História do Brasil e do Mundo
Nasa descobre auroras intensas e enigmática nuvem de pó em Marte
A sonda espacial MAVEN, que analisa a atmosfera superior do planeta Marte, detectou dois fenômenos insólitos: auroras intensas e uma nuvem de pó a grande altitude da qual se desconhece a origem.
A presença de pó em altitudes orbitais de entre 93 e 190 milhas (150 e 300 quilômetros) é ?inesperada?, segundo explicou a agência espacial americana em uma nota.
?Se o pó se origina na atmosfera, isto sugere que desconhecemos um processo fundamental na atmosfera marciana?, afirmou a pesquisadora Laia Andersson, da Universidade do Colorado em Boulder.O enigma deixado pelas nuvens de pó detectadas na terça-feira é que estão tão altas que nenhum processo atmosférico conhecido nesse planeta poderia produzi-las.
Por outro lado, o mais surpreendente da aurora detectada por MAVEN é a profundidade da atmosfera na qual ocorre, ?muito maior que na Terra ou em qualquer outro lugar de Marte?, declarou Arnaud Stiepen, da Universidade do Colorado.
?Os elétrons produzidos devem ser realmente energéticos?, acrescentou.
No mundo científico estas auroras foram batizadas como ?As luzes de Natal?, porque MAVEN as descobriu cinco dias antes do último dia 25 de dezembro.
A sonda MAVEN foi lançada em 18 de novembro de 2013 para resolver o mistério de como o planeta vermelho perdeu a maior parte de sua atmosfera e de sua massa de água.
O engenho espacial chegou a Marte no último dia 21 de setembro e deve completar uma missão de um ano.
Novas fotos do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko feitas pela sonda Rosetta mostram a presença de gelo em seu ?pescoço?. Lembrando um pato de borracha, o cometa parece formado por dois corpos interligados por uma região menor, conhecida como região Hapi, informalmente chamada de ?pescoço?. A revelação foi divulgada pelo Instituto Max Planck, organização alemã que participa da missão.
Três imagens capturadas pela câmera Osiris, a bordo da sonda, permitiram a descoberta. Cada uma correspondia às cores vermelho, verde e azul. Juntando as três, os pesquisadores obtiveram uma imagem colorida do cometa e com isso perceberam que a região Hapi reflete menos luz vermelha do que as demais, ficando mais azulada. Essa coloração indica a presença de gelo no local, seja na superfície ou logo abaixo de uma camada de poeira.
Além disso, nos últimos meses, com a aproximação com o Sol, essa parte do cometa tem se mostrado mais ativa, expelindo jatos de gás e poeira. A diferença de coloração, porém, é pequena, de modo que a quantidade de gelo presente também deve ser limitada. As imagens do Osiris foram feitas no dia 21 de agosto de 2014, quando Rosetta se encontrava a aproximadamente 70 quilômetros do cometa.
A nave Rosetta é equipada com instrumentos adicionais para identificar de forma direta a presença de gelo na superfície. O espectrômetro Virtis, por exemplo, pode determinar claramente as marcas espectrais de moléculas de água. ?Temos muita curiosidade de ver se os indícios se confirmam a partir dessas medições?, afirma o chefe da equipe Osiris, Holger Sierks.
?Em agosto, quando o 67P alcançar a máxima aproximação do Sol, ele se aquecerá muito, mas a região Hapi será a exceção: vai permanecer na escuridão e experimentar uma espécie de noite polar?, afirma Sonia Fornasier, do Observatório de Paris e também integrante da equipe Osiris. O ?pescoço? do cometa só receberá de novo luz solar a partir de março de 2016.
A história da sonda Pioneer 10 já seria empolgante, mesmo que tudo tivesse ocorrido como previsto: a nave foi lançada em 1972 e tornou-se o primeiro objeto criado pelo homem a sair do sistema solar, em 1983. Manteve contato com a Terra durante 25 anos, até perder-se no espaço profundo, em 1997. A Pioneer 10 deixou um enigma: algum fator desconhecido começou a reduzir sua velocidade e empurrá-la de volta para o Sol, quando ela estava se aproximando de Plutão. A ?força? desconhecida era ínfima, mas, dadas as distâncias espaciais, bastou para alterar a rota da nave em 400 mil km. O mesmo ocorreu com a Pioneer 11. Tentou-se explicar a anomalia com idéias prosaicas, como vazamentos de fluido nas naves ou problemas na análise de dados. Outras propostas, no campo da chamada ?nova física?, foram bem mais ousadas, lembrando que talvez devamos mudar nossas concepções de tempo, espaço e gravidade em escalas cósmicas. Mas nenhuma explicação foi conclusiva. O mistério continua.
Para otimizar as pesquisas em Marte, a próxima ideia do Jet Propulsion Lab, da NASA, é enviar um tipo de helicóptero ao planeta vermelho. Afinal, até o momento, nossas sondas foram capazes de cobrir áreas menores e limitadas pelo relevo. Com uma sonda capaz de ?voar baixo?, mais informações poderiam ser obtidas em um tempo menor.
Mas o negócio é mais difícil do que apenas mandar um tipo de drone para lá. A gravidade de Marte é diferente da Terra ? precisamente apenas 38% da gravidade que temos por aqui. ?Além disso, o sistema precisa ser autônomo e ser capaz de pousar e decolar em terreno rochoso?, afirma Bob Balaram, engenheiro da Nasa.
Até o momento, um protótipo está sendo testado em uma câmara que simula o ambiente marciano. Para conseguir o impulso suficiente, cientistas precisam criar uma máquina que seja capaz de produzir 2,400 revoluções por minuto. Com isso, o helicóptero poderia dar saltos e voar em Marte por períodos de dois a três minutos antes de precisar pousar novamente.
E pousar é um grande desafio ? ?enquanto com a Curiosity tivemos 7 minutos de terror, quando realizamos seu pouso, com o helicóptero teremos essa preocupação diariamente?. O longínquo Plutão, agora rebaixado a categoria de asteroide
Em 179 dias a sonda New Horizons, da Nasa, terá a sua maior aproximação de Plutão. No entanto, hoje a história já começa a ser escrita: sua aparelhagem já está analisando dados sobre o misterioso planeta-anão e seus arredores.
A Nasa ainda não divulgou fotos, mas já começou a analisar a poeira e o plasma nas proximidades de Plutão. As primeiras imagens, segundo a agência, devem ser divulgadas no início de fevereiro ? e foram prometidas imagens incríveis (melhores do que as do Hubble) em maio!
Vale a pena lembrar que a New Horizons tirou um retrato de Plutão quando estava próxima a Netuno, em agosto de 2014 ? e essa foto ilustra o início da nota.
Perdida em Marte por mais de dez anos, foi localizada pela Nasa, divulgou a agência. Construída pelo Reino Unido, ela pousou no planeta vermelho no dia 25 de dezembro de 2003 e agora apareceu nas imagens da câmera High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE).
A Beagle 2 foi parte da missão Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), uma colaboração entre a indústria e a academia. ?Estou contente que a Beagle 2 finalmente tenha sido encontrada. O meu Natal daquele ano, assim como o de muita gente que trabalhou no projeto, foi arruinado pelo desapontamento de não receber um sinal da superfície de Marte. Desde então, a cada Natal eu me pergunto o que aconteceu com a sonda?, diz Mark Sims, pesquisador da Universidade de Leicester, na Inglaterra, e integrante do projeto Beagle 2.
As imagens da câmera HiRISE, inicialmente analisadas por Michael Croon, um ex-membro da equipe da Mars Express, forneceram evidências da posição da sonda perto do equador marciano. Novas imagens estudadas pelas equipes da Beagle 2, da HiRISE, e do laboratório Jet Propulsion da Nasa confirmaram que os objetos descobertos possuem tamanho e forma corretos.
Devido ao seu tamanho pequeno, cerca de 2 metros, a Beagle 2 se encontra no limite de detecção da HiRISE, a câmera de maior resolução orbitando Marte. A partes identificadas incluem a sonda, sua parte de trás (separada) e um paraquedas.
Nesse dia, era lançada pela Nasa a nave Voyager 2, em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). Esta nave passou por Júpiter, Saturno, Urano e Mercúrio e enviou dados importantíssimos para pesquisas científicas. Em 1989, ultrapassou a órbita de Plutão e saiu do Sistema Solar. Em 2005, a Voyager 2 estava a 75 UAs da Terra ? UAs, a unidade astronômica, pode ser definida como a distância média entre a Terra e o Sol. A nave carrega um disco fonográfico feito de ouro intitulado ?Sounds of the Earth? (Sons da Terra), com 1h30min de música e alguns sons da natureza do planeta Terra. Em maio de 2010, a sonda estava na constelação de Telescópio.
A primeira das missões da Nasa rumo a Marte, o veículo espacial Viking 1, foi lançada em um dia como este, no ano de 1975, a bordo do foguete Titan-Centaur. Foram necessários 10 meses de viagem até chegar ao Planeta Vermelho.
Cinco dias antes da inserção em órbita, o equipamento começou a enviar imagens de Marte para a Terra. A aterrissagem da Viking 1 estava programada para o dia 4 de julho de 1976, mas a equipe em terra considerou que a área de pouso era muito rochosa e resolveu esperar por uma oportunidade mais segura, o que só aconteceu no dia 20 de julho, quando o ?lander? se separou do ?orbiter?.
Ao todo, a Viking 1 operou durante seis anos. Em 21 de novembro de 1982 houve a perda de controle do equipamento. Em 2006, a Viking 1 foi fotografada na superfície de Marte pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter.
A teoria não se comprovou. Um estudo publicado na revista Science mostra que a água presente no 67P é muito diferente da que existe no nosso planeta.
As medições que levaram a essa conclusão foram feitas pelo instrumento Rosina, a bordo da sonda Rosetta, composto por dois espectrômetros de massa e um sensor de pressão, durante os meses de agosto e setembro. Diante do resultado negativo, os pesquisadores, liderados por Kathrin Altwegg, da Universidade de Berna, na Suíça, apontam a possibilidade de a água ter vindo dos asteroides.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram a composição da água do 67P. Na Terra, a água é mais comumente formada por átomos de oxigênio com oito prótons e oito nêutrons em seu núcleo (o oxigênio 16) e de hidrogênio com um próton e nenhum nêutron. Mas essa não é a única fórmula encontrada por aqui. A água também pode ser composta por isótopos (átomos de um mesmo elemento químico que diferem em massa) mais pesados, oxigênio 18 (oito prótons e dez nêutrons) e deutério, também conhecido como hidrogênio pesado, com um próton e um nêutron em seu núcleo.
Os instrumentos mediram a quantidade de deutério em comparação com hidrogênio na água do cometa, e o resultado encontrado foi cerca de três vezes o valor da Terra. ?Agora sabemos que a água do 67P não é igual à da Terra?, afirma Enos Picazzio, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. ?Mas a água não é igual em todos os cometas. Esses corpos celestes podem ter se formado em várias partes do Sistema Solar?.
Duas ?famílias? de cometas já tiveram a composição da água analisada: as da Nuvem de Oort, mais distantes do Sol, e as da família de Júpiter, mais próximas do astro. Só o 67P e o Halley, porém, foram medidos in loco, com a ajuda de sondas espaciais. Nos demais casos, as medições foram feitas por telescópios.
O Hartley 2 e 45/P, cometas da família de Júpiter, têm água relativamente parecida com a da Terra. Já a água do 67P revelou-se mais parecida com a dos cometas da Nuvem de Oort.
?Por hora, a probabilidade mais forte é a água ter vindo dos meteoritos?, afirma Picazzio. Os condritos, meteoritos rochosos, têm a água mais semelhante à da Terra já observada no Sistema Solar. Acredita-se que eles sejam fragmentos de asteroides, os corpos celestes apontados pelos autores do estudo como nova possibilidade de origem da água do planeta azul.
Há uma semana, a agência espacial japonesa, Jaxa, lançou a sonda Hayabusa 2, que percorrerá 300 milhões de quilômetros para chegar, em 2018, ao asteroide 1999 JU3, com objetivo de recolher amostras dele. Paralelamente, a Nasa planeja para o ano que vem o lançamento da OSIRIS-REX, com destino ao asteroide Bennu, para recolher amostras em 2019.
Em 1993, a Missão Internacional Rosetta foi aprovada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), com o objetivo de programar a expedição a um cometa, considerado um vestígio dos primórdios do Sistema Solar que continua vagando pelo espaço. Ela custou 1 bilhão de euros.
Pela primeira vez, o homem conseguiu pousar um robô em um cometa, em uma missão que durou mais de dez anos e que tem o objetivo de estudar esse corpo celeste. Dados enviados pelo módulo Philae e rebatidos à Terra pela sonda Rosetta, responsável por levar o equipamento ao cometa, confirmaram no início da tarde desta quarta-feira (12-novembro) o feito inédito na ciência.
A Agência Espacial Europeia, ESA, recebeu a confirmação às 14h03 de que o módulo espacial Philae tocou o solo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa imensa com superfície composta de gelo e poeira. ?Estamos sentados na superfície. Estamos no cometa?, disse Paolo Ferri, um dos líderes da missão Rosetta, depois de confirmar o funcionamento da transmissão do sinal.
A chegada ocorreu 28 minutos e 20 segundos antes, já que existe um intervalo entre a emissão do sinal da Rosetta e a recepção dele na Terra ? tempo chamado pelos cientistas de ?minutos de terror?.
De acordo com a ESA, após análise da telemetria, verificou-se que o toque na superfície do cometa não aconteceu conforme o planejado, já que os arpões, que fixariam o módulo no cometa, não dispararam em um primeiro momento. Os pesquisadores analisam o que podem fazer para reverter o problema.
Compostos químicos, gases e muita poeira presentes no cometa podem conter respostas sobre a formação dos planetas do Sistema Solar. Além disso, apontariam aos cientistas uma direção para descobrir como a vida surgiu, no estágio em que a conhecemos.
Uma das teorias sobre o início da vida na Terra sugere que os primeiros ingredientes da chamada ?sopa orgânica? vieram de um cometa, considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.
O Philae levou cerca de sete horas para aterrissar. Ao longo desta manhã, os pesquisadores sediados em Darmstadt, na Alemanha, e em vários outros países da Europa que cooperam com a agência, acompanharam cada passo do processo de descida.
Depois da liberação da sonda, outras etapas importantes foram concluídas com sucesso. Entre elas, o reestabelecimento da comunicação entre a Terra e o robô, e o acionamento do trem de pouso do módulo.
Após a aterrisagem, uma nova etapa da missão Rosetta se inicia. Câmeras de alta resolução devem fornecer panorâmicas do ponto de pouso, chamado pelos cientistas de Agilkia, e dez outros equipamentos de pesquisa colherão dados sobre a estrutura interna do cometa.
O módulo Philae vai perfurar o 67P/Churyumov-Gerasimenko para colher amostras, que serão analisadas remotamente. O robô vai ainda medir seu núcleo. Esses dados vão para a sonda e serão rebatidos para a Terra.
O robô terá 64 horas de bateria para fazer tudo isso. É possível recarregá-las, já que os cientistas da ESA instalaram equipamentos que permitem o recarregamento pela luz solar, mas isso vai depender da claridade existente na região da aterrisagem.
É um jogo de sorte, não se anime demais. As chances de sucesso equivalem a jogar uma moeda para cima e observar como ela cai. Se der cara, o módulo de pouso Philae se desprenderá da sonda Rosetta e produzirá imagens estonteantes da superfície do objeto conhecido como 67P/Churyumov-Gerasimenko.
Em compensação, se der coroa, teremos de nos contentar com meras observações orbitais feitas pela própria Rosetta. ?Está muito silencioso por aqui esses dias, você sente que o evento está chegando?, conta Holger Sierks, cientista responsável pela câmera Osiris, da sonda orbitadora.
Ela estará de olho no Philae durante a descida e tentará fotografá-lo na superfície, caso ele chegue lá e fique.
Não há nada a fazer para garantir o sucesso ou mesmo interferir o que vai acontecer. Os comandos que levam ao pouso são pré-programados, e a distância entre a Terra e o cometa impedem qualquer intervenção manual de última hora ?leva 28 minutos para um sinal de rádio partir daqui e chegar lá.
Um detalhe aumenta o drama: o módulo Philae não tem propulsor. Ou seja, ao se desprender da Rosetta, ele simplesmente ?cai? suavemente na direção do cometa.
Como a gravidade do cometa é suave ?trata-se de um objeto composto por gelo e rocha com modestos quatro quilômetros de diâmetro, numa forma bem irregular?, um erro de cálculo pode ser fatal. O Philae pode errar a mira e se perder no espaço.
O módulo leva cerca de 7 horas para atravessar os 22,5 km que o separam do chão. Ao chegar, dois arpões precisam ancorá-lo ao cometa, e três garras de atracação devem firmá-lo no chão. Com a gravidade fraca, ele poderia quicar e voltar para o espaço.
Como se vê, muito pode dar errado. Daí a chance de 50%. Mas a recompensa científica pode ser grandiosa.
Os cometas representam objetos remanescentes da formação do próprio Sistema Solar. Por isso, os cientistas acreditam que estudá-los pode nos ajudar a compreender a origem da Terra e sua natureza benigna para a vida.
Aliás, a própria origem da vida pode ter uma conexão com os cometas. Os cientistas sabem que eles são ricos em compostos orgânicos.
É bem possível que os cometas tenham trazido essas moléculas para cá, ao colidir com a Terra infante, e com isso tenham viabilizado o surgimento das primeiras formas de vida.
Tudo isso poderá ser posto à prova com o pouso do Philae. Ele tem instrumentos para analisar o solo, além de estudar o aumento de atividade do cometa conforme ele se aproxima do Sol.
O local de pouso foi batizado de Agilkia, em mais uma referência ao Egito Antigo. A pedra de Roseta, que dá nome à missão, foi o que permitiu a decifração dos hieróglifos. Espera-se que a Rosetta espacial faça serviço similar pelo entendimento da formação do Sistema Solar.
A sonda lunar chinesa lançada na sexta (24-10-2014), chegou ao campo gravitacional do satélite e está se preparando para voltar à Terra, informa a mídia estatal do país.
O veículo experimental, que não tem nome oficial, chegou por volta das 6h da manhã desta segunda (27-10), horário de Brasília, ao campo gravitacional da Lua, onde permanecerá por 32 horas antes de iniciar a viagem de volta.
A sonda percorrerá meia órbita ao redor da Lua retornado à Terra no sábado (1º). É a primeira desenvolvida pela China projetada para retornar à Terra.
A finalidade desta missão é testar tecnologias como controle de navegação e a proteção contra o calor gerado pela reentrada na atmosfera terrestre.
Os resultados foram utilizados para desenvolver a sonda Chang?e 5, prevista para 2017, com a qual se quer pousar na Lua, recolher amostras e retornar à Terra.
As sondas Chang?e 1 e 2, lançadas respectivamente em 2007 e 2010, ficaram em órbita em torno da Lua enquanto o Chang?e 3 pousou na superfície lunar em dezembro do ano passado com o veículo científico Yutu.
A Chang?e 4 foi desenvolvida como um veículo de reserva para a Chang?e 3 e é utilizada para testes.
Visando desenvolver tecnologias para o retorno de uma missão tripulada à Lua, chineses realizaram cinco missões no espaço entre 2003 e 2013. Ainda nesta segunda (27), a China deve colocar em órbita mais um satélite, que será usado para realizar experimentos científicos no espaço.
A China lançou a primeira sonda espacial de ida e volta à Lua, mais uma etapa de um ambicioso programa espacial que pretende enviar astronautas ao satélite da Terra. ?A primeira fase da viagem foi um sucesso?, anunciou a Administração Estatal de Ciências, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional (SASTIND) em um comunicado.
O lançamento da missão Chang?e-5-T1 ocorreu na base espacial de Xichang, ao sudoeste da província de Sichuan. A sonda deve chegar à Lua, dar a volta no satélite e retornar à Terra em nove dias. No total, a sonda deve percorrer 413.000 quilômetros da Terra até o ponto mais distante em oito dias de missão. O pouso está previsto para a região chinesa da Mongólia interior, segundo a agência estatal Xinhua.
Esta é a primeira vez que os cientistas chineses têm como meta o retorno de um módulo orbital, que precisará resistir na reentrada da Terra, em particular às elevadas temperaturas provocadas pela fricção do contato com a órbita terrestre. A nave atingirá no retorno à Terra uma velocidade de 11,2 quilômetros por segundo, antes de reduzir a aceleração. A missão pretende testar a tecnologia que será utilizada na missão prevista para 2017, que deseja coletar mostras da superfície lunar. Meio século depois do programa Apollo dos Estados Unidos, a China tem a Lua como objetivo.O desejo de Pequim é ser o primeiro país asiático a enviar um ser humano ao satélite natural, provavelmente depois de 2025. Em dezembro de 2013, o país conseguiu levar a sonda Chang?e-3 a pousar na Lua e deixar na superfície lunar um veículo teleguiado batizado de ?Coelho de jade?, uma missão que foi considerada um êxito total.
Coelho de Jade
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) definiu o dia 12 de novembro como data para o primeiro pouso da história em um cometa, que será feito pela sonda Rosetta. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, em um comunicado.
Na semana passada, a agência anunciou duas opções de pouso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Se a primeira opção for confirmada ? local chamado de ?ponto J? ? o módulo Philae se separará da sonda às 5h35 do horário de Brasília e aterrissará no cometa sete horas mais tarde. Como um sinal emitido por Rosetta demora 28 minutos e 20 segundos para chegar à Terra, por volta das 13h as estações terrestres terão a confirmação do pouso.
Caso a equipe escolha a segunda opção ? o denominado ?ponto C? ?, a separação do módulo acontecerá às 10h04, a uma altitude de 12,5 quilômetros do cometa, e o pouso acontecerá quatro horas depois, de modo que o sinal chegará à Terra às 14h30.
A ESA confirmará o local escolhido em 14 de outubro, após uma série de avaliações dos dois pontos de aterrissagem. Uma vez que se tenha separado de Rosetta, o módulo Philae terá autonomia de energia por dois dias e meio. Quando esse tempo se esgotar, Philae usará a energia gerada por painéis solares.
Com onze instrumentos científicos, o módulo estudará o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, enquanto Rosetta fará uma observação à distância com uma série de sobrevoos nas proximidades do núcleo. A sonda está há dez anos viajando pelo espaço para tentar obter respostas sobre a origem do Sistema Solar. Os pesquisadores centraram sua atenção nos cometas, aos quais consideram ?cápsulas do tempo?, porque se formaram na origem do Sistema Solar, há cerca de 4,5 bilhões de anos.
A Voyager, considerada a invenção humana a alcançar as maiores distâncias na história depois de seu lançamento, em 1977, recentemente voltou a ser objeto de polêmica nos meios científicos. Um comunicado em 2012 anunciou ao mundo que a Voyager havia finalmente cruzado o limite do espaço sideral, deixando para trás o sistema solar. No entanto, alguns cientistas refutam esta afirmação. A pergunta natural portanto é: onde está realmente a Voyager I?
Segundo alguns especialistas, a nave ainda estaria vagando pela heliosfera, região do espaço dominada pelo Sol e seu vento, composta por partículas energéticas; ou seja, fora do espaço interestelar. Para comprovar essa teoria, os cientistas desenvolveram um estudo, publicado na Geophysical Research Letters. Ele afirma que, se a nave detectar uma mudança no campo magnético nos próximos dois anos, comprovará sua presença na heliosfera. Entretanto, se a mudança no campo magnético não ocorrer, a confirmação de que a Voyager I cruzou o limite interestelar será definitiva.
O professor George Gloeckler, um dos autores da denominada ?prova final? explica de forma simples e direta: ?Trajetórias são demonstradas com movimento?. O cientista, que desde 1972 trabalha na missão Voyager diz que a mudança de campo magnético não foi observada, apesar de a nave haver dado diversos sinais de haver chegado ao espaço interestelar, com a exposição a raios cósmicos, por exemplo. As gêmeas, Voyager I e II foram lançadas em 1977 para explorar Júpiter e Saturno. Apesar dos debates com relação ao seu paradeiro atual, não há dúvidas que a Voyager I chegou muito mais longe do que se imaginava.
O Google Earth tem os recursos de exploração da Lua e de Marte há anos, mas agora a empresa decidiu trazer estas funcionalidades para o Maps, seu serviço de mapas na web, embora a ferramenta esteja bem escondida.
A empresa lançou o recurso a tempo do segundo aniversário da data em que a sonda Curiosity tocou o solo marciano.
Para brincar de olhar Marte e a Lua pelo Maps não há dificuldade, mas antes é necessário saber onde procurar, já que não está nem um pouco óbvio. Você também precisa estar usando a versão mais recente do Google Maps; a clássica não funcionará. Confira:
? Acesse o Google Maps;
? Clique no ícone ?Terra? no canto inferior esquerdo para entrar no modo Google Earth;
? Afaste a ?câmera? o máximo que puder usando o zoom;
? Quando estiver o mais longe que for possível, as opções para navegar pela Lua ou por Marte devem aparecer em uma barra inferior
? Caso nada aconteça, você precisa ativar a barra Explorar clicando nas setinhas que apontam para cima no canto direito inferior da tela.
Marte Deserto (por enquanto)
A Nasa pretende enviar a Marte uma sonda capaz de produzir oxigênio. A agência espacial americana anunciou nesta quinta-feira sete instrumentos que devem ser colocados em um robô que será enviado ao planeta vermelho em 2020.
Com custo estimado em 1,9 bilhões de dólares, a sonda será capaz de transformar o dióxido de carbono presente na atmosfera do planeta em oxigênio, para servir tanto à respiração humana como à produção de combustível de foguetes.
De acordo com a Nasa, a missão de 2020 vai ajudar a descobrir meios de exploração dos recursos naturais disponíveis na superfície do planeta. Os sete instrumentos da nova sonda foram escolhidos dentre 58 propostas recebidas do mundo todo pela Nasa. A previsão é de que o robô pouse no planeta vermelho em fevereiro de 2021.
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