Em 1960, o diretor comercial da fábrica de brinquedos Estrela no Brasil, Eber Alfred Goldberg, teve a idéia de criar a Semana do Bebê Robusto, em parceria com a empresa de cosméticos e produtos farmacêuticos Johnson & Johnson.
Logo depois, em junho do mesmo ano, seguindo a iniciativa de Eber, outras empresas resolveram criar a Semana da Criança para aumentar as vendas. Faltava apenas escolher uma data e um mês.
Em comum acordo, o comércio instituía, então, o dia 12 de outubro como Dia da Criança, não só para homenageá-la como para estimular a venda de produtos infantis.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a data universal para comemorar o dia da criança é 20 de novembro, quando também se comemora a assinatura da Declaração dos Direitos da Criança.
Entre outras coisas, a declaração reconhece a todas as crianças, independente de raça, credo, cor ou sexo, o direito à afeição, amor e compreensão; alimentação adequada, cuidados médicos, educação gratuita e proteção contra todas as formas de exploração.
Mas, alguns países, como o Brasil, adotaram outros dias para comemorar o Dia da Criança.
No Japão, por exemplo, os meninos são homenageados no dia 5 de maio. Nesta época, as famílias que têm filhos, meninos, penduram flâmulas do lado de fora das casas. As flâmulas representam carpas e são símbolos de força. Além disso, cozinham bolinhos de arroz e fazem exposições de bonecos que lembram os samurais.
As meninas são lembradas no dia 3 de março, nas tradicionais festas das bonecas conhecidas como "Hina Matsuri". As famílias com filhas, meninas, organizam exposições de bonecas, que representam a antiga corte imperial.
Na Índia, a comemoração acontece em 15 de novembro, em Portugal no dia 1º de junho e na China, em 5 de maio.
PROJEÇÕES
Crianças e adolescentes constituem uma parcela significativa da população brasileira. Segundo o Censo Demográfico 2000 do IBGE, a população de 0 a 14 anos representava 29,6% da população.
Em função das altas taxas de natalidade observadas nas décadas de 40, 50 e 60, este grupo populacional cresceu consideravelmente em termos quantitativos entre 1965 e 1980. Já a partir daí, verifica-se um declínio em função das baixas taxas de fecundidade e novamente um aumento, no início da década de 90, mantido pelas altas taxas de natalidade.
SAÚDE INFANTIL
Se toda criança tem direito a cuidados médicos como consta na declaração, vamos observar a quantas anda a saúde das crianças e dos adolescentes brasileiros, segundo resultados da Síntese de Indicadores Sociais 2003, do IBGE.
A taxa de mortalidade infantil é um indicador usado para medir o nível de desenvolvimento de um país. Seu aumento pode ter como causas a situação de pobreza, a desigualdade no acesso aos serviços de saúde e falta de infra-estrutura e saneamento básico, por exemplo. No Brasil, embora a taxa tenha diminuído em todas as regiões brasileiras, a média continua alta, sendo uma das maiores se comparada aos demais países da América Latina.
LUGAR DE CRIANÇA É NA ESCOLA
A educação não é só um direito de todas as crianças, mas uma responsabilidade do governo. No Brasil, as taxas de analfabetismo estão diminuindo, principalmente entre os jovens, mas a média de anos de estudo alcançada ainda é muito baixa.
1. Direito à igualdade, sem distinção de raça,religião ou nacionalidade.
2. Direito à proteção especial para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
3. Direito a um nome e a uma nacionalidade.
4. Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
5. Direito à educação e a cuidados especiais para acriança física ou mentalmente deficiente.
6. Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
7. Direito à educação gratuita e ao lazer infantil.
8. Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
9. Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
10. Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
Fonte: www.moderna.com.br | www.ibge.gov.br