de mascarados, a cavalo, percorreu as principais ruas do Rio de Janeiro dando vivas ao rei, puxando um préstito formado por dois carros alegóricos ornados de seda, ramos e flores. Houve alarde geral e muitos combates simulados, com as pessoas vestidas ao gracioso burlesco. Choveu muito, iniciando uma tradição. E a festa repetiu-se nos anos seguintes, incorporando elementos do folclore português, ritmos e instrumentos do índio e do negro africano.
Outros carnavais famosos do Rio de Janeiro no século XVIII são mencionados por Luiz Lobo, no artigo anteriormente citado, alguns dos quais marcados pela violência, como os de 1711 e de 1720. No primeiro registra-se o assassinato do francês Jean-François Du Clerc por um bloco de mascarados que entrou em certa casa da Rua da Quitanda, por motivos ainda não esclarecidos convenientemente.
Nove anos depois, em 1729, outro grupo carnavalesco desceu do Morro Velho e matou o Ouvidor Martinho Vieira, razão que teria levado muita gente a pretender acabar definitivamente com o carnaval no Rio de Janeiro.
Apesar desses registros isolados de violência, o carnaval continuou, e cada vez mais animado. O de 1763 foi especialmente festivo para comemorar o nascimento de Dom José, primogênito de Dona Maria I. O jornalista Luiz Lobo refere-se especialmente ao carnaval de 1786, que serviu para comemorar o casamento do Príncipe Dom João, mais tarde Dom João VI com a Princesa Carlota Joaquina.
Vários carros alegóricos foram idealizados especialmente para comemorar o espetáculo jamais presenciado no Brasil, durante toda a fase colonial, valendo destacar o carro de Baco, que ao chegar ao Passeio Público, ponto final do desfile, começou a jorrar vinho por três repuxos. "Vinho para o povo!". Conclui Luiz Lobo.
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