João IV de Portugal, o Restaurador

 

  Monarca português (1640-1656) nascido em Vila Viçosa, fundador da dinastia dos Braganças. Neto da Duquesa Catarina de Bragança, pretendente à sucessão de D. Sebastião, e filho do mais rico nobre de Portugal, Dom Teodósio, Duque de Bragança, foi aclamado rei após a bem sucedida revolução nacional, a Restauração, que pôs fim a sessenta anos de domínio espanhol sobre Portugal, após a batalha de Montijo, em território espanhol, e por isso, conhecido como o Restaurador, que deu realidade à recuperação da vida nacional. Casou-se (1633) com a corajosa Dona Luísa Francisca de Gusmão, filha do duque espanhol de Medina-Sidônia, mulher ambiciosa que estimulou sua pretensão à realeza e lhe deu quatro filhos, dos quais vieram a suceder-lhe D. Afonso VI e D. Pedro II. O arcebispo de Braga encabeçou uma conspiração para restituir a coroa ao espanhol D. Filipe IV. Denunciada a trama, foram condenados e executados vários membros da nobreza, entre eles o Marquês de Vila Real e do Duque de Caminha, seu filho, e à prisão dos eclesiásticos. Fez alianças com os ingleses e governou por intermédio das Cortes de Lisboa. Derrotou uma nova investida dos espanhóis, em Montijo (1644) que desistiram de tentativas posteriores, mas continuaram os ataques a diversas cidades do Ultramar, especialmente Angola e Brasil, obrigando o governo a fazer grande esforço para conservar umas, recuperar outras e até perder definitivamente algumas, como Malaca e Ormuz. Retomou dos holandeses, Luanda, Benguela e São Tomé (1648), ocupadas desde o início da década (1641). Com sua morte, ocorrida em Lisboa, a rainha D. Luísa tornou-se regente do filho Afonso VI. Proclamou Nossa Senhora da Conceição como padroeira de Portugal.

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