Por ter sido dominada por diferentes povos, a cultura egípcia foi relegada em benefício da história de outras civilizações, como a grega e a romana. Tal descaso chegou ao ponto de a leitura e aprendizagem da milenar escrita hieroglífica ter-se perdido por muito tempo.
A revalorização da cultura egípcia só foi retomada após março de 1798, quando o imperador Napoleão Bonaparte desembarcou na região com 40 mil soldados, além de 175 artistas, sábios e cientistas.
Os franceses permanecem no Egito por mais de um ano, mapeando e desenterrando monumentos. Um dos objetos encontrados nas escavações foi a Pedra de Roseta, placa de granito de 762 quilos contendo um texto gravado em três tipos de escrita: uma em hieróglifos, outra na escrita demótica e a terceira em grego. A partir dessa descoberta, teve início um trabalho de decifração e recuperação da escrita hieroglífica, concluído somente vinte anos mais tarde pelo arqueólogo francês Jean François Champallion.
Com a decodificação da antiga escrita, a cultura egípcia teve uma grande valorização intelectual e comercial. Muito de seu patrimônio artístico foi levado de forma predatória para museus e coleções particulares da Europa e Estados Unidos.
Nos últimos anos, o governo egípcio passou a exigir a devolução desses objetos. Como resposta a essa demanda, em dezembro de 2002 diretores de 18 grandes museus europeus e norte-americanos divulgaram declaração conjunta defendendo seu direito de manter as peças em seus acervos.
(Fontes: Charles Berlitz. As línguas do mundo. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 1988. p.128-9; John Man. A história do alfabeto. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002. p. 50)
fonte: Gislane e Reinaldo. História. ensino médio volume único
Escrita demótica: O alfabeto demótico foi um um tipo de escrita popular, para assuntos cotidianos. O termo "demótico" provém do grego "demotika", que significa "popular" ou relativo aos assuntos diários.
fonte:Wikipédia
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