As ideias de liberdade e Independência que circulavam pela Europa e pela América, somadas ao descontentamento provocado na colônia portuguesa pelo aumento dos impostos, provocaram em 1817 uma rebelião de grandes proporções em Pernambuco.
Não foi apenas mais uma conspiração abortada. Em março de 1817, os revoltosos derrubaram o governador de Pernambuco, constituíram um governo republicano e criaram novas leis, determinando o fim de alguns impostos, a liberdade de imprensa e de religião e mantendo o direito à propriedade privada, inclusive de escravos. Os pernambucanos chegaram a buscar apoio e reconhecimento dos governos dos Estados Unidos, da Inglaterra e da Argentina ( que havia se tornado independente da Espanha em 1816), mas não obtiveram êxito.
Sem apoio externo, e sem ter obtido a adesão das outras capitanias, a Revolução Pernambucana, como também é chamada, foi violentamente esmagada em maio de 1817 por tropas enviadas pelo governo central, sediado no Rio de Janeiro. Mais de duas centenas de participantes da rebelião foram presos e alguns de seus líderes executados.
Napoleão em Pernambuco
Em 1817, Napoleão Bonaparte estava preso pelas forças britânicas na ilha de Santa Helena, no oceano Atlântico. Um grupo de pernambucanos, norte-americanos (EUA) e exilados franceses planejou então liberta-lo e traze-lo para Pernambuco.
Depois da declaração da independência de Pernambuco, em março de 1817, o embaixador pernambucano Antônio Gonçalves da Cruz foi aos Estados Unidos tentar apoio para seu governo. Lá ele se encontrou com franceses exilados após a derrota de Napoleão e organizaram o plano de resgate.
O coronel francês Latapie partiu para Pernambuco, onde se juntaria a oficiais franceses e norte-americanos para organizar sua expedição a Santa Helena. Mas, quando os quatro franceses liderados pelo coronel Latapie chegaram a Pernambuco, no final de 1817, o governo revolucionário já fora deposto. O grupo francês então foi detido e posteriormente expulso da colônia.
adaptado de GARCIA, Rodrigo. Jornal da Tarde. 14/01/2001
CARDOSO, Oldimar.coleção: Tudo é História. ensino fundamental.