João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro aos 24 dias do mês de novembro do ano de 1861, filho de um pai escravo e de mãe alforriada, a qual trabalhava como lavadeira. Cruz e Souza é filho da escola simbolista, sendo a maior expressão desta escola no Brasil.
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João da Cruz e Sousa |
Foi criado na casa do Marechal Guilherme Xavier de Souza, nasceu livre e amparado pela viúva do Marechal, a qual deu-lhe estudos até vê-lo matriculado no Ateneu Provincial, o que não foi nada fácil, porém continuou a frequentar o curso, seu pai era pedreiro, e sua mãe lavadeira, após a morte de sua querida protetora, seus pais vieram a custear seus estudos com muito sacrifício. Foi aluno destacado por excelentes notas nos exames prestados nos anos de 1875 e 1876.
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João da Cruz e Sousa |
Na mocidade o poeta iniciou seus escritos convivendo com brancos, podemos dizer que de certo modo aprendeu a conviver sem preconceito da Sociedade Desterrense.
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João da Cruz e Sousa |
No ano de 1882 João da Cruz e Sousa dirigia juntamente com Virgílio Várzea o Jornal A Tribuna Popular. Viajou de 1883 até 1884 com a Companhia Dramática Moreira de Vasconcelos, na qual fazia parte a atriz menina Julieta Santos.
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João da Cruz e Sousa |
No ano de 1885 João da Cruz e Sousa publica em conjunto com Virgilio Várzea a obra Trapos e Fantasias. Em 1886 viaja para o Rio Grande do Sul, onde é recebido com muito carinho, sendo muito festejado, no ano de 1888 viaja ao Rio de Janeiro onde faz grandes amigos nas rodas de intelectuais, o que o fascina a uma mudança de sua residência para a Corte do Rio de Janeiro em definitivo no ano de 1890. Dedicou-se muito ao jornalismo, passou por vários empregos temporários, o máximo que conquistou foi ser Arquivista da Central do Brasil.
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João da Cruz e Sousa |
No ano de 1893 publicou a obra em prosa Missal, a obra em poesia Broquéis. Casou-se e deste matrimônio teve 04 filhos. Foi severamente combatido e criticado, devido a escolha da escola simbolista a qual era filiado, seus últimos dias passou sofrendo ininterruptamente, e nestes dias escreveu suas mais expressivas obras poéticas. Sua esposa sofria de alienação mental súbita; o escritor perdeu seus pais e 02 de seus filhos. Sofrendo muito não obteve estabilidade no emprego, vivendo de modo miserável a cada dia de sua vida.
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João da Cruz e Sousa |
Contraiu tuberculose no ano de 1897, em busca de saúde muda-se para a Estação de Sítio, em Minas Gerais, porém o quadro de sua doença agrava-se mais e mais, vindo a falecer no dia 19 de março do ano de 1898. Sendo seu cadáver transferido para o Rio de janeiro em um vagão de animais, José do Patrocínio foi bastante generoso oferecendo-lhe um sepultamento decente. Neste mesmo ano seus amigos decidem publicar a obra do poeta em prosa Evocações. No ano de 1900 outro livro a obra Faróis é publicada, e no ano de 1905 a obra Sonetos, ambas por patrocínio de amigos sempre fiéis ao negro escritor iluminado, e entre estes estavam Virgílio Várzea, Nestor Vitor e José do Patrocínio.
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João da Cruz e Sousa |
A obra de João da Cruz e Sousa, conhecido por Cruz e Sousa é considerada a maior expressão do Simbolismo no Brasil, analisada e estuda por críticos da mais alta responsabilidade, seus versos figuram em antologias, coleções de clássicos nacionais, seu nome está representado em Escola, existindo um monumento em sua memória na Capital do Estado de Santa Catarina.