FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS - PORTUGAL, ESPANHA, INGLATERRA E FRANÇA
História do Brasil e do Mundo

FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS - PORTUGAL, ESPANHA, INGLATERRA E FRANÇA




Conforme visto no tópico anterior, as modificações sociais vivenciadas no final da Idade Média culminaram na necessidade de um poder forte e centralizado, diferente daquele presente no sistema predominante anteriormente (Feudalismo). Aliada à ascensão de uma nova classe, a burguesia, as monarquias nacionais começaram a surgir por toda a Europa, destacando-se Portugal, Espanha, Inglaterra e França.
As características principais dos Estados Nacionais Modernos são: Centralização do Poder, Território definido, Idioma Nacional, Exército Nacional, Burocracia (cargos públicos para auxílio do monarca), Sistemas Legais e Monetários Unificados, Manutenção do Clero e da Nobreza (com isenção de impostos e cargos de prestígio porém com poder enfraquecido) e Aliança com a Burguesia.
Portugal
Fora a primeira monarquia a estabelecer-se devido à vitória na Guerra de Reconquista (expulsão dos mouros – muçulmanos – da Península Ibérica) em 1094. Seu primeiro monarca, Afonso Henrique, promoveu fortemente o povoamento do território, sufocando ainda as tentativas de reação da fidalguia.
Após a revolução de Avis, uma segunda dinastia portuguesa estabeleceu-se, apoiada fortemente pela burguesia e aplicando recursos nas atividades marítimas e comerciais, incentivando a pesquisa náutica e possibilitando assim o pioneirismo português nas grandes navegações.
Espanha
Segunda monarquia moderna a ser formada, nasceu séculos após a Portuguesa, também por vitória na Guerra de Reconquista. Tão logo fora criada, a Espanha passou a promover uma corrida colonialista com a vizinha Portugal, sendo a responsável pela descoberta do continente americano em 1492. Diferente de Portugal que buscou novos caminhos pelo Atlântico para a conquista das Índias através do contorno da África, a Espanha dedicou-se a buscar caminhos pelo ciclo oriental das navegações.
Inglaterra
No século XIII, a Inglaterra era governada por uma família normanda. O fato de o poder ter sido tomado por uma guerra fez que com que este seja reconhecido como forte desde o início, amparado pelo poderio militar incontestável, e como o governante era estrangeiro e sem ligações com as classes dominantes locais, a centralização resta evidente.
O rei Guilherme buscou fortalecer ainda mais o seu poder ao aliançar-se aos plebeus livres, porém seus sucessores (2ª Dinastia - Plantageneta) optaram pelo enrijecimento do poder real frente à população. Cria-se o “commom law” ou lei comum a todo território inglês e a fiscalização de seu cumprimento pelos juízes nomeados pelo soberano. Tais governos caracterizaram-se por altos gastos e aumento de impostos, o que culminou na imposição pelos nobres, em 1215, de um conjunto de normas que definiam os direitos do povo sobre o soberano: a Magna Carta.
Após a derrota na Guerra dos Cem Anos, inicia-se uma guerra interna de sucessão entre duas dinastias – York e Lancaster – finalizando com a ascenção dos Tudor (união das duas famílias).
França
A monarquia francesa nasceu sob a imagem salvadora frente ao caos experimentado pela desordem do sistema feudal. Amparada fortemente pela Igreja Católica, possibilitou nos séculos seguintes a crença na Teoria do Direito Divino, utilizada para justificar o Absolutismo francês.
A dinastia responsável pela centralização do poder foi a Capetíngia, cabendo a Felipe Augusto a criação de uma primeira burocracia francesa, a quem cabia a fiscalização e cobrança de tributos.
Apesar de uma crítica ao Feudalismo, a monarquia utilizava-se de princípios daquele sistema quando lhe era favorável, por exemplo na obrigatoriedade de juramento de fidelidade e lealdade nas cerimônias de homenagem ao “suserano do suserano” . A Igreja também foi submetida ao poder francês . Com a vitória na guerra dos cem anos, a França consolida a centralização do poder.




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