MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA INTOLERÂNCIA
História do Brasil e do Mundo

MEMORIAL ÀS VÍTIMAS DA INTOLERÂNCIA



Foi, hoje, inaugurado, no Largo de S. Domingos, o memorial às vítimas da intolerância. É composto por dois monumentos em pedra, um católico e outro judaico e por um mural evocativo do massacre judaico de Lisboa de 19, 20 e 21 de Abril de 1506 com a inscrição ?Lisboa, cidade da tolerância? em 34 línguas.
O que evoca este memorial?
De 19 a 21 de Abril de 1506, na Semana Santa, ocorreu o ?Massacre de Lisboa de 1506?, também, conhecido por ?Matança da Páscoa de 1506? em que, cerca de dois mil lisboetas foram, barbaramente, assassinados, perseguidos, torturados e queimados em duas enormes fogueiras no Rossio e na Ribeira.Segundo reza a história, estes actos tiveram início no Mosteiro de São Domingos, quando, durante a cerimónia de oração pelo fim da seca que assolava o País, alguém afirmou ter presenciado um milagre ? no altar, o rosto do Cristo crucificado iluminou-se. Entre eles, um judeu, convertido à força, contrariou esta opinião e explicou que a luz que iluminava e vinha do crucifixo era, apenas, o reflexo de um raio de sol que entrava por uma fresta da janela.
As pessoas, em fúria, levaram-no para a rua e espancaram-no até à morte, juntamente, com um irmão. Em seguida, levaram os seus corpos para o Rossio e queimaram-nos. A multidão dirigiu-se, depois, para a Judiaria, gritando ?morte aos judeus? e ?morram os hereges?.
Este massacre, incentivado pelos frades Dominicanos que prometiam a salvação a quem matasse os hereges, só chegou ao fim com a intervenção das tropas reais, por ter sido assassinado João Rodrigues Mascarenhas, um escudeiro do rei D. Manuel I.
D Manuel I acusou os envolvidos, confiscou-lhes os bens e condenou à morte os frades Dominicanos envolvidos.




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