A Guerra Civil Americana
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A Guerra Civil Americana


Depois da independência, os contrastes entre a economia praticada nas diferentes regiões dos Estados Unidos se acentuaram. No Norte predominava a produção industrial, que utilizava mão-de-obra dos imigrantes europeus. A produção das indústrias levava vantagem na concorrência com os produtos importados. No Sul, a produção agrícola era feita em grandes latifúndios, por numerosa população de escravos africanos. O produto característico dessa agricultura era o algodão, vendido na Inglaterra, que por sua vez vendia produtos industriais para o Sul dos Estados Unidos. No oeste, a ocupação começou após a independência, através de duas correntes migratórias: os latifundiários do Sul, que estendiam seus algodoais para o interior; e os pioneiros do Norte, que estabeleciam pequenas propriedades, onde trabalhavam com suas famílias. O Oeste passou a fornecer produtos primários para a Costa Leste, e as indústrias desta região forneciam manufaturados. O mercado interno americano se expandia.

Havia um intenso comércio entre as diferentes regiões dos Estados Unidos. O Leste, o Oeste e o Sul se comunicavam entre si através de uma rede de transportes fluviais e marítimos que já utilizava o barco a vapor, desenvolvido desde 1807. As estradas de ferro, que se espalhavam numa velocidade espantosa, completavam o sistema de ligação entre as regiões. A expansão para o Oeste aumentava o território do novo país. Em 1803, a França de Napoleão já havia vendido a Louisiana para os Estados Unidos. Na década de 1840, a contínua expansão fez com que colonos entrassem no Texas, território mexicano. Não demorou para que se iniciasse a guerra entre os dois países: os Estados Unidos saíram vencedores e anexaram não só o Texas, mas também as regiões que hoje correspondem aos Estados de Nevada, Califórnia, Utah, Arizona e Novo México. O país possuía, em 1860, um território de quase 8 milhões de quilômetros, e mais de 30 milhões de habitantes.

A expansão das estradas de ferro e a conquista do Oeste deixavam mais claras as diferenças e os antagonismos entre os estados da república norte-americana.

Do Antagonismo à guerra

As diferenças entre o Norte e o Sul geraram conflitos quanto à tributação dos produtos importados. O Sul queria impostos baixos para tornar mais baratos os produtos importados de que necessitava. Já o Norte, pelo contrário, desejava impostos altos para impedir a concorrência dos produtos estrangeiros, em especial os ingleses. Outro problema que aumentou o antagonismo entre as duas regiões foi a discussão em torno do destino político dos novos estados que iam surgindo na conquista do Oeste. Os políticos do Norte não se opunham à escravidão, mas não a queriam nos novos estados, porque isso reforçaria o já poderoso grupo dos políticos da aristocracia sulista. Quando Abraham Lincoln foi eleito presidente pelo recém-fundado Partido Republicano, essa questão provocou sérias disputas entre o Norte e o Sul.

Lincoln não era exatamente um abolicionista. Ele costumava dizer que a questão do escravismo era problema de cada estado. No entanto, seguindo o programa de seu partido, ele proibiu a instituição da escravidão nos novos estados. A Carolina do Sul formou, com outros estados escravistas, Os Estados Confederados da América, uma Confederação dos Estados do Sul, separando-se da União. O presidente Lincoln exigiu que os estados confederados continuassem na União. A resposta foi um ataque dos confederados ao forte Sumter na Carolina do Sul, em abril de 1861. Esse fato provocou a guerra civil entre os estados escravistas do Sul e os estados abolicionistas do Norte, que ficou conhecida como Guerra de Secessão.

A guerra durou de 1861 a 1865, quando, em Appomatox, foi assinada a capitulação do Sul. A vitória do Norte deu um grande poder aos donos das indústrias, dos bancos e dos grandes negócios. Os Estados Unidos cresceram como nunca aconteceu a nenhuma outra nação do mundo.

PEDRO, Antônio. História da civilização ocidental. ensino médio. volume único

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