(~ 250 - 285)
Imperador romano (283-285), famoso por sua natureza cruel e cheia de vícios. Filho mais velho do imperador Caro e casado com Magnia Urbica, foi proclamado césar pelo pai (282), destinado a assumir o governo do Ocidente. Não partiu para a campanha contra os Persas, dirigida por seu pai, acompanhado de seu irmão, permanecendo em Roma e para cuidar da administração imperial na ausência de seu pai. Ganhou muito prestígio com as vitórias na Germânia e na Britânia, assumindo os títulos de Germânico Máximo e Britânico Máximo. Após a morte de seu pai (283), vitimado por um raio, em Ctesifonte, tornou-se imperador junto de seu irmão Numeriano, com o Império dividido extra-oficialmente entre Ocidente e Oriente. Depois que Numeriano apareceu morto, o exército do irmão não o aceitou como seu substituto, não se sabendo o motivo, e decidiu-se por dar o comando das tropas ao chefe da guarda pretoriana, Valerio Aurelio Diocles, o Diocleciano (284), de origem dálmata. Era uma época em que o império romano encontrava-se em crise, os imperadores eram instáveis e concediam altos soldos aos soldados de suas tropas para ganhar o apoio de seus comandados e, como consequência, os exércitos por todo o império aclamavam os seus generais como imperadores rivais. Assim o irmão de Numeriano não aceitou Diocleciano como novo Imperador. Depois de subjugar as legiões de Panônia, que haviam proclamado o seu comandante o general rebelde dos exércitos do Danúbio e governador do Vêneto Marco Aurélio Sabino Juliano (284), marchou contra Diocleciano vencendo-o inicialmente em Margus, na Mísia Superior, porém foi assassinado por um tribuno de suas próprias tropas, após uma briga por ciúmes envolvendo a mulher do tal tribuno (285), perto da hoje Belgrado. Assim, com o fim das hostilidades e a união dos exércitos sob seu comando, Diocleciano foi reconhecido como único augusto, entregando o governo de Ocidente, ao seu amigo o General Maximiano.
Numeriano [ou Marcus Avrelius Numerius Numerianus]
Imperador romano (283-284), proclamado césar pelo pai Caro (282). Filho mais jovem do imperador romano Caro e irmão mais novo do também futuro imperador Carino, eram tratados pelo pai no mesmo grau de destaque, como atestam algumas moedas onde os dois irmãos aparecem juntos. Consta que era um jovem de índole forte e preparado para assumir um império em crise, mas interessava-se por literatura, apreciava escrever discursos, poemas e tinha um talento oratório que o deixou famoso nos círculos intelectuais de Roma. Nomeado César e e denominado de O Príncipe da Juventude, e acompanhava o pai na campanha contra os persas. Tornou-se soberano (283) juntamente com o irmão, após a morte do pai, vitimado por um raio, em Ctesifonte. Ao saber da morte de Caro, inicialmente prosseguiu com a campanha persa, junto com o prefeito pretoriano e seu sogro Arrius Aper. Embora estivesse em plena guerra e claramente levava vantagem sobre os adversários, entristecido com a morte do pai, assinou um tratado de paz com os persas, julgado desvantajoso para Roma e ordenou o regresso de suas tropas para tomar posse como augusto. Durante esse regresso (284) e, enquanto seu irmão Carino combatia os Alamanos, adoeceu da visão e, enfraquecido, permaneceu convalescendo em sua tenda nas vizinhanças de Nicomédia, na Ásia Menor, sob os cuidados de Arrio Aper. Depois de alguns dias apareceu morto e Aper tentou convencer os soldados que o herdeiro tivera morte natural e pretendia assumir seu lugar. O exército não aceitou a idéia e o pretendente ao trono foi acusado de assassinar o comandante. Tampouco as tropas não aceitaram o irmão Carino como substituto de Caro e decidiu-se por dar o comando das tropas ao chefe da guarda pretoriana, Valerio Aurelio Diocles, o Diocleciano (284), de origem dálmata e que, conta-se, executou pessoalmente Aper. Carino não aceitou o novo Imperador, entretanto teve que antes subjugar as legiões de Panônia, que haviam proclamado o seu comandante o governador Juliano. Após derrotar Juliano (284), marchou contra Diocleciano vencendo-o inicialmente em Margus, na Misia Superior, perto da hoje Belgrado, porém foi assassinado por um tribuno de suas próprias tropas, após uma briga por ciúmes envolvendo a mulher do tal tribuno. Assim Diocleciano foi reconhecido como único augusto, entregando o governo de Ocidente, ao seu amigo o General Maximiano.
Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/IRCarinu.html