A Revolução Constitucionalista de 1932.
História do Brasil e do Mundo

A Revolução Constitucionalista de 1932.


Fala rapaziada!

Vou começar o primeiro Artigo sobre História do Brasil comentando sobre um tema que faz 80 anos. A UERJ e ENEM gostam muito de colocar questões comemorativas. Até mesmo porque, os jornais e revistas de grande circulação nacional, tais como: O Globo, Folha de São Paulo, Revista da Biblioteca Nacional publicaram artigos sobre essa guerra civil que aconteceu em São Paulo, o maior centro econômico do país.
Pessoal do Pré-Militar fiquem atento, que Era Vargas também é muito cobrado pela banca da DECEx.

Chega de papo e vamos que vamos...

Com a revolução de 1930, São Paulo foi o grande perdedor. A “política dos governadores” (chamada também de política do café com leite) e a política de valorização do café foram postas de lado com o triunfo da revolução e a crise de 1929. Afastados do centro do poder, os representantes paulistas passaram a fazer oposição ao governo provisório de Getúlio Vargas. O governo de Vargas revelou-se aos poucos centralizador, preocupado com as questões sociais e interessado em defender os interesses nacionais. Isso assustou os políticos paulistas que desejavam obter os seus privilégios de volta.

Por meio de comícios, reuniões e manifestações, eles defendiam o fim do governo provisório e a reconstitucionalização do país. Ao mesmo tempo, exigiam a deposição do interventor tenente João Alberto Lins de Barros. Para enfrentar o governo federal, líderes do Partido Republicano Paulista e líderes do Partido Democrático, uniram-se para exigir um interventor civil e paulista. Cedendo ás pressões, Getúlio Vargas nomeou o interventor Pedro de Toledo em 1 de março de 1932.

Essa medida não silenciou a oposição paulista que exigia também novas eleições e uma Assembleia Constituinte, porque os ricos fazendeiros ainda controlavam o viciado sistema eleitoral.

Em maio de 1932, quatros estudantes foram mortos durante uma manifestação de rua contra a ameaça da intervenção federal na política interna do Estado. Isso levou os paulistas a organizarem o movimento cívico MMDC – sigla formada pelas iniciais dos nomes das vítimas – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.

Porém, em 9 de julho de 1932 irrompeu uma guerra civil, que mobilizou 30 mil homens de São Paulo para lutar contra o governo federal. Os paulistas foram chefiados pelo general Isidoro Dias Lopes e outros oficiais do Exército que se haviam recusado a aderir a Revolução de 1930, e por isso, haviam sido rebaixados. Muitas indústrias do estado contribuíram com a fabricação de material de guerra.

Entretanto, as tropas ficaram isoladas do resto do país, e as prometida adesão de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, não aconteceu, apenas as forças de Mato Grosso sob o comando do general Bertoldo Klinger acompanharam as tropas paulistas que se viram sozinhas na luta contra o Exército Federal.

As tropas resistiram por três meses, mas a sua inferioridade bélica era muito grande. Muitos foram os feridos e mortos. Em 3 de Outubro de 1932, renderam-se.

Vargas impôs termos de paz relativamente amenos e chegou a determinar que o governo federal assumisse a dívida contraída pelos rebeldes. Apesar disso, os rebeldes obtiveram pelos menos uma conquista política: Vargas garantiu a realização de eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, encarregada de elaborar a nova constituição.

Vargas sabia que deveria evitar indispor-se com a elite paulista, que embora derrotados, militarmente, tinham grande poder socioeconômico. Vargas também sabia que não poderia governar o país sem eles, mas aquela “mamata” que eles tinham no período da República Velha... acabou.

É isso aí, pessoal!

Obrigado e fiquem com Deus!

Professor João Pestana
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