Cuba, depois da Revolução
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Cuba, depois da Revolução


Com a vitória da revolução, os guerrilheiros que ajudaram Fidel Castro a tomar o poder receberam cargos em seu governo. Che Guevara por exemplo, tornou-se presidente do Banco Central, ministro da Indústria e, mais tarde, percorreu diversos países em missão diplomática. Os opositores e críticos da revolução fugiram para os EUA ou foram presos, como ocorreu com o escritor Reinaldo Arenas.

O governo de Fidel Castro fez uma reforma agrária em Cuba, transferindo para o Estado as terras dos latifundiários, incluindo as da própria família de Fidel. Os meios de produção, como hotéis, refinarias de petróleo e outras empresas existentes no país foram estatizados.

Uma ampla campanha nacional, com o envio de professores para o campo, permitiu o fim do analfabetismo no país. A educação básica (correspondente ao que chamamos no Brasil de Ensino Fundamental e Médio) tornou-se obrigatória. Foram garantidas vagas nos cursos superiores a todos os interessados. Os serviços de saúde também foram estendidos a toda a população; os médicos passaram a visitar regularmente todas as famílias em suas casas.

Essas transformações puderam ser realizadas em grande parte por causa do apoio recebido da União Soviética.

Cuba entre os Estados Unidos e União Soviética

Em 1960 Fidel Castro foi a Nova York para explicar a Revolução Cubana na assembléia da ONU. Ele pretendia também solicitar o apoio do governo norte-americano, mas foi recebido por Dwight Eisenhower, então presidente dos Estados Unidos. Entretanto, o governante soviético Nikita Kruschev, também presente à reunião, aceitou conversar com Fidel e convidou-o a visitar a União Soviética.

A aproximação com o governo soviético e as atitudes nacionalistas de Fidel Castro incomodaram o governo dos Estados Unidos e os donos das empresas e dos bancos que tinham propriedades em Cuba. Mas John Kennedy, o novo presidente dos Estados Unidos empossado em 1961, temia que um ataque direto a Cuba fosse mal recebido, até mesmo por seus aliados.

Para pressionar o governo de Fidel e mantê-lo subordinado a seus interesses, o governo dos Estados Unidos se recusou a comprar o açúcar cubano, principal produto de exportação do país. Mas a pressão econômica dos EUA não funcionou, pois os soviéticos se ofereceram para comprar açúcar e fornecer petróleo a Cuba.

Isso agravou o conflito, pois todas as refinarias instaladas na ilha pertenciam a empresas estrangeiras, que se recusaram a refinar o petróleo soviético e foram obrigadas a vender suas refinarias ao Estado cubano.

Em abril de 1961, seis aviões dos EUA, pintados com as cores da Força Aérea Cubana, bombardearam aeroportos da ilha. Apenas  três aviões foram atingidos em terra, mas sete civis cubanos foram mortos. No enterro dos civis, Fidel Castro declarou que a Revolução Cubana era socialista.

A repercussão desse acontecimento foi péssima para o governo Kennedy. Em vez de abalar o poder de Fidel Castro, fortaleceu ainda mais o apoio à Revolução Cubana.

Ainda em abril de 1961, exilados cubanos que viviam nos EUA desembarcaram na baía dos Porcos para tentar derrubar o governo de Fidel Castro. O governo Kennedy não cumpriu a promessa de enviar apoio aéreo, temendo agravar os problemas causados pelo bombardeio anterior. Sem a ajuda prometida, em apenas três dias os exilados cubanos foram vencidos pelas forças leais a Fidel.

 

Em 28 de maio d 1961, cubanos comemoram sua vitória sobre os invasores apoiados pelos EUA em Playa Girón, no episódio que se tornou conhecido como Invasão da Baía dos Porcos.

CARDOSO, Oldimar. coleção: Tudo é História. ensino fundamental.

Technorati Marcas: Cuba,pós revolução,entre EUA e URSS

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