Apesar do nome muito complicado, a função de datiloscopista é bastante necessária para desvendar e solucionar crimes.
São eles que, através de determinação judicial ou flagrante delito, identificam pessoas e cadáveres, coletam impressões digitais, registrando informações em laudos, boletins e relatórios. Para a realização de seu trabalho, o datiloscopista deve preservar o local do crime e colher provas.
Mas além disso, o datiloscopista também é responsável pela expedição de carteiras de identidade. Resumindo, o datiloscopista é o perito na identificação das impressões digitais.
Na etimologia da palavra, o elemento datilo significa dedo e copista vem do grego scopein que significa olhar, examinar.
Perenidade
Os desenhos digitais começam a existir no 6º mês de vida fetal e perduram até a putrefação cadavérica.
Imutabilidade
Os desenhos digitais têm a propriedade de não mudar sua forma original, desde que surge até a decomposição do corpo. Classificabilidade: As figuras digitais podem serem classificadas para arquivamento e pesquisas.
Variabilidade
Os desenhos digitais têm a propriedade de variar de dedo para dedo e de pessoa para pessoa.
Duas impressões digitais só serão consideradas idênticas quando apresentarem doze ou mais "Pontos Característicos", com a mesma configuração e que tenham exatamente a mesma localização.
Fonte: UFGNet, Soleis
A Datiloscopia é o método de identificação humana que, apesar de ser empregado a mais de um século, ainda é, o mais prático, seguro e econômico que existe.Desde os tempos pré-históricos, o homem preocupa-se com a marcação dos seus objetos, da caverna onde se alojava, e posteriormente, marcando os animais que lhes pertenciam e também os escravos.
O homem quaternário, segundo Locard, utilizou-se de diversas maneiras de desenhar a mão humana: pelo decalque retocado à mão, pela impressão negativa, pelo desenho ou pintura. A Bíblia, no livro de Jó, capítulo XXXVII, versículo 7, "O que põe como um selo sobre a mão de todos os homens, para que cada um conheça as suas obras.
A seguir , um resumo da evolução nos processos de identificação:
Ano 650 da era Cristã
Código de YNG-HWUI, durante a dinastia de TANG na CHINA, determinava-se que o marido desse um documento à divorciada, autenticando com a sua impressão digital.
Ano 782
Foram retiradas de cidades soterradas na areia, no TURQUESTÃO, placas de cerâmica lavradas com as seguintes palavras: "Ambas as partes concordam com estes termos que são justos e claros e afixam as impressões dos seus dedos, que são marcas inconfundíveis.
Ano 800
Na ÍNDIA, as impressões digitais eram conhecidas com o nome de TIPSAHI, termo criado pelos tabeliões de Bengala, onde os analfabetos legalizavam os seus papéis.
Ano 1300
Os chineses empregavam a impressão digital não só nos divórcios, como também nos casos de crimes.
Ano 1658
Em muitos países empregaram-se o ferrete, a tatuagem e a mutilação, para identificar escravos e criminosos.
PENSILVÂNIA E.U.A.
Os criminosos eram marcados com uma letra feita com ferro em brasa sobre o dedo polegar esquerdo: A= adúltero, M= assassino, T= felonia.
FRANÇA
Os condenados as galés eram marcados com o sinal GAL.
Ao lado do ferrete, empregou-se a mutilação. Em CUBA, cortavam-se as orelhas dos escravos e narinas dos criminosos.
E.U.A
Se um homem casado praticasse sodomia, seria castrado, também se amputava as orelhas dos criminosos condenados.
Ano 1664
Marcelo Malpighi, médico italiano, publicou um trabalho intitulado "Epístola sobre o órgão do tato", no qual se estuda o desenho digital e palmar.
Ano 1823
João Evangelista Purkinje, apresentou à Universidade de Breslau Alemanha, uma tese, na qual: analisou os caracteres externos da pele, estudou o sistema déltico, grupou os desenhos digitais em nove tipos.
Ano 1840
Com o aparecimento da fotografia, passou a ser ela empregada como processo exclusivo de identificação criminal, inicialmente na SUÍÇA.
Ano 1856
José Engel publicou o "Tratado do desenvolvimento da mão humana", no qual fez estudos sobre os desenhos digitais: afirmou que os desenhos digitais existem desde o sexto mês de vida fetal; reduziu a quatro os nove tipos descritos por PURKINJE.
Ano 1858
WILLIAM JAMES HERSCHEL, coletor do governo inglês, em Bengala Índia, iniciou seus estudos sobre as impressões digitais: tomou as impressões digitais dos nativos, nos contratos que firmavam com o governo, essas impressões faziam às vezes de assinatura; aplicou estas impressões nos registros de falecimentos; usou este processo nas prisões para reconhecimento dos evadidos. HENRY FAULDS, inglês, médico de hospital em TÓQUIO, contribuiu para o estudo da dactiloscópica, examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa; previu a possibilidade de se descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares; preconizou uma técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e tinta de imprensa.
Ano 1882
SISTEMA ANTROPOMÉTRICO, lançado em Paris, por ALFONSE BERTILLON, foi o primeiro sistema científico de identificação, pois se baseava nos elementos antropológicos do homem. Consistia no assinalamento feito em milímetros de várias partes do corpo humano: diâmetro da cabeça; comprimento da orelha direita; comprimento do pé esquerdo; estatura; envergadura; assinalamento descritivo do formato do nariz; lábios; orelhas e também, as marcas particulares: tatuagens, cicatrizes, etc. Estes dados eram registrados em uma ficha antropométrica, que continha também à fotografia do identificado.
Ano 1888
FRANCIS GALTON, nobre inglês, incumbido pelo governo de analisar o material colhido por HERCHEL, quando esteve na Índia, a fim de estabelecer um sistema de identificação mais seguro que a antropometria. Lançou as bases científicas da impressão digital. O sistema de Galton foi, sem dúvida, rudimentar: teve, entretanto, um grande mérito, o de servir de ponto de partida para os demais siste mas dactiloscópicos.
Fonte: www.papiloscopistas.org
Identificar uma pessoa significa diferenciá-la das demais. Para isso, a biometria, ramo da ciência que estuda as medidas físicas dos seres vivos, baseia-se em traços faciais, íris, retina, voz, grafia e impressão digital.
Entre os métodos de identificação biométrica, o mais eficaz é a papiloscopia, que investiga as saliências exteriores da pele. Um de seus principais campos é a análise das impressões digitais, denominada datiloscopia. A possibilidade de duas pessoas apresentarem a mesma impressão digital é uma em 64 bilhões. Além disso, os desenhos das palmas das mãos e das extremidades dos dedos definem-se no quarto mês de vida intra-uterina e jamais se modificam.
Esta técnica foi adotada em 1891 pela Scotland Yard, a famosa polícia de Londres, na Inglaterra. Chegou ao Brasil em 5 de fevereiro de 1963, daí o Decreto 52.871, que considera este o Dia do datiloscopista Brasileiro.
Fonte: www.unerj.br