Turégano, província de Segovia, região de Castela e Leão, Espanha
Os castelos espanhóis não têm o enfeite dos franceses.
A beleza e a transcendência deles baseia-se em outros fatores. Mas, eles têm uma grandeza fenomenal.
Um quadro a óleo dificilmente poderia pegar tão bem a trans-beleza do castelo espanhol quanto certas fotos tal vez trabalhadas pelo autor.
A foto transmite o sabor da realidade.
Se os castelos deste post fossem tirados de óleos poder-se-ia dizer que são fantasia.
O fotógrafo é um artista; e um grande artista! Os castelos, por sua vez são espanholíssimos!
Essas fotos pediram muita paciência para pegar a hora ideal.
Mosteiro de Rodillas, Burgos, Castela, Espanha
Tudo nessas fotos é extraordinário. A quantidade de chão que o fotógrafo coloca entre o começo da foto e o castelo é a proporção ideal para o castelo ficar bem apresentado.
É tudo estudado na perfeição por uma grande alma.
A foto do Mosteiro de Rodillas (ao lado), de Burgos, apresenta um jogo de nuvens que sugere a existência de uma ordem de coisas fantástica.
O melhor das fotos é uma certa teologia da História que é representada por esses castelos e que foi pega de um modo próprio a impressionar profundamente.
As fotos parecem por em contato com um sonho de contos de fadas, que o fotografo gostaria que existisse, mas que materialmente não existe.
Nas fotos manifesta-se antes de tudo de um desejo de alma de que haja coisas assim, e que o universo seja ordenado em função de realidades fabulosas.
Belvís de Monroy, província de Cáceres, Extremadura, Espanha.
Assim por exemplo, a luz do sol num ocaso bem escolhido dá impressão de que a pedra é de um material meio irreal com que os homens não constroem.
O jogo da luz passa a impressão que as salas desses castelos estão todas, à la contos de fadas, cheias de móveis magníficos e quadros esplendidos, de tecidos raros e uma ornamentação linda.
E que lá dentro se passam coisas fabulosas de uma super-história que aí ainda palpita um pouco.
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 10/03/84. Sem revisão do autor)
Por: Luis Dufaur