Após 467 anos de sua morte, o cientista polonês Nicolau Copérnico foi enterrado novamente neste sábado na catedral de Frombork (Polônia), onde estava sepultado até que, há quatro anos, seus restos foram exumados para serem submetidos a uma análise de DNA.
Copérnico (1473-1543) descansará sob o maior altar do templo, em um sepulcro de rocha preta de mais de duas toneladas, com uma lápide de três metros de altura que lembrará uma das figuras fundamentais da astronomia moderna.
O enterro foi oficiado pelo núncio do papa na Polônia, Jozef Kowalczyk, e o arcebispo de Província de Lublin, Jozef Zycinski, em cerimônia na qual a Igreja Católica se despediu com solenidade do cientista que em seu tempo foi considerado um herege por suas ideias revolucionárias.
Após a exumação, o túmulo provisório de Copérnico ficou no castelo de Olsztyn, onde o cientista viveu parte de sua vida, e posteriormente na catedral da mesma cidade.
O périplo do astrônomo começou em 2005. Arqueólogos poloneses encontraram seus restos mortais em um pequeno túmulo sem nome na catedral de Frombork, no litoral polonês do Mar Báltico.
Diante de dúvidas de que os restos eram de Copérnico, os ossos foram exumados para submetê-los a uma análise de DNA, que confirmou que pertencerem ao polonês.
Posteriormente, uma equipe de cientistas suecos apresentou a reconstrução facial do crânio que coincidiu com os retratos de Copérnico na Polônia, um homem com nariz aquilino e olhos fundos.
O astrônomo marcou o estudo da astronomia com sua obra "De Revolutionibus Orbium Coelestium" ("Das revolucões das esferas celestes").
Nesse texto, baseando em cálculos matemáticos e astronômicos, Copérnico dota de base científica uma antiga teoria heliocêntrica grega, segundo a qual é a Terra gira ao redor do Sol e não o contrário, como se acreditava até então.
Fonte: G1