O primeiro "modelo" foi o ábaco, um ancestral do computador, usado desde 2000 a.C.; ainda é encontrado no Japão e em outros países. O ábaco consta de um tabuleiro retangular de madeira, com fileiras de arames nos quais deslizam pequenas bolas, ou argolas, usadas em operações aritméticas, feitas manualmente, movimentando-se as bolas em grupos.
Blaise Pascal, matemático, físico e filósofo francês, inventou a primeira máquina calculadora em 1641, aos 18 anos de idade, talvez para ajudar o pai, que era fiscal de impostos. Pascal chamou a invenção de "pascalina".
Outro "pai" do computador é o matemático inglês Charles Babbage, que nasceu numa rica família inglesa, em 1792. Em 1834, criou uma máquina de calcular analítica que tinha muitas das características dos computadores modernos. Os "programas" eram controlados por cartões perfurados, e os resultados saíam impressos automaticamente.
Havia também um "contador" aritmético e dispositivos de memória separados. Grande parte da arquitetura lógica e da estrutura dos computadores atuais provêm dos projetos de Babbage, que é lembrado como um dos fundadores da computação moderna.
Em 1936, as idéias de Babbage foram comprovadas, quando um jovem matemático inglês, Alan Turing, publicou um artigo chamado "On computable numbers" [Sobre números computadorizados].
Embora Turing seja quase desconhecido, sabe-se que ele liderou uma equipe de pesquisa na Inglaterra e desenvolveu a mais secreta invenção da Segunda Guerra Mundial: o Colossus, primeiro computador eletromecânico do mundo, que podia decifrar os códigos alemães durante a guerra.
Depois da guerra, Turing colaborou no projeto do primeiro computador eletrônico dos Estados Unidos, o Eletronic Numerical Integrator and Calculator (Eniac), desenvolvido na Universidade da Pensilvânia, em 1946. Turing era desconhecido porque trabalhava para o serviço secreto inglês.
O desenvolvimento do computador continuou, mas só com a invenção do transistor de silício, em 1947, tornou-se possível aumentar a velocidade das operações na computação. Os transistores substituíram as válvulas, por serem mais rápidos, mais exatos e não gerarem calor.
Em meados da década de 1960, os cientistas observaram que um circuito eletrônico funcionaria de modo igualmente satisfatório se tivesse o tamanho bem reduzido. Os laboratórios começaram experimentando a gravar o circuito num único chip de silício. Antes do fim da década de 1960 nasceu o "circuito integrado".
O desenvolvimento de um circuito em um único chip levou, naturalmente, à construção de múltiplos circuitos em um só chip. O resultado da colocação de vários chips juntos é o conhecido microprocessador.
Apesar da pouca semelhança entre a tecnologia do microchip atual e os diversos projetos de Babbage e Turing, pode-se afirmar que a estrutura prática criada por Babbage ainda é utilizada nos microprocessadores atuais. A teoria matemática de Turing, que possibilitou tudo isso, ainda não foi superada.
O computador é, pois, uma máquina que armazena sinais elétricos que representam números. Alguns destes são instruções que dizem ao computador o que fazer com os outros números.
A máquina segue essas instruções com exatidão, sem se cansar e sem cometer erros (embora reproduza fielmente os erros do programador); processa milhares de operações por segundo, cujo resultado são mais números, por sua vez "traduzidos" nas informações desejadas e numa forma compreensível.
A atividade dos programadores (seres humanos) torna o computador um instrumento útil, explorando sua destreza para realizar tarefas e transformando problemas em soluções.
Os computadores digitais do início do século XXI podem ser comprados em supermercados e se tornaram máquinas populares capazes de realizar um grande número de tarefas, dependendo de como são programados pelos usuários.
Apesar de a informática facilitar a vida do ser humano, ele não pode deixar que as máquinas substituam completamente o seu trabalho, porque o progresso tem de estar a seu serviço e não contra ele.
Fonte: www.paulinas.org.br
No dia 15 de agosto, comemora-se o Dia da Informática, tecnologia que, desde seu surgimento, vem revolucionando o mundo.
Neste dia do ano de 1946, surgiu a Eniac, o primeiro equipamento que mereceu ser chamado de computador.
Apesar de operar com válvulas, o Eniac era totalmente eletrônico e processava dados com eficiência. Conta-se que esse computador nasceu do esforço dos EUA para construir a bomba atômica no fim da Segunda Guerra Mundial.
Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br
A utilização de computadores na educação é tão remota quanto o advento comercial dos mesmos. Esse tipo de aplicação sempre foi um desafio para os pesquisadores preocupados com a disseminação dos computadores na nossa sociedade.
Já em meados da década de 50, quando começaram a ser comercializados os primeiros computadores com capacidade de programação e armazenamento de informação, apareceram as primeiras experiências do seu uso na educação.
Por exemplo, na resolução de problemas nos cursos de pós-graduação em 1955 e, como máquina de ensinar, foi usado em 1958, no Centro de Pesquisa Watson da IBM e na Universidade de Illinois - Coordinated Science Laboratory (Ralston & Meek, 1976, p. 272).
No entanto, a atividade de uso do computador pode ser feita tanto para continuar transmitindo a informação para o aluno e, portanto, para reforçar o processo instrucionista, quanto para criar condições do aluno construir seu conhecimento.
Quando o computador transmite informação para o aluno, o computador assume o papel de máquina de ensinar e a abordagem pedagógica é a instrução auxiliada por ele. Essa abordagem tem suas raízes nos métodos tradicionais de ensino, porém ao invés da folha de instrução ou do livro de instrução, é usado o computador.
Os software que implementam essa abordagem são os tutoriais e os de exercício-e-prática.
A Informática na Educação, no Brasil, nasceu a partir do interesse de educadores de algumas universidades brasileiras motivados pelo que já vinha acontecendo em outros países como Estados Unidos da América e França. Em 1971 a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE), realizada na Universidade Federal de São Carlos, E.
Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A., minstrou um seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de Física (Souza, 1983). Em 1982, no I Seminário Nacional de Informática na Educação, realizado em Brasília, Mme. Françoise Faure, encarregada da Área Internacional da Direção Geral das Indústrias Eletônicas e de Informática da França, ministrou uma das duas palestras técnicas do evento - a outra foi ministrada por Felix Kierbel, Diretor do Centro Nacional de Ensino de Informática do Ministério da Cultura e Educação da Argentina (Seminário Nacional de Informática na Educação 1 e 2, 1982).
No Brasil, como em outros países, o uso do computador na educação teve início com algumas experiências em universidades, no princípio da década de 70. Em 1971, foi realizado na Universidade Federal de São Carlos um seminário intensivo sobre o uso de computadores no ensino de Física, ministrado por E. Huggins, especialista da Universidade de Dartmouth, E.U.A. (Souza, 1983).
Nesse mesmo ano, o Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras promoveu, no Rio de Janeiro, a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior (I CONTECE).
Durante essa Conferência, um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), acoplou, via modem, um terminal no Rio de Janeiro a um computador localizado no campus da USP (Souza, 1983).
Na UFRJ, em 1973, o Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde e o Centro Latino-Americano de Tecnologia Educacional (NUTES/CLATES) usou software de simulação no ensino de Química. Na UFRGS, nesse mesmo ano, realizaram-se algumas experiências, usando simulação de fenômenos de Física com alunos de graduação.
O Centro de Processamento de Dados desenvolveu o software SISCAI para avaliação de alunos de pós-graduação em Educação. Em 1982, o SISCAI foi traduzido para os microcomputadores de 8 bits como CAIMI, funcionando como um sistema CAI e foi utilizado no ensino do 2º grau pelo grupo de pesquisa da Faculdade de Educação (FACED), liderado pela Profa. Lucila Santarosa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Andrade, P.F. (1993). (org.) Projeto EDUCOM: Realizações e Produtos. Brasília: Ministério da Educação e Organização dos Estados Americanos.
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Baron, G. & Bruillard, E. (1996). L?Informatique et ses usagers. Paris: PUF.
Calani, M.C. (1981). Conceitos Geométricos Através da Linguagm Logo. Dissertação de Mestrado não publicada. Departamento de Ciência da Computação, IMECC, Unicamp.
Dieuzeide, H. ( 1994). Les Nouvelles Technologies- Outils d?enseignement. Série Pédagogie, Paris: Ed. Natan.
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Linard, M. (1990). Des Machines et des Hommes. Paris: Éditions Universitaires.
Fonte: www.nied.unicamp.br