Acredita-se que o mosaico tenha 10 metros de largura
A descoberta foi apresentada nesta sexta-feira à imprensa pela Superintendência de Bens Culturais da Prefeitura de Roma, que a considera de "um extraordinário valor", já que desvela novas pistas sobre a Roma antiga.
O mosaico foi descoberto graças a trabalhos iniciados em 1995 em uma das sete colinas de Roma com o objetivo de descobrir restos sepultados pela erosão.
Os primeiros resultados desse trabalho apareceram em 1998, com a aparição de um afresco que representava um mapa da Roma antiga.
O mosaico apresentado nesta sexta-feira se estende ao longo de 16 metros de comprimento e se suspeita que possa ter dez metros de largura.
Nele aparecem representados o Deus Apolo e as musas protetoras das artes, o que leva a crer que o edifício possa ter sido um local dedicado a atividades artísticas e culturais.
Umberto Broccoli, superintendente de Bens Culturais de Roma, e o assessor de política cultural da capital italiana, Dino Gasperini, estiveram presentes na cerimônia de apresentação do mosaico.
Broccoli destacou à Agência Efe que a descoberta é muito importante porque nela aparecem "representadas figuras humanas perfeitamente identificáveis que pertencem a um conceito arquitetônico urbano esplêndido".
Por sua vez, Gasperini ressaltou que a antecipação dos fundos para os trabalhos dos arqueólogos é uma prioridade de seu departamento.
"São necessários 200 mil euros para continuarmos avançando", disse.
O edifício é anterior à época do imperador Trajano (98 d.C.-117 d.C.) e os especialistas acreditam que ele tenha sido construído entre 60 d.C. e 109 d.C.
Na data de construção das termas, todos os edifícios nos arredores do complexo urbanístico construídos antes da era do imperador Trajano ficaram sepultados e esquecidos.
Por essa razão, o arquiteto do imperador utilizou estas construções como galerias para suportar os alicerces das termas.