Militar e político brasileiro nascido em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul, integrante como general
da Junta Militar Governativa Provisória (1930) com o c
ontra-almirante Almir José Isaías de Noronha e o também general,
Augusto Tasso Fragoso, quando o presidente
Washington Luís foi deposto e seu sucessor eleito
Júlio Prestes foi impedido de tomar posse. De uma família de tradição militarista, era filho de um general de carreira e iniciou a sua própria por volta dos seus 16 anos (1890). Combateu (1893-1895) a Revolução Federalista deflagrada em seu estado contra o presidente
Floriano Peixoto e, posteriormente, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro (1898). Promovido a major, tornou-se (1911) adjunto do seu tio
marechal, o então Ministro da Guerra,
Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto. Como comandante da 2ª Brigada de Infantaria, participou (1922) da repressão ao levante militar ocorrido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, contra o surgente movimento político-rebeldista conhecido como
tenentismo. Também participou da repressão a rebelião em Manaus (1924) e, em seguida, foi o comandante da 1ª Região Militar (1924-1926), cargo que deixou para ser inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, ano em que, também, foi eleito presidente do Clube Militar (1926). Durante a crise no processo de sucessão presidencial (1930), liderou na capital federal o golpe militar contra o presidente
Washington Luís e o consequente impedimento da posse de seu sucessor eleito
Júlio Prestes.
Integrou a Junta Militar Governativa Provisória (1930) que governou o país por dez dias, antes de dar posse ao futuro ditador Getúlio Vargas. Vale observar historicamente, que a Junta Governativa não deixou registros de sua investidura no Livro de Posse do governo federal. Retomou suas funções de inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares, até que foi nomeado interventor federal no Estado do Rio de Janeiro (1931). Renunciou ao cargo três meses depois por discordar dos temos do Código dos Interventores, mas ainda homem de confiança do Governo Vargas, em seguida foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (1931). Integrante das fileiras do Partido Trabalhista Brasileiro, procurou cumprir o papel de mediador no confronto então surgido entre os constitucionalistas de São Paulo e o governo federal (1932) e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, aos 58 anos. Não confundir com o homônimo e também militar, Visconde de São Gabriel (1769-1849).
Figura copiada do CONTEXTO POLÍTICO:
http://contextopolitico.blogspot.com/2008_07_30_archive.html
João de Deus Menna Barreto, o visconde
(1769 - 1849)
Militar e político brasileiro nascido em Rio Pardo, no Estado do Rio Grande do Sul, primeiro e único
visconde de São Gabriel. Filho de
Francisco Barreto Pereira Pinto e de
Francisca Veloso, assentou praça no regimento dos dragões, em Rio Pardo, tomando parte da campanha (1801) quando, devido a atos de heroísmo, foi promovido a sargento. Participou da campanha (1811) como tenente-coronel, guarnecendo o território das missões. Na guerra contra
Artigas (1816), derrotou inicialmente a tropa do próprio
Jose Artigas e depois derrotou definitivamente o caudilho
José Antonio Berdún que mantinha domínio sobre Quaraí, Ibirocaí e Inhaduí, na
Batalha de Carumbé. onde ele foi ferido em combate, porém sem muita gravidade. Recuperado, participou também das vitórias militares nas batalhas de Catalão e do arroio Gabiju (1817) e foi promovido a marechal. Foi presidente da província do Rio Grande do Sul (1822-1823) e participou na Guerra Cisplatin, porém sem comando formal, coordenando trapas mercenárias e voluntárias, tendo como principal vitória a no
Passo Sarandi. Com problemas de saúde, desligou-se oficialmente do exército (1832), mas voltou as batalhas durante a Revolução Farroupilha (1836), participando da retomada de Porto Alegre pelos legalistas. Depois da
Paz de Ponche Verde retirou-se definitivamente para Rio Pardo, onde faleceu aos 80 anos. Foi dignitário da
Imperial Ordem do Cruzeiro, comendador da
Imperial Ordem de Avis e foi agraciado
visconde de São Gabriel (1836). Casado com
Rita Bernarda Cortes de Figueiredo Menna e pai de
Gaspar Francisco Menna Barreto e
João Manuel Menna Barreto, tornou-se o patriarca da família
Menna Barreto, ao retirar o seu sobrenome
Pereira Pinto e reconstituir seu nome completo com o
Menna da esposa. Não confundir com o homônimo general integrante da Junta Militar Governativa Provisória (1930).
João Manuel Menna Barreto foi comandado do pai, morreu em combate durante a
Guerra do Paraguai e tornou-se Patrono do 2º Regimento de Cavalaria.
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/MenaBaGV.html
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