A História registra e a sociedade reconhece os vultos notáveis que, efetivamente, contribuíram para a formação do País.
No caso específico da Marinha, o seu Patrono, o Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, se inclui entre essas personagens.
Marinha
Nascido na cidade do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, em 13 de dezembro de 1807, durante o período das Guerras Napoleônicas e às vésperas de grandes mudanças para a então Colônia, desde a infância demonstrou, por influência do seu pai, o Patrão-Mor da barra daquele porto, forte vocação para o mar.
Sua vida confunde-se com a consolidação da nossa Instituição e da própria Nação brasileira.
Com apenas quinze anos, ingressou como voluntário na embrionária Esquadra nacional, permanecendo no serviço ativo por quase sessenta e sete anos, tendo participado das lutas da Independência e de todas as campanhas do Império, sem que seu pavilhão jamais conhecesse a derrota.
Como reconhecimento, pela Lei nº 10.796, de 5 de dezembro de 2003, teve o seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.
Praticou a coragem, revestida de bondade. Foi austero e simples. Seu legado de liderança, dignidade, lealdade e abnegação é a maior herança que temos a honra de receber e o dever de transmitir aos sucessores.
Hoje, tão justamente designado o ?Dia do Marinheiro?, nos engalanamos para trazer à memória o nascimento desse insigne Chefe, neste ano em que se comemora o seu Bicentenário e no qual foram realizadas intensas atividades alusivas ao fato, iniciadas em 20 de março e promovidas em todas as nossas Organizações.
Embora alguns pensadores tenham vislumbrado o declínio dos Estados como protagonistas nas relações entre os povos, a realidade é que vivemos uma época em que conflitos de diversas naturezas tornam o ordenamento mundial incerto e instável, com os atores alterando-se ao sabor de injunções econômicas e políticas.
É cada vez mais notória a importância do Brasil fazer-se forte para, com autonomia e independência, ter voz ativa junto à comunidade internacional. Isso exige, dentre outros aspectos, o respaldo de um poder militar com credibilidade, que garanta um indiscutível efeito dissuasório. Só assim poderemos garantir, às futuras gerações, que seremos livres, respeitados e capazes de decidir sobre o nosso destino.
Desse modo, fica claro que não se pode prescindir de uma Força Naval moderna, corretamente equipada e apta a cumprir o seu dever na garantia de nossos interesses e soberania e a desempenhar o seu papel social em apoio aos desassistidos.
Nesse contexto, urge:
A alocação de recursos, aumentando o patamar orçamentário, o que já há perspectivas favoráveis para 2008.
A implementação do Programa de Reaparelhamento, cujo início de algumas de suas metas já foi autorizado, de maneira a sermos capazes de atuar na vigilância e na proteção de nosso imenso patrimônio no mar e nas águas interiores, e que deverá estar compatível com o Plano Nacional Estratégico de Defesa, atualmente em discussão.
A conclusão do Programa Nuclear, que proporcionará a capacidade de construir um submarino com propulsão nuclear, e que é absolutamente dual, contribuindo para o nosso progresso através de sua possibilidade de gerar energia elétrica e pelo arrasto tecnológico que produz; e
A valorização da profissão militar, pela elevação dos salários, de forma a diminuir a acentuada defasagem com relação às demais carreiras de Estado.
Sabedor que o maior patrimônio da Instituição são os homens e as mulheres que a compõem, servindo em terra ou singrando as águas dos nossos rios, da Amazônia Azul e dos mais diversos e longínquos oceanos e mares, onde nossa presença for exigida, incito-os a participarem da construção do Poder Naval que almejamos e a manterem o rumo na singradura traçada por nosso Patrono, cujo destino final será o porto seguro da ética, da disciplina, da dedicação ao trabalho e, sobretudo, do amor à Pátria.
Tenho um profundo orgulho de poder trabalhar com as senhoras e os senhores: BRAVO ZULU!
JULIO SOARES DE MOURA NETO
Almirante-de-Esquadra
Comandante da Marinha
Fonte: www.defesanet.com.br
De portos em portos navegam os marinheiros. Um código de honra estabelece um laço de amizade entre os homens do mar. É tradição entre eles a ajuda mútua, troca de gentilezas e a fraternidade.
O Dia do Marinheiro é celebrado no dia 13 de dezembro.
Data de nascimento do Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil. A data foi instituída, pelo aviso 3.322 do Ministro da Marinha, em 04 de setembro de 1925, em reconhecimento aos grandes serviços prestados pelo almirante ao povo e à pátria.
O Marquês de Tamandaré deixou registrada sua homenagem à Marinha, em testamento. Seu derradeiro desejo foi que sobre a pedra que cobriria sua sepultura fosse gravado ?Aqui jaz o velho marinheiro?.
O almirante nasceu na cidade de Rio Grande, no Estado do Rio Grande do Sul, no dia 13 de dezembro de 1807. Filho do patrão-mor do porto da cidade, o Marquês de Tamandaré descobriu sua vocação para o mar aos 15 anos de idade. Foi aceito na Marinha, como voluntário, embarcando pela primeira vez na Fragata ?Niterói?. Iniciava ali uma brilhante carreira na Marinha. Seu prestígio foi fruto de suas participações em quase todas as guerras de seu tempo defendendo os interesses do país.
Morreu no dia 20 de março de 1897, na cidade do Rio de Janeiro. Em 2003, entrou para o Livro dos Heróis da Pátria, honraria que lhe foi concedida por iniciativa do Congresso Nacional.
Almirante Tamandaré
?Sou marinheiro e outra coisa não quero ser?
Marquês de Tamandaré
Bárbara Farias
Fonte: www.portogente.com.br