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História do Brasil e do Mundo

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BRICS – Os emergentes

Bric – sigla com as primeiras letras de Brasil, Rússia, Índia e China – ela foi criada em 2001 pelo economista inglês Jim O´Neill, do Banco Goldman Sachs. Esse economista ao estudar o crescimento das economias desses países emergentes concluiu que esses se destacavam e projetou sua ascensão como protagonistas da nova economia globalizada. As previsões de O´Neill teve acerto em 2010, quando a China ascendeu da sexta para a segunda maior economia mundial e o Brasil de nona para sétima posição.

Vale ressaltar, que no atual período de globalização, os capitais são internacionalizados e boa parte da produção dos Brics é realizada por empresas multinacionais. Sendo assim, os Brics tem uma forte interdependência entre todos os setores econômicos e o desempenho de cada um depende do que acontece com a economia mundial.

As projeções de O´Neill se baseia que a força dos emergentes está no crescimento demográfico e das economias. Ele especulou que os Brics poderão em 2050 representarem uma força econômica no mundo, maior que a força conjunta dos Estados Unidos, Japão e a União Europeia.

Para outros analistas, O´Neill pode estar certo em relação aos Brics, mas em relação a China, eles afirmam que poderá ser a maior economia mundial, ultrapassando os Estados Unidos já em 2030, caso mantenha seu ritmo de crescimento nas próximas duas décadas. Se persistir esse crescimento, a Índia poderá subir para a terceira posição, ultrapassando o Japão, e o Brasil em quinto seguindo pela Rússia.

Em 2011, a África do Sul, a maior economia da continente africano, foi convidada e passou a integrar o grupo.

Mas muitos perguntam, da onde vem essa força dos Brics, já que há forte interdependência dos países mais ricos? A resposta é simples e curta – consumo interno. 

A força dos Brics provém da enorme fatia das suas populações. Neles vivem o equivalente a 40% da humanidade (três bilhões de pessoas). Ao contrário dos países europeus, em que a população está estabilizada ou chegar a diminuir em alguns países – caso da Rússia – no Brasil, na Índia, na China e na África do Sul, o crescimento demográfico continuará garantido, por anos, uma população economicamente ativa à de aposentados, o que é de grande importância para a produção de bens e serviços para a exportação e para o consumo interno.

As apostas dos economistas é que nos cinco países emergentes continuará ocorrer à inclusão de milhões de pessoas a patamares mais elevados de renda familiar, possibilitando maior consumo de bens e serviços. Por exemplo, entre as camadas mais pobres, o gasto com comidas, roupas e transportes consome a maior parte da renda. Assim, o aumento da renda passa a permitir às famílias gastos maiores com coisas que antes não eram possíveis, tais como, educação, lazer e compras de bens duráveis no padrão da classe média.

Na China e na Índia, o crescimento econômico é acelerado e milhões de pessoas antes excluídos do mercado de consumo de bens industrializados, agora passaram a obterem empregos e consequentemente adquirir bens e serviços. No Brasil, esse processo está ocorrendo com a estabilização e o crescimento da economia e o combate à pobreza através do assistencialismo. Na Rússia, isso se dá com a criação de um mercado de consumo nos moldes capitalistas pós-URSS.

Por último, os Brics estão entre os maiores em área territorial em seu continente, exceto a África do Sul - a área dos outros quatros reúne ¼ das terras do planeta – e possuem parques industriais amplos, com potencial para crescer em volume de produção e tecnologia.

 Os Brics são países complementares para o comércio internacional. A Rússia é rica em recursos enérgicos e fornece petróleo, gás e carvão para a União Europeia. O Brasil é grande exportador de minérios. A África do Sul é o maior exportador mundial de alimentos. A China e a Índia estão tornando-se os maiores fabricantes e exportadores de produtos industrializados.

No próximo artigo veremos as características de cada país que compõem os Brics.

Parte I – Brasil e África do Sul.
Parte II – Rússia
Parte III – Índia.
Parte IV – China.

Obrigado e até a próxima.

Professor João Pestana.




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