Monarquia Parlamentar francesa
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Monarquia Parlamentar francesa


Em 3 de setembro de 1791, a Assembléia Constituinte promulgou a nova Constituição, que tirava das mãos do rei Luís XVI o poder de decretar leis, que agora seriam elaboradas e aprovadas pela Assembléia Legislativa. Essa Assembléia controlava a política exterior, as forças armadas, a Guarda Nacional, os ministros nomeados pelo rei e a atividade do poder Judiciário.

Os deputados da Assembléia eram eleitos por todos os franceses do sexo masculino que comprovassem alguma forma de propriedade; essas eleitores também elegiam os funcionários das comunas (municípios) e dos departamentos (estados).

Essa Constituição garantia à burguesia moderada o controle da vida política do país: as restrições do direito de voto davam-lhe folgada maioria de representantes na Assembléia legislativa, que agora detinha o poder. Dessa forma, na Assembléia  que governou a França até 1792, os grupos políticos se dividiam assim: à direita, representando a grande burguesia, 264 deputados se dividiam em dois clubes: Feuillants e girondinos; no centro, 345 deputados independentes, sem programa definido, que votavam junto com os girondinos; à esquerda, francamente minoritários, os 136 deputados jacobinos e dordelliers. se na Assembléia sua influência era escassa, sua penetração nas massas populares (cordelliers) e na pequena burguesia (jacobinos) era muito forte.

As leis aprovadas pela Assembléia controlada pelos girondinos favoreciam, evidentemente, os ganhos de capital da alta burguesia e excluíram as massas populares de participação na política institucional. Por isso a Constituição não satisfazia os anseios da população pobre, os sans culottes (quer dizer "sem culotes, sendo que os culotes eram trajados pelos mais ricos). "Liberdade, igualdade, fraternidade" havia sido o lema que todo o povo gritou nas ruas durante a revolução. Marat e Hébert lideravam a organização desses homens em milícias populares.

A guerra contra a Europa

Os regimes absolutistas da Europa não viam com bons olhos os acontecimentos de Paris e se preparavam para intervir e sufocar a revolução.

Na França, a guerra  interessava a todos, por diferentes motivos. Para Luís XVI, a derrota da nação poria fim à revolução e restabeleceria seu poder absoluto. Por outro lado, a vitória interessava à alta burguesia, pois garantiria suas conquistas, propiciaria lucros (comércio de armas, pilhagens etc) e afastaria a atenção do povo dos problemas nacionais. Para a pequena burguesia e para as massas populares significava a salvação da revolução.

Em abril de 1792, Luís XVI propôs a Assembléia uma declaração de guerra à Áustria, Prússia, Boêmia e outros principados do Sacro Império. Quando os combates começaram, o exército francês passou a ser sucessivamente derrotado. Na Assembléia, Robespierre denunciava a atitude do rei como traição e clamava por justiça. As evidências contra o rei ficaram claras, e na noite de 9 de agosto de 1792, o povo de Paris e a Guarda Nacional tomaram o Palácio das Tulherias e prenderam o rei e sua família. A monarquia na França havia acabado. A Assembléia destituiu o rei e passou a chamar-se Convenção Nacional, a qual passou a ser eleita por voto universal.

A ameaça de invasão estrangeira punha em perigo as conquistas populares. A comuna Revolucionária de Paris organizou um exército popular, que marchou contra as forças inimigas. O ardor revolucionário do povo de Paris fez com que esse exército, inexperiente e destreinado, derrotasse o exército invasor em Valmy, a 100 km da capital, no dia 20 de setembro de 1792, quando foi proclamada a república da França.

A Convenção Nacional

Em setembro de 1792, foram eleitos por sufrágio (voto, apoio,adesão) universal masculino  749 deputados para a Convenção Nacional. Ao contrário da Assembléia Legislativa anterior, a Convenção tinha também o poder de executar as leis, o que antes cabia ao rei e seus ministros. Além disso, elaborou uma nova Constituição, que ficou pronta em junho de 1793.

Ao mesmo tempo, foi criado um novo calendário, pelo qual os meses receberam novos nomes, ligados ao clima e aos trabalhos agrícolas, como Germinal (mês das sementes), Floreal (das flores), Termidor (mês do calor), etc.

Os deputados dividiram-se em três grupos os de direita (girondinos) os de esquerda (jacobinos) e os deputados sem perfil político definido compunham o centro, chamado também de Pântano.

PEDRO, Antonio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único.

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