Importância Econômica
A história da citricultura brasileira está intimamente ligada à própria história do país. Poucos anos após a descoberta do Brasil, entre 1530 e 1540, os portugueses introduziram as primeiras sementes de laranja doce nos Estados da Bahia e São Paulo.
Dadas às condições ecológicas favoráveis, as plantas produziram satisfatoriamente, a ponto de os frutos da laranja ?Bahia? serem reconhecidas ainda no Brasil Colônia como maiores, mais sucosos e de excelente qualidade do que os produzidos em Portugal.
Mas, somente a partir dos anos 30 do século passado, a citricultura começou a ser implantada comercialmente nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, tendo apresentado maiores índices de crescimento nos estados do Sudeste e Sul.
A citricultura brasileira apresenta números expressivos que traduzem a grande importância econômica e social que a atividade tem para a economia do país.
Alguns desses números são mostrados concisamente: a área plantada está ao redor de 1 milhão de hectares e a produção de frutas supera 19 milhões de toneladas, a maior no mundo há alguns anos.
O país é o maior exportador de suco concentrado congelado de laranja cujo valor das exportações, juntamente com as de outros derivados, tem gerado cerca de 1,5 bilhão de dólares anuais.
O setor citrícola brasileiro somente no Estado de São Paulo gera mais de 500 mil empregos diretos e indiretos.
A Região Nordeste responde por 9% da produção nacional, constituindo-se na segunda maior região produtora do país, com mais de 110.000 hectares cultivados e mais de 1,5 milhões de toneladas.
Dentre os estados produtores, o destaque fica com os estados Bahia e Sergipe, respectivamente segundo e terceiro produtores nacionais, que representam juntos 90% de toda área plantada (Tabelas 1 e 2).
A citricultura nordestina tem grande potencial para implementar seu crescimento sobretudo em função da ausência de doenças e pragas de grande importância que se encontram distribuídas no Sudeste, maior centro produtor.
No que diz respeito ao incremento e geração de empregos, percebe-se que devido à instalação de muitas casas de embalagens (packing-houses) e aumento da exportação do limão tahiti para o Mercado Europeu, muitos empregos diretos e indiretos tem sido oferecidos, na ordem de 100 mil.
Fonte: www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br
Otimizar os investimentos, melhorar a produtividade e preservar os pomares: esses são alguns dos principais objetivos do citricultor. Este produtor, com seu cuidado, dedicação e perseverança, fez com que a citricultura ocupasse um lugar de incontestável destaque na economia brasileira.
A agroindústria citrícola brasileira está concentrada no Estado de São Paulo e é responsável pela quase totalidade da produção e pelo processamento da safra nacional de laranja, além do abastecimento de parte significativa do mercado mundial do suco concentrado, congelado e de seus subprodutos. Cabe aos citricultores paulistas também o abastecimento do mercado doméstico da fruta in natura.
Um dos desafios da citricultura é o manejo dos pomares, pelos cuidados que exigem as frutas.
A laranjeira é uma planta perene, que necessita de tratos intensivos, investimentos e técnica para, somente após quatro anos, começar a produzir.
Assim, essa cultura demanda maquinário e tecnologia para garantir a qualidade dos produtos, coisa que o país está disposto a concretizar com altos investimentos no setor.
O dia do Citricultor foi criado em 1969. De lá pra cá, a citricultura brasileira se desenvolveu muito: a tecnicidade e a capacitação trouxeram certa estabilidade e respeito para o setor, que hoje é um motivo de orgulho para a economia brasileira.
A citricultura é a cultura de frutas cítricas. São exemplos deste tipo de fruta, a laranja, a tangerina e o limão.
Fonte: UFGNet ; Massey Ferguson